Acima de Mim
Acima de mim, o Criador.
Acima do Filho, o Criador.
Acima de Todos, o Criador.
Por Ele construo,
Por Ele almejo um céu que desconheço.
Por Ele nada quero, senão minha liberdade,
Pois que sinto distante o Seu Amor.
Não sei se creio,
Mas se tenho alguma fé, é na Justiça,
É Ela que me encanta.
Fosse Ela divina, não seria Pai,
Mas Mãe,
Pois que o Pai parece ser o Amor.
E sendo o Criador o primeiro,
Não seria, pai, mãe ou primogênito,
Pois seria verdadeiramente o Todo.
Por ser princípio, seria integral.
Não me cabe economia de esforços,
Mas, infelizmente, meus limites.
Se dia eles me incomodaram,
Conforme envelheço os vejo como graça.
Limitado que sou, faço do limite o meu tutor.
Provisório que sou, já não me suponho tanto.
Enfraquecido e pedinte, sinto toda minha impotência.
De difícil filiação, haverei de ser servo.
E por ser servo, honro-me quando realizo.
Que fazer com um velho combatente que deseja a morte?
Mas a guerra não o deixa morrer,
E se por estranha honra deve lutar por sobreviver,
Até que a morte decida levá-lo?
Quem um dia teve asas para voar,
Pode se conformar com seu destino de réptil,
Mas não pode evitar o desejo de voar.
O pó da Terra, a prisão que almeja liberdade,
Dias de ontem que não morrem em paz.
E tendo a dádiva de tantas respostas,
Ainda infeliz por não ter a gratidão devida.
E o Criador distante, e a criatura perdida.
Nem anjo de luz, nem pérfido demônio,
Mas escravo do limite humano.
Pois que nada está além,
Quando a esperança está exausta,
Quando a alma clama por descanso.
Quando o tempo já passou, e as horas ficaram,
Pois se é vivo por construir algo.
Já pensei ser tanto, já me esgotei com isso,
Mas, como digo, apenas homem,
Limitado homem, escravo de seus próprios pecados,
Criatura cansada até mesmo do Criador,
Mas que mesmo entre as dores,
Sente alguma felicidade em ainda almejá-Lo.
Acima de mim, o Criador.
Acima do Filho, o Criador.
Acima de Todos, o Criador.
Por Ele construo,
Por Ele almejo um céu que desconheço.
Por Ele nada quero, senão minha liberdade,
Pois que sinto distante o Seu Amor.
Não sei se creio,
Mas se tenho alguma fé, é na Justiça,
É Ela que me encanta.
Fosse Ela divina, não seria Pai,
Mas Mãe,
Pois que o Pai parece ser o Amor.
E sendo o Criador o primeiro,
Não seria, pai, mãe ou primogênito,
Pois seria verdadeiramente o Todo.
Por ser princípio, seria integral.
Não me cabe economia de esforços,
Mas, infelizmente, meus limites.
Se dia eles me incomodaram,
Conforme envelheço os vejo como graça.
Limitado que sou, faço do limite o meu tutor.
Provisório que sou, já não me suponho tanto.
Enfraquecido e pedinte, sinto toda minha impotência.
De difícil filiação, haverei de ser servo.
E por ser servo, honro-me quando realizo.
Que fazer com um velho combatente que deseja a morte?
Mas a guerra não o deixa morrer,
E se por estranha honra deve lutar por sobreviver,
Até que a morte decida levá-lo?
Quem um dia teve asas para voar,
Pode se conformar com seu destino de réptil,
Mas não pode evitar o desejo de voar.
O pó da Terra, a prisão que almeja liberdade,
Dias de ontem que não morrem em paz.
E tendo a dádiva de tantas respostas,
Ainda infeliz por não ter a gratidão devida.
E o Criador distante, e a criatura perdida.
Nem anjo de luz, nem pérfido demônio,
Mas escravo do limite humano.
Pois que nada está além,
Quando a esperança está exausta,
Quando a alma clama por descanso.
Quando o tempo já passou, e as horas ficaram,
Pois se é vivo por construir algo.
Já pensei ser tanto, já me esgotei com isso,
Mas, como digo, apenas homem,
Limitado homem, escravo de seus próprios pecados,
Criatura cansada até mesmo do Criador,
Mas que mesmo entre as dores,
Sente alguma felicidade em ainda almejá-Lo.