Olhando a chuva...

O vento uiva e agoniza

Geme como doente demente

E avisa pela brisa que suaviza

Ao mesmo tempo crispa

As ondas assanhadas do mar

Numa melodia de assustar

É o prelúdio do que vai chegar

Tudo está escuro em penumbra

Avisto o movimento das nuvens

Que anuncia solene a tempestade

Onde há bem pouco havia calmaria

O sol sorria e tudo resplandecia

Agora a natureza agita-se em fúria

Será o inicio de uma nova era

De cataclismos ao apocalipse

A sacudir nosso frágil planeta

Trazendo a destruição e o choro

Comove o retrato da criança

Ao reclamar do frio que a toca

Da falta de roupa e de alimento

No meio do barro da enchente

A lama... Mortes sobre os escombros

Mais fome... Sede... Doenças... Sombras!

Comovente devastação que assombra

Oh meu bom Deus nos socorra

Protegei com teu amor aos jovens

Às crianças e aos sofridos idosos

De preferência aos mais pobres

Esparrame um sol clemente

Para devolver ao homem a esperança

Livre das catástrofes e das doenças

Revigore Santa Catarina na pujança

Para que se instale ali o Teu Reino

Enquanto engulo as lágrimas do meu pranto.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 01/12/2008
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