DOM QUIXOTE (Roteiro Para Teatro)

DOM QUIXOTE (Roteiro Para Teatro)

Nota: A seguir, publico o roteiro adaptado para teatro DOM QUIXOTE (De La Mancha), uma das maiores obras da literatura universal de todos os tempos, escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes e publicado no ano de 1605.

A peça em questão foi solicitada pela escola da minha filha Maria Sofia Silva Florentino, 13 anos, estudante da oitava série do ensino fundamental, para ser apresentada em Junho do corrente ano.

Todos os alunos foram envolvidos na referida produção teatral, alguns como atores, outros diretores, cenógrafos, sonoplastas e assim toda uma equipe necessária para uma produção dessa natureza.

À minha filha coube a responsabilidade, juntamente com mais dois colegas, de fazer o roteiro, pois ninguém queria assumir essa tarefa por acharem extremamente difícil. No final, os outros dois colegas também desistiram, deixando somente para Sofia tal incumbência.

O roteiro, totalmente original, foi escrito sem nenhum recurso manual ou tecnológico de cópia, tendo ainda que incluir um personagem fictício, não existente na obra de Cervantes, para que mais uma aluna pudesse ser inserida como atriz.

Minha filha fala, à boca pequena, que o roteiro foi escrito no período de um dia.

Não foi surpresa saber que a professora elogiou, deu nota 10 e leu em voz alta na turma, que aplaudiu de pé.

Sofia, receba os parabéns de um pai orgulhoso.

Marco Antônio Abreu Florentino

DOM QUIXOTE

Ato 1:

Cena 1: O Despertar de Dom Quixote

Alonso, um homem idoso e solitário, está imerso na leitura de romances de cavalaria.

Sua mente é consumida pelas histórias de cavaleiros andantes e nobres batalhas.

Influenciado por essas leituras, Alonso decide escapar da monotonia de sua vida e se transformar em Dom Quixote, o cavaleiro andante.

Cena 2: O Encontro com Sancho Pança

Dom Quixote encontra Sancho Pança, um camponês astuto e leal.

Sancho Pança se junta a Dom Quixote como seu fiel escudeiro, compartilhando sua busca pela verdade e aventura.

Rocinante, o leal cavalo de Dom Quixote, está ao lado deles, pronto para enfrentar qualquer desafio.

Cena 3: A Jornada Inicia

Dom Quixote, Sancho Pança e Rocinante partem em sua jornada, enfrentando moinhos de vento que Dom Quixote acredita serem gigantes malévolos.

Sancho Pança questiona a sanidade de Dom Quixote, mas permanece ao seu lado, cativado pela bravura e determinação do cavaleiro.

Cena 4: A Descoberta de Dulcinéia

Dom Quixote se apaixona perdidamente por Dulcinéia, uma figura idealizada em sua mente.

Maria, sobrinha de Dom Quixote, tenta trazer seu tio de volta à realidade, questionando se Dulcinéia é apenas uma criação de sua imaginação.

No entanto, para Dom Quixote, Dulcinéia é a personificação da beleza, da virtude e do amor verdadeiro.

Ato 2:

Cena 5: A Batalha contra os Ladrões

Dom Quixote, Sancho Pança e Rocinante se envolvem em uma batalha com um grupo de ladrões, que Dom Quixote imagina serem cavaleiros malignos.

Mesmo em desvantagem numérica, Dom Quixote luta com bravura, questionando a verdadeira natureza do bem e do mal.

Sancho Pança, Rocinante e Maria demonstram lealdade e coragem, enfrentando os desafios ao lado de Dom Quixote.

Cena 6: A Jornada Interna

Dom Quixote é confrontado com dúvidas e questionamentos sobre sua própria sanidade.

Ele luta para encontrar um equilíbrio entre sua busca pela verdade e a realidade que o cerca.

Sancho Pança, Rocinante, Maria e Dulcinéia se tornam vozes de razão e consciência, ajudando Dom Quixote a enfrentar seus conflitos internos.

Cena 7: A Prova Final

Dom Quixote, Sancho Pança, Rocinante e Maria enfrentam um cavaleiro negro misterioso em um duelo de espadas.

Nessa batalha épica, eles confrontam seus medos e enfrentam a escuridão interior.

A luta física simboliza a batalha emocional e psicológica que Dom Quixote trava consigo mesmo.

Cena 8: A Verdade Revelada

Dom Quixote é derrotado pelo cavaleiro negro, mas encontra força na derrota.

Ele percebe que a verdade reside na busca e não na conquista.

Dom Quixote questiona a própria natureza da verdade e da loucura, compreendendo que a linha que separa a realidade da fantasia é tênue.

Ato 3:

Cena 9: A Despedida dos Cavaleiros

Dom Quixote, Sancho Pança, Rocinante e Maria compartilham um momento de despedida emocionante.

Sancho Pança, Rocinante e Maria expressam sua gratidão por terem acompanhado Dom Quixote em sua jornada.

Dom Quixote agradece a lealdade deles e os encoraja a continuar suas próprias buscas pela verdade.

Cena 10: O Retorno de Dom Quixote

Dom Quixote, agora Alonso novamente, retorna à sua vida comum, mas com uma nova perspectiva.

Ele abraça sua identidade dual e encontra a verdade em sua própria jornada interior.

Alonso passa a valorizar a imaginação, a lealdade de Rocinante, o amor de Dulcinéia e o carinho e preocupação de Maria em sua vida cotidiana.

Cena 11: A Busca Contínua

Alonso reflete sobre suas aventuras como Dom Quixote e as lições aprendidas.

Ele decide que a busca pela verdade é uma jornada sem fim e está disposto a continuar procurando, tanto na realidade quanto na fantasia.

Alonso compreende que a verdade está além da superfície e que o significado da vida está na busca pela verdade e pelo propósito.

Cena 12: Epílogo

Alonso, agora reconciliado consigo mesmo, encontra paz em sua imaginação e aceitação da realidade.

A peça termina com a mensagem de que a busca pela verdade é um caminho individual, e cada um deve encontrar sua própria versão da realidade, enfrentando seus medos e desafios.

Alonso, Sancho Pança, Rocinante, Dulcinéia e Maria permanecem símbolos de coragem, lealdade e perseverança, inspirando o público a continuar em suas próprias jornadas em busca da verdade.

FIM

Maria Sofia Silva Florentino

https://youtu.be/cVim3Sf9gu4

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