Meditação


Reencarnação


Durante algum tempo fui reencarnacionista, mas sempre fui cristão-católico e isso me incomodava, afinal de contas: reencarnação ou ressurreição? Quando comecei a estudar mais a fundo o Novo Testamento percebi as diferenças e entendi, claramente, que a minha posição era conflitante.


Ora, como ser cristão e ao mesmo tempo reencarnacionista? O cristão autêntico crê na ressurreição e ponto final. Percebi isso depois de muita leitura e pesquisa. São situações incompatíveis. Jesus prega, o tempo todo, a Ressurreição. Portanto, se eu sou cristão sigo fielmente Jesus ou então não sou cristão! Ou será que sou cristão somente quando determinadas situações me interessam? Quando é conveniente, sou cristão?


Entendo que para poder falar de algum assunto, devemos conhecê-lo primeiro. E como o tema me fascina, fui à fonte em busca de conhecimento. Assim como li o Novo Testamento, também li o Baghavad Gita dos Hindus, o livros dos Espíritos de Kardec, o Alcorão dos Muçulmanos e tantos outros. Tenho enorme respeito e admiração por todos. São fantásticos e cada um tem a sua espiritualidade palpitante, latente.


Como cristão, ao longo do tempo, entendi que a incompatibilidade com a teoria da reencarnação baseava-se em alguns pontos:


  1. A reencarnação é a expiação do passado. A ressurreição é a graça de Deus no futuro, mas que já começa aqui e agora;

  2. A reencarnação entende que o homem é responsável por sua própria salvação, exclui Deus do projeto. A ressurreição ensina que só Deus salva;

  3. A reencarnação prioriza a justiça, mas a justiça nos moldes humanos. A ressurreição é fundada no amor, na justiça e na misericórdia divina;

  4. A reencarnação é um ciclo onde a vida se repete. A ressurreição é o estágio imediatamente posterior à morte e a porta de entrada para a vida eterna no Reino de Deus;

  5. A reencarnação reprime. A ressurreição liberta;

  6. Para a reencarnação somos corpo e alma, distintos um do outro. Para a ressurreição somos alma corporificada, una;


Mas, nem a reencarnação e nem a ressurreição podem ser comprovadas de forma científica. É uma questão de fé. E fé não se discute, respeita-se! Essa é a beleza do mistério divino: somos livres e inserido nessa liberdade está o direito de cada ser humano exercer a sua fé e professá-la na plenitude.


E nessa área, ninguém voltou ainda para dizer: o caminho é esse ou o caminho é aquele. O mistério de Deus é fantástico, pois só assim continuaremos as nossas buscas. O dia em que tivermos certeza absoluta de alguma coisa, certamente, será um dia triste, pois o que faremos depois?


Sou cristão e como cristão sou devoto e discípulo de Jesus e Ele deixou claro que depois dessa vida seremos convidados por Deus para a vida eterna através da ressurreição.


Contudo, é necessário frisar que o mais importante é a liberdade. E a liberdade é Deus. Se você se dirige para Ele não importa se você segue pela direita ou pela esquerda ou pelo meio. Siga-O e deixe-se levar por Ele.


Portanto, faça silêncio e ouça o que Deus tem para lhe dizer.


Leia: Mt 17, 10-13; Mt 11, 13-15; Lc 20, 34-36; 1Cor 15, 44


Meditando:


  • O que é a liberdade para você?

  • Como você enxerga a Ressurreição?

  • O que você faz pelo seu futuro?

  • O que é mais importante: o seu lado material ou o lado espiritual?

  • O que você está plantando nessa vida?



Leandro Cunha
Enviado por Leandro Cunha em 05/12/2008
Reeditado em 08/12/2008
Código do texto: T1319991
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