SÃO ROSAS, SENHOR... (Republicação c/ áudio)
(Hoje relembro e choro... lembro e oro...)
Não, Senhor...
O que vês em mim não é raiva
Quando maldigo o cruel dia
Que me roubou uma flor...
São lágrimas, Senhor...
O que me adivinhas na alma
Não é ódio p'la noite fria
Que me trespassou de dor...
São lágrimas, Senhor...
O vazio que me corrompe
E me limita à letargia,
Não é vida sem amor...
São lágrimas, Senhor...
Não é desprezo pela vida,
O desalento que adia
O renascer do meu fervor...
São lágrimas, Senhor...
Nem é adaga pungente,
A saudade que me asfixia
E me deixa amargo sabor...
São lágrimas, Senhor...
Não é piedade de mim
A pequenez que me aniquila
Em miserável estertor...
São lágrimas, Senhor...
A negação da verdade,
O repúdio da alegria,
Temer do Sol o fulgor...
São lágrimas, Senhor...
Não é terminal desalento,
Ou cobarde paralisia,
Nem arco-íris sem cor...
São lágrimas, Senhor...
O que ficou em mim não é mágoa
Se escolheste (ah, agonia!...)
A minha mais tenra flor...
São lágrimas, Senhor...
E, se o meu botão de rosa,
O Teu jardim merecia,
Perdoa a suprema dor...
São espinhos, Senhor...
Um tão humilde tributo
Para ter uma Estrela-guia,
Um doce Anjo-protector...
São graças, Senhor...
Eu Te agradeço, Senhor,
Pelo filhos que a minha Vida
Guarda ainda, como penhor...
São bênçãos, Senhor...
Mil graças Te dou, meu Deus, pelas duas flores que me restam,
Promessas de Primavera, no meu precioso jardim -
Sei que as carícias dum Anjo voam na brisa envolvente...
E o perfume que paira...
São rosas, Senhor...
(Escrito em 1988, pouco depois de ter perdido uma bonequinha preciosa, que se transformou em Anjo... Se quiserem vê-la:
http://cofreforte.blogspot.com)
(Hoje relembro e choro... lembro e oro...)
Não, Senhor...
O que vês em mim não é raiva
Quando maldigo o cruel dia
Que me roubou uma flor...
São lágrimas, Senhor...
O que me adivinhas na alma
Não é ódio p'la noite fria
Que me trespassou de dor...
São lágrimas, Senhor...
O vazio que me corrompe
E me limita à letargia,
Não é vida sem amor...
São lágrimas, Senhor...
Não é desprezo pela vida,
O desalento que adia
O renascer do meu fervor...
São lágrimas, Senhor...
Nem é adaga pungente,
A saudade que me asfixia
E me deixa amargo sabor...
São lágrimas, Senhor...
Não é piedade de mim
A pequenez que me aniquila
Em miserável estertor...
São lágrimas, Senhor...
A negação da verdade,
O repúdio da alegria,
Temer do Sol o fulgor...
São lágrimas, Senhor...
Não é terminal desalento,
Ou cobarde paralisia,
Nem arco-íris sem cor...
São lágrimas, Senhor...
O que ficou em mim não é mágoa
Se escolheste (ah, agonia!...)
A minha mais tenra flor...
São lágrimas, Senhor...
E, se o meu botão de rosa,
O Teu jardim merecia,
Perdoa a suprema dor...
São espinhos, Senhor...
Um tão humilde tributo
Para ter uma Estrela-guia,
Um doce Anjo-protector...
São graças, Senhor...
Eu Te agradeço, Senhor,
Pelo filhos que a minha Vida
Guarda ainda, como penhor...
São bênçãos, Senhor...
Mil graças Te dou, meu Deus, pelas duas flores que me restam,
Promessas de Primavera, no meu precioso jardim -
Sei que as carícias dum Anjo voam na brisa envolvente...
E o perfume que paira...
São rosas, Senhor...
(Escrito em 1988, pouco depois de ter perdido uma bonequinha preciosa, que se transformou em Anjo... Se quiserem vê-la:
http://cofreforte.blogspot.com)