Síndico em Crise CAPITULO 07
"Síndico em Crise"
Escrito por Sidnei Nascimento
CAPITULO 07
“Domingo, dia de folga”
Em uma manhã de domingo ensolarado, Felipe está em uma cafeteria charmosa tomando seu café e conversando animadamente com sua amiga Patrícia.
Patrícia:
– E aí, Felipe! Como vai a vida de síndico?
Felipe (rindo):
– Então, sempre uma loucura. Ontem mesmo, Dona Carmem achou que a piscina estava envenenada.
Patrícia (dando risada):
– E você, o que fez?
Felipe:
– Apenas a tranquilizei e disse que era água, não veneno.
Felipe tira o celular do bolso e, antes de responder, recebe uma mensagem de texto. A expressão dele muda rapidamente para uma mistura de preocupação e desespero.
Felipe (lendo a mensagem):
– Não... isso não pode ser verdade...
Patrícia:
– O que aconteceu?
Felipe (mostrando a tela do celular):
– Um morador surtou no prédio. Dizem que está fazendo uma bagunça, tem ambulância, polícia e até guarda municipal por lá!
Felipe se levanta rapidamente, quase derrubando a cadeira.
Felipe:
– Eu preciso ir! Isso não vai acabar bem!
Patrícia (preocupada):
– Você quer que eu te acompanhe?
Felipe (balançando a cabeça):
– Não, não. Eu preciso lidar com isso sozinho. Prometo que vou te atualizar!
Felipe corre para a saída, enquanto Patrícia observa, preocupada.
Quando Felipe chega ao prédio, a cena é caótica. Várias pessoas estão na calçada, olhando para o prédio. Há uma ambulância e alguns policiais conversando.
Felipe (pensando alto):
– Isso só pode ser um pesadelo.
Ele se aproxima de um dos policiais, Policial Silva.
Policial Silva:
– Ah, você é o síndico, não é? Precisamos que você entre e veja o que está acontecendo.
Felipe entra e ouve gritos e barulhos vindo de um dos apartamentos. Ele sobe as escadas correndo e encontra Seu Miguel, um morador conhecido por seu temperamento explosivo, com um megafone em mãos.
Felipe (gritando para Seu Miguel):
– Seu Miguel! O que está acontecendo?
Seu Miguel (gritando através do megafone):
– Estou fazendo uma manifestação! Ninguém me escuta, então vou gritar!
Felipe (tentando se manter calmo):
– Mas não é assim que se faz, Seu Miguel! Isso só vai trazer mais problemas!
Felipe tenta aproximar-se, mas a situação se intensifica.
Seu Miguel:
– Eu quero que todos ouçam a minha voz! Ninguém entende o que é viver aqui!
Felipe tenta pegar o megafone da mão de Seu Miguel, mas ele se esquiva.
Felipe:
– Vamos conversar, por favor! Eu posso ajudar!
Polícia e ambulância estão prontas para intervir. O Guarda Municipal observa a situação com um olhar preocupado.
Guarda Municipal:
– Se isso continuar, vamos precisar entrar.
Felipe, desesperado, procura uma forma de acalmar Seu Miguel.
Felipe:
– Olha, Seu Miguel, que tal você me contar o que está te incomodando, sem gritar? Prometo que vou ouvir.
Seu Miguel, hesitante, baixa o megafone e começa a falar.
Seu Miguel:
– É que ninguém me respeita! A piscina está sempre cheia de crianças e eu não consigo descansar!
Felipe:
– Eu entendo. Vamos fazer uma reunião para discutir isso. Eu prometo que vou trazer todos para a conversa.
Felipe começa a acalmar a situação, enquanto os policiais e a ambulância recuam lentamente.
Felipe (conversando com Seu Miguel):
– Vamos resolver isso juntos, mas precisamos que você mantenha a calma. Você não quer que os vizinhos se afastem de você, quer?
Seu Miguel:
– Não, não quero...
Felipe respira aliviado enquanto a situação se acalma. Ele se volta para os moradores que estão se aglomerando.
Felipe:
– Vamos organizar uma reunião para discutir as questões do condomínio, e eu vou me certificar de que Sua voz seja ouvida, Seu Miguel.
O público aplaude, aliviado com a resolução. Felipe sorri, sentindo-se aliviado.
Felipe (pensando):
– E eu que achava que o domingo seria tranquilo...
Esse capitulo termina com Felipe olhando para o céu, rindo da ironia da situação.