Rei Sol
Depois de uma longa ausência hoje li um poema de um grande amigo meu o Miguel intitulado Borbleta na Foz do Rio dos Deuses que me fez escrever este poema online.
Dedico este poema ainda a todos aqueles que se querem tornar a melhor versão de si próprios, aos que são meus amigos distantes ou presentes, aos que partiram e os quais eu nunca cheguei a conhecer mas que são a herança do que hoje sou, à minha familia e ao meu Amor.
No rio dos Deuses deixei ficar minhas penas
Como beneficio louco e livre de ser eu mesma
Nas asas de uma borboleta de sonhos deixei a marca
Que não apago das asas dos teus aviões
Nas inestimáveis prendas que recebi
Deixei o silêncio como símbolo sagrado
De que o Tempo é o melhor aliado
Para os excessos que a vida oprime
Nas rezas tão simples e doces que o olhar fez
Ficou a esperança de saber que por ti DEUS aqui estou
Para alcançar uma eternidade que nada contém em si
Senão a beleza do que mora dentro de ti
Nas orações de Olhos postos nos céus
Deixei a luz viver no coração
Apesar das provações da alma
Para ser absolutamente livre e solta
Para voar....
E agora que as borboletas rodopiam
E as flores me cobrem de perfume eu rezo
A Ti meu DEUS que nunca me deixes partir
Do que amo e do que vivo
Das memórias que tenho e quero criar
Levanta-me do chão quando o peso for difícil de suportar
Dá-me a tua mão para eu voar mais alto
Dá-me a tua infinita sabedoria para nunca me esquecer de sorrir
Deixa-me ser apenas marinheira nas tuas ondas
Na fé de que existe sempre um novo amanhã
Que as experiências são o velejar dos sonhos
E as trevas tão escuras e poderosas não têm o peso do Amor
São sim meras divagações da mente Cansada e torturada
São eu e tu num chão de pedra e de penumbra
Deixa-me dançar o tango e voltar....
A escrever com a mesma sede de infinito
Com o mesmo desejo de ser igual a mim própria
De exceder os meus limites e de acreditar no futuro
Permite-me acompanhar lado a lado os meus amigos
E ser simplesmente feliz na paz dos meus sonhos
Na beleza dos gestos que sei que sem ti a meu lado
Seriam divagações difusas da verdadeira essência
Deixa-me ser livre novamente para com as minhas asas tocar o céu e agradecer-te
Porque filha do Rei Sol e no rio dos deuses me quero banhar
Para ser infinitamente Amiga de mim mesma
Para ultrapassar todas as barreiras que travo
Para ser livre à excepção da palavra
Livre dos meus fantasmas e das minhas fobias
Suficientemente solta para revelar o melhor de mim
E fazer brotar em todos os que me rodeiam o melhor de si próprios
Façamos desta mensagem um hino
Às amizades que se perdem
Aos riachos que secam
Às indecisões que nunca se tornam realidades
Aos amores que nunca terão brilho
Vamos juntos dizer que somos a melhor versão de nós mesmos
Vamos voar ...