Contemplação


Jardim do Éden


As histórias da Bíblia são experiências vividas por diversos personagens que tiveram a oportunidade de passar por uma grande experiência de Deus. Não importa o genero literário, se são lendas, prosas, contos, cânticos, poemas ou seja lá o que for. O importante é o conteúdo, a mensagem que aflora e que deve calar fundo em nossos corações.


A história contada sobre o Jardim do Éden, em Genesis capítulos 2 e 3, é fantástica e mostra a dureza do coração dos homens. Eu estava presente, pois já fazia parte dos planos de Deus e pude testemunhar os acontecimentos e entender os seus desdobramentos.


Em termos simples, quando Deus criou o homem e a mulher deu à eles, de presente, o jardim todo, suas frutas, seus animais e os rios maravilhosos que ali estavam. E Deus disse ao homem:


  • Poderás comer de toda árvore do jardim …


Deus presenteou o homem com tudo aquilo e mais a liberdade e a eternidade, mas fez um alerta:


  • Não comerás da árvore do conhecimento, se tocares ali, morrerás;


Como bem disse Santo Inácio de Loyola, dois espíritos nos falam, um representando o bem e o outro o mal e temos que saber discernir quando somos orientados pelo espírito do bem ou quando somos atentados pelo espírito do mal. Adão e Eva não souberam discernir.


A beleza dessa história é contestada pelas pessoas que só enxergam as coisas com a lógica limitada deste mundo. Não sabem ler com os olhos da alma, da transcendência. São pobres de espírito, elas conseguem ver uma árvore mas não enxergam a floresta. A Bíblia é para ser lida com os olhos e compreendida com o coração. Entretanto, um dia seus olhos se abrirão e entenderão a riqueza presente em cada história das Escrituras Sagradas e chorarão de alegria e emoção.


Na verdade, o que significava aquilo? Naquele momento, eu fiquei triste, pois percebi, claramente, que estávamos diante de um fato que mudaria, radicalmente, a história da humanidade. O homem é eternamente insaciável, quanto mais tem, mais quer. E quanto menos tem, mais inveja alimenta pelos outros.


Cheguei mesmo a perguntar à Deus:


  • Senhor, não é possível fazer nada? Não é possível reverter essa loucura dos homens?


O Senhor, com os olhos cheios de lágrimas, respondeu:


  • Se Eu intervir estarei quebrando a promessa que fiz: respeitar a liberdade deles …

Abaixei a cabeça e chorei também. Eu sabia que naquele instante o homem rompia, pela primeira vez, a aliança com Deus e isso custaria caro para o futuro de seus filhos, netos, bisnetos e todos mais. O homem não se contentava com o Jardim do Éden, com a sua liberdade e com a sua eternidade. Queria mais e queria o pior, sem saber o absurdo do seu desejo. O homem queria a sua independência de Deus.


O sentido da passagem que aconteceu no Jardim do Éden é esse: O homem deu o seu grito de independência acreditando que, com o conhecimento do bem e do mal e sem Deus no coração, seria capaz de viver por si mesmo e ser feliz. Mas essa independência está sendo paga com a confusão, o caos, a divisão, a dor e o sofrimento conquistados por excluirmos Deus de nossos planos.


Mas Deus é Pai e nenhum pai dá as costas aos seus filhos, mesmo quando estes lhes dão as costas. Exemplos não nos faltam... Deus é misericordioso e a história comprova isso. Quer um exemplo? Há dois mil anos atrás Ele veio ao mundo e encarnou-se sendo Jesus para nos indicar o caminho da Luz. Mas, teimosos, insistimos em viver nas trevas. Até quando?


Leia: Genesis capítulos 2 e 3 ;


Meditando:


  • Faça um exame de consciência e veja os momentos em que você acolhe Deus em seu coração;


  • Faça um exame de consciência e veja se você sabe mesmo discernir entre o bem e o mal;






Leandro Cunha
Enviado por Leandro Cunha em 15/03/2009
Reeditado em 16/03/2009
Código do texto: T1487702
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.