SÚPLICA
Senhor,
O mundo exige de mim um comportamento, cuja retribuição é impossível. Por isso, suplico Pai:
Ainda que o mundo esteja turbulento, que eu possa escrever enaltecendo a paz;
Ainda que o mundo seja materialista, que minhas palavras possam expressar algo além da matéria;
Ainda que o mundo pregue a deslealdade, que a minha letra sempre construa algo de bom em alguém, sem destruir sonhos nem objetivos;
Ainda que o mundo só enxergue coisas, que eu possa, pela arte, sensibilizá- lo a olhar pessoas com humanidade;
Ainda que o mundo valorize a força do metal, que minhas mãos possam mostrar sua importância, sem no entanto, esquecer- me de que não está aqui a grande glória de todos os seres;`
Ó Senhor! O mundo esqueceu dos sentimentos. Dia a dia vai empedrando o coração com a beleza passageira de rostos e corpos que desfilam sua vaidade, apodrecendo mentes desavisadas.
Por isso, suplico Pai:
Que minha caneta e minha mente, posam sempre estar atentas, mostrando que a essência da arte valoriza o sentimento, a idéia produtiva e, sobretudo Pai, que a arte é feita para enobrecer o amor, sublime fonte de inspiração do músico, do pintor ou do escritor.
Por fim, meu Pai, peço- lhe do fundo da alma: Se a caneta e o papel forem um dia meu ganha- pão, que eu possa sempre ter a inspiração aí do alto, a fim, de mostrar a quem quiser ver, que mais do que o dinheiro, valorizarei sempre a palavra que indique o caminho da felicidade ao mundo!
Obrigado Senhor Deus.