Reencontro com o Pai

Depressa, depressa.
Depois muito lentamente...
Como a suave queda
de uma pluma.
A esperança que existe
no nascer de cada manhã.
Dádiva divina onde parece
estar oculto o infinito
amor do Pai.
Sutil véu de mistérios
que insiste em encobrir
a Verdade.
Foi tanta a complexidade
que usaram
para explicar o simples.
Foi tanta a soberba
que utilizaram para cegar
a beleza do singelo.
Vento invernal acaricia
a cabeleira folhada
das árvores.
Tenta-se descobrir
se em meio à senilidade
é possível encontrar juventude.
Sentimentos fraternais.
Talvez ouvisse a sinfonia
das suaves notas celestiais.
A força está na Unidade
e a beleza está
em fazer parte do Único.
Congregar pequenos lumes
para assim fazer luz
para clarear as trevas.
São as almas em busca
da promessa de liberdade.
E que felicidade,
então, é ser livre
para poder servir,
doando-se de si
e recebendo do outro.
Hoje as vozes estão
cheias de silêncio.
 O ouvido sensorial escuta
a respiração do planeta.
Os sentidos são pacificados
por fluídos da boa
atmosfera espiritual.
Clarins na manhã;
e o sol afetuoso,
em nome do Pai,
abençoa a terra.
As legiões de almas
pela liberdade estão
por se reunir.
Talvez sejam velhas águias
que adquiriram a paz
das pombas.
Talvez sejam
os velhos leões
que trazem no peito
os corações de cordeiros.
O Pai está em tudo,
a harmonia emana
por este Todo.
A Justiça apreendeu
a misericórdia
e descobriu o Amor.
O Amor reconheceu
a ordem e se expandiu
pela Lei.
A espada já não agride,
mas é escudo,
é razão a desvendar
a verdade.
Dia haverá em que
será convertida em cajado,
e então já será saber.
Então a verdade libertará,
e sendo livre amará
e desejará consolar.
E estando maduro
não será velho,
mas menino desejando
distribuir dádivas do Pai.
Hoje o cajado é um,
mas ensina a tantos!
E estes tantos serão
por este um,
pois que o objetivo
é o de que todos
sejam por todos.
Em algum lugar
congregam-se muitos em oração.
É a prece de toda uma
geração de almas.
Hoje generais e soldados,
reis e súditos são
apenas irmãos,
irmanados pelo
ideal de fé,
e tendo fé na sua
realização.
Assim é que cegos
passam a ver,
surdos passam a ouvir,
pois que as vozes,
antes mudas,
estão a dizer:
“Cristo está de volta!"
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 24/04/2009
Código do texto: T1558131
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