CAPÍTULO 58: FAMÍLIA DE MENTIRAS! (ÚLTIMOS CAPÍTULOS) O SEGREDO DO PORTA-MALAS! PARTE 1

Aurora então se defende da acusação do marido indignada.

__ Parou aí! Culpa minha? Você está se ouvindo? Porque tenho impressão que não. Não me culpe pelas suas más atitudes, posso ter errado sim por acobertar você, a escolha foi sua no plantar, não é? Não planejo suas atitudes, nem mexo com as suas mãos.

__ Você não a culpe pai, a minha mãe errou também, mas ela tem razão em uma coisa, assuma logo o que fez e acabamos com esse sofrimento. É difícil entender que quem mais amamos é quem mais nos desilude. – Alfineta Sara seu pai.

Rafa que acompanha Sara fica constrangido com a discussão e vai embora sem que eles percebam. Cassiano explode e joga a verdade no ventilador.

__ Chega! Cansei dessa história, quer mesmo saber a verdade? Tudo bem, contarei, mas eu peço que tente me entender minha filha. Sua mãe não te disse, sabe por que? Ela também sabia. Sabia sim e me perdoou, ainda que eu não merecesse. - reforça Cassiano seu pedido de compreensão.

__Tire as suas mãos de cima de mim. Não é para tocar, mas para dizer. O que ainda preciso entender? Acaba logo com essa dor, antes que ela acabe comigo de vez. – Afasta Sara as mãos do pai das suas, que tremem de raiva.

__ Sara calma minha filha! Eu não vou te soltar até explicar os motivos. Estava no auge da minha juventude, e sua mãe e eu tínhamos brigados, até então achava que era sem volta, mas não foi. Havia começado outro relacionamento, não durou muito, mas teve consequências, tentei, mas não tive como enfrentar a situação da maneira correta. Estava desempregado quando recebi uma carta em mãos por um advogado desse relacionamento e junto um cesto com um bebê. Sabe o que é uma criança ser recusada pela própria mãe? Não, e eu não sabia até ela aparecer de sua existência, foi um choque. – Revela Cassiano voltando a segurar os braços da filha.

__ Eu... Eu nem sei o que dizer, mas o que aconteceu com essa criança? Meu Deus! Entendi tudo agora! Escondeu esse tempo todo um irmão? É realmente assombroso, mas um belo motivo hein?! – Ironiza Sara a notícia que recebe do pai.

__ Tem razão um motivo tão incrível, que me fez escolher guardar esse segredo cruel todos esses anos. O pior é que veio em um momento impróprio, não tinha nem como me sustentar, então não me restou outra opção... Fui zeloso ainda, mas pensando na criança eu a abandonei, mesmo sabendo que ia doer o resto da vida. Recebi e o levei no cesto dentro de uma sacola aberta para a porta de um orfanato em frente ao lixão. Não tive coragem de saber se a criança sobreviveu naquela época. Entende agora a culpa que carrego até hoje? – Explica então ele aos prantos o destino do filho abandonado.

__ Monstro! Covarde isso que você é. Eu estou chocada com tudo isso pai. É muito para mim ouvir essa história criminosa. Mãe você sabia disso tudo? Claro Sara. Idiota, como pude ser tão idiota. Sabia sim, qualquer pessoa que descobre algo desse tipo estaria nervosa, não fria como está. Que horror, meu Deus! – Grita Sara saindo correndo para seu quarto sem deixar que os pais terminem de explicar.

__ Está satisfeita com sua atitude na delegacia meu bem? Agora ela nos odeia, odeia. E a culpa é sua, sua por ter aberto demais a boca. Aceita um conselho: ficaria perfeita de boca fechada, mas pra você é pedir demais não é? Até nisso foi incompetente. – Debocha Cassiano da esposa, culpando-a pelo que aconteceu.

__ Nos odiar? Acho que não, até porque quem fez o que fez não fui eu. Ah, se estupidez fosse um esporte, com certeza você já seria um atleta olímpico. Pensa nisso ok? Agora licença que vou atrás da nossa filha. – Troca Aurora o desaforo com o marido.

Cassiano não gosta da resposta e vai atrás da esposa e de sua filha para tentar reverter o estrago da mentira. Sara se tranca no quarto e cai em lágrimas. Os pais batem a porta do quarto e Sara finge não ouvir, o que deixa seu pai furioso. Do lado de fora, ele continua se justificando.

__ Sara sabemos que está em choque com tudo que eu disse, mas eu não terminei. Precisa me ouvir. Foi pensando no bebê que eu fiz o que fiz, tudo para não vê-la morrer. Sua mãe logo depois que soube me convenceu a ir atrás da criança, mas infelizmente o orfanato já havia sido fechado e os registros foram perdidos. Passei necessidade minha filha e eu te juro que não queria ver essa criança morrer no meu colo, antes eu morrer do que ela. Eu sinto muito, mas não é assim que eu queria te contar tudo isso, de supetão.

Nervosa e trêmula Sara grita:

__ Me deixem em paz, por favor! Saiam daqui. Eu não quero ouvir mais nada, nada! Preciso ficar sozinha por um bom tempo.

Cassiano bate mais algumas vezes na porta, mas é inútil Sara se recusa a falar com o pai e a mãe. No ápice do nervosismo e ao perceber que estava sendo ignorado pela própria filha ele arromba a porta do quarto, corre em direção a ela e a abraça. Ela ainda com raiva empurra o pai para longe, que se choca com o acontecido.

GOSTOU DO CAPÍTULO? NÃO PERCAM AS EMOÇÕES FINAIS DE O SEGREDO DO PORTA-MALAS.

NRD
Enviado por NRD em 22/05/2024
Reeditado em 22/05/2024
Código do texto: T8069135
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.