homenagem a Dylan

Homenagem a Dylan Thomas.

ORAÇAO A AMADA

Através da energia que expulsa teu corpo

meu peito comprou uma paz para o mundo,

como atravesso da rocha o água se abre caminho

trás as tépidas cumes do gélido olvido

eu morro de solidão.

E através da palmeira de frutos desertos

meu amor eu nunca supus que estrelas fossem livres

porque ver com a alma era algo impossível

no principio do mar renunciei a ser livre

e eles não saberão que amei por primeira vez

teus olhos imensidão

E de ser a energia que teu corpo me entrega

ou de viajar ao pais onde a noite te espera,

por nós, uma concha vinho agarra o frio

que inunda a devastação

E adivinho que tu já não habitas o quarto vazio

E asseguro que cruzar e mesmo fazer signo

contra atravessar paredes de carne corrompido

temer, meu amor é momento indeciso

que afoga a liberação

e ela não espera pela insensível caricia

e ela não estuda sua penúltima sílaba

nem aporta navios

que por outrem hão aguardar

dá-me tua mão adianta um centímetro

rompe a chorar deita atrás teu escrúpulo

não vivas já mais para aparentar mundo

e se já tu mesma

para fundir me beijo na certidão

que não há caminho

sem os dois a pisar:

nas nuvens outono

nos lençóis do ar