Capítulo 56: Acidente Providencial? (O SEGREDO DO PORTA-MALAS!) ÚLTIMOS CAPÍTULOS

D.R planeja colocar os pingos nos i’s e em grande estilo após a descoberta sobre Cassiano. Diana volta para sua casa e encontra Sara na sala aflita a sua espera. Alícia vê um cartaz policial a procura de Sara pelas ruas e toma uma decisão sobre a estadia.

__ Não vai me dizer onde estava? Fiquei preocupada quando sua mãe me disse que teve que sair Diana. – Comenta Sara olhando fixamente para a amiga.

__ Que tom é esse? Pode ir se acalmando primeiramente. Tive que resolver algumas coisinhas, tudo do seu interesse. – Se explica Diana sem gostar do jeito que foi recebida.

__ Do meu interesse? Não entendi, mas desculpe o meu jeito. Preciso saber algo mais importante de você. – Insinua Sara com animação.

__ Com essa animação, só pode ser coisa boa então. O que quer de mim? Já estou aqui. – Dispõe Diana a ouvir o que Sara tem a dizer.

Alícia chega e interrompe a conversa das meninas, surpreendendo as duas com sua reação.

__ Que bom que encontrei as duas em casa. Vamos ter uma conversa séria. – Impõe Alícia em um tom mais sério.

__ Mãe que susto! Nossa que séria. Aconteceu alguma coisa? Parece ter visto fantasma. – Preocupa Diana com o tom da mãe.

__ Não amiga ela não está bem, mas deixe ela dizer. Podemos ajudar? Esse olhar é de que viu algo que não gostou. – Constata Sara preocupada.

__ Você está coberta de razão Sara eu não gostei mesmo do que vi e é bom que tenha uma ótima explicação, caso contrário não poderá ficar mais aqui. – Explica Alícia um pouco nervosa com a descoberta.

__ Ainda não entendo. O que eu fiz agora meu Deus? Desculpa dona Alícia, mas eu nem sei o que dizer. Não quero causar problemas para vocês, pode ser mais clara? – Preocupa Sara se questionando o que há de errado.

__ Como assim mãe? Que tom é esse que está falando com ela? Não estou te reconhecendo, juro. – Pergunta Diana indignada com o tratamento de sua mãe.

__ Não façam as desentendidas, mas eu explico. O fato é que você Diana me escondeu algo muito sério. O que me dizem sobre a Sara estar sendo procurada pela polícia? Podia esperar de qualquer um, menos de você minha filha! – Esclarece Alícia deixando as duas surpresas.

__Como? Não mãe, não é possível. Acho que está havendo um engano. Você disse mesmo polícia? Meu Deus! Sara isso é verdade? E agora? Não é que esteja duvidando de você, mas não sabia disso mãe, não tem porque eu menti. Sara? – Justifica Diana chocada com a situação.

__ Não sei, não sei mesmo se isso é verdade. Estou tão surpresa quanto vocês, mas eu tenho uma teoria sobre essa questão. Que vergonha, que vergonha! Diana e dona Alícia me desculpem. Eu não devia ter feito o que fiz! É tudo minha culpa e desse maldito pesadelo que se transformou a minha vida. – Reclama Sara se referindo a sua fuga e sobre as ameaças sofridas.

Alícia fica sensibilizada com a reação de Sara e se preocupa ainda mais com Sara. Diana abraça sua nova amiga, que chora desesperadamente.

__ Talvez esteja errada sobre você Sara, desculpe. Mas o cartaz me assustou de verdade. Não quer contar o que está acontecendo? Quem sabe posso ajudar de alguma forma. Se acalme e não chore, está tudo bem, passou. – Pede Alícia desculpas tentando contornar o susto.

Sara abraça a mãe de Diana, como um sinal de entendimento, mas não tem coragem de contar o que houve e agradece pela ajuda.

__ Não tem que se desculpar. Sei que estou errada e infelizmente não consigo dizer nada sobre esse assunto, mas agradeço de coração a generosidade e disposição em ajudar. Me ajuda com as minhas coisas Diana? Só eu posso resolver essa confusão toda! – Insinua Sara que irá embora de vez.

__ Não pode ir embora assim! É sério isso? Mãe ajuda! Quero que fique, pois tomei uma decisão. Vou naquela festa com você, afinal era isso que esperava não era? E sua teoria é melhor deixar quieta, se não vai estragar tudo, inclusive um certo plano. Tem gente que não perde por esperar! – Insiste Diana para a amiga ficar.

__ Sara retiro o que eu disse sobre você. Pode ficar se quiser, mas não podemos força-la minha filha, é uma escolha dela. Desculpe mais uma vez. – Implora Alícia envergonhada saindo da sala.

Sara sai da sala em direção ao quarto de Diana para arrumar suas coisas para voltar para casa e ela vai atrás para convencê-la a ficar.

__ Diana eu fico feliz que tenha aceitado o convite para a festa, afinal é no fim de semana mesmo. Mas eu não posso mais ficar aqui, entenda. Não é por má vontade, realmente eu até ficaria, mas envolveram a polícia e isso significa que estão pensando que desapareci. Eu preciso esclarecer isso de uma vez por todas, encarar meus medos. Obrigada, mas obrigada mesmo tenho que ir. Meus pais devem estar arrasados, imagine se fosse com você. Como sua mãe estaria? Então... nos vemos na festa? – Explica Sara sua decisão a sua nova amiga.

__ É isso mesmo que quer? Mesmo não concordando eu entendo. Não pense que se livrou de mim não, claro que sim. Não perco esse evento por nada. Tenho a impressão que ainda vai precisar muito de mim por ser uma fase delicada. Terá uma surpresa Sara, surpresa. – Insinua Diana sobre a verdade por trás de Red.

__ Surpresa? Fase delicada? Não entendo, o que está aprontando hein? Sei não, assim parece que aconteceu algo que eu não sei. Por acaso está me escondendo alguma coisa Diana? – Suspeita Sara de que tem algo errado.

__ Eu aprontando? Não é nada, esquece. Estou fazendo isso porque agi de má fé com Red, reconheço. Essa festa vai mudar muita coisa, só isso e não tem porque eu menti para você. – Disfarça Diana desviando do assunto.

__ Agora sim. Espero mesmo que seja isso, obrigada de novo. Desculpa te enfiar nisso tudo ok? Não era pra ter sido assim. – Agradece Sara ainda desconfiada.

As duas se abraçam e Sara despede de Alícia no portão e pega um Táxi em direção a sua casa. O táxi reconhece Sara pelo cartaz e muda a direção do endereço levando a para delegacia. Sara percebe e pede que ele volte.

__ Moço o que acha que está fazendo? Pare agora esse carro. Esse não foi o endereço que te passei. Quero descer, vamos pare ali na frente.

__ Desculpa, mas eu só estou fazendo o que é certo. Levando para delegacia. Por acaso não é você a moça desse cartaz aí atrás? – informa ele sugerindo que ela olhe o cartaz.

Sara olha e fica nervosa com a situação, mas ainda sim exige que ele a leve para sua casa.

__ Sim sou eu mesma. Mas isso não muda o fato que o senhor está errado. Não vai parar mesmo? – Pergunta ela se opondo a decisão do motorista.

__ É meu dever senhora, sinto muito, mas não posso parar agora. – Lamenta ele enquanto acelera o carro.

Sara observa o motorista para ver se ele está atento e olha para o freio de mão. Ela rapidamente solta o cinto de segurança e puxa o freio de mão, o carro roda na pista duas vezes. Assim que o carro para ela ironiza:

__ Saber ouvir é tão importante quanto a necessidade de querer agir por conta própria. Agora você aprende quando alguém te der uma ordem, obrigada. – Debocha deixando o dinheiro da corrida e saindo do carro.

Mas a situação piora quando um policial que assistiu a cena percebendo o possível acidente se aproxima e a aborda. O taxista observa a abordagem e se sente aliviado.

__ Ufa! Essa foi por pouco, pelo menos a polícia dará um jeito na garota. – Comemora o taxista indo embora.

__ Você garota! Onde pensa que vai? Não acha que deve uma explicação pelo acidente que por sorte não aconteceu? – Impõe o policial apitando para que ela pare.

Sara obedece ao apito e fica tensa com o policial por medo de ser reconhecida.

__ Eu? Acho que me ferrei. Tem razão. Eu posso explicar seu policial. Por favor, não me machuque. – Pede assustada.

__ Tudo bem, não tem porque machucá-la. Se ferrou? Não entendi, por acaso estar metida em alguma confusão? – Percebe o policial o nervosismo de Sara.

__ Eu não quero falar sobre isso. Não nenhuma confusão, é só que esse quase acidente vai me trazer maiores problemas em casa. O que aconteceu é que eu tive que parar o motorista que estava indo em direção errada e quando pedi para parar continuou acelerando. – Esclarece Sara sobre o quase acidente.

O policial a reconhece e oferece ajuda a garota, que fica tensa. Ele a tranquiliza.

__ Você é a menina. Graças a Deus! Eu sei que estar um pouco nervosa, me desculpe, mas terá que me acompanhar a delegacia. Estão todos atrás de você. Não vai te acontecer nada, eu garanto. – Insiste o policial mais uma vez.

__ Atrás de mim? Não eu não quero ver ninguém, ninguém. Eu não fiz nada, eu juro! – Pontua Sara desesperada por ter que enfrentar seus pais e o medo de ser ameaçada mais uma vez.

O policial a acompanha até o carro e eles seguem para a delegacia. Na recepção da delegacia, Gabriela se surpreende ao ver Sara chegar acompanhada do policial.

__ É isso mesmo que eu estou vendo? A desaparecida apareceu, finalmente! – Debocha Gabriela sorridente, mas impactada.

__ Jura que ficou feliz em me ver? No seu lugar estaria furiosa, mas não pense que vir por vontade própria. – Desabafa Sara não contente por estar na delegacia.

__ Muito bem, pode deixar comigo! Agora eu resolvo. Venha mocinha temos muito a falar. E para o seu bem, é bom que diga a verdade. – Sentencia Gabi a encarando seriamente e dispensando o policial.

__ Tenho outra opção? Vamos né! Eu sei que tenho culpa para estar aqui, mas eu precisava fazer o que fiz. Isso é tudo que posso te dizer dona Gabriela. – Se justifica Sara sobre ter fugido de casa sem ter mencionado o que fez.

__ Isso não é o suficiente Sara. O que foi que você fez? Antes de qualquer coisa, eu só posso te ajudar, se você me ajudar entende? – Explica Gabriela mostrando estar ao lado dela.

__ Desculpa, mas nesse caso ninguém pode me ajudar. Já disse! Não quero que ninguém se machuque! Acredite é melhor para todos, antes eu me machucar do que os que amo. – Desabafa Sara preocupada com os demais e não com si própria.

A delegada subentende que tem algo maior por trás do medo da jovem e lhe faz um pedido.

__ Quem iria se machucar Sara? Por que esse medo todo, por acaso estão te ameaçando por algo? Te machucaram? Te pediram dinheiro? Está mexendo com drogas Sara? É preciso que diga a verdade apenas, nada vai acontecer com você. – Interroga Gabriela ao fazer muitas perguntas.

__ Olha eu até poderia responder, mas confiar não é como os gatos, não existe essa de sete vidas, acabou? Morre ali. – Explica Sara sua versão dos fatos.

Gabriela então dispensa Sara, mas lhe deixa um sobreaviso.

__ Tudo bem Sara já entendi, mas se lembre que não precisa correr riscos, se puder evitar. Vigie. Espere na sala ao lado, pode ir.

Sara espera na sala ao lado, acompanhada pelo policial e apreensiva, já que não respondeu as perguntas da delegada. Assim que sai da sala, Gabriela liga imediatamente para casa de Sara.

__ Aqui é da 19º delegacia do Rio de Janeiro, quem está na linha é a delegada Gabriela. Com quem eu falo?

Aurora atende e se surpreende com a ligação direto da delegacia.

__ Doutora Gabriela? Que surpresa! Sou eu Aurora, o que houve? Não esperava sua ligação, por sorte me pegou em casa. É com a minha filha? Por favor, se for má notícia não esconda nada. Estou desesperada. – Se identifica Aurora nervosa ao telefone, andando de um lado para o outro.

__ Olha dona Aurora, como eu posso dizer isso a senhora sem ser direta? Vamos lá, sim é sobre sua filha. Nós a encontramos sim, mas calma! Está tudo bem com ela, mas o caso é grave. – Avisa Gabi ao tentar tranquilizá-la.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO!