O LIVRO DE JASPER 2
- Fique tranquila, não estará sozinha, vai levar consigo seu colega César.
- Por que ele?
- Algum problema?
- Não general.
- Pode ir.
- Sim.
Área 56, posto 99, Andersen termina o banho enquanto Nora faz o jantar, arroz, fígado de porco, cenouras e salada de alface.
- Cozinhou feijão?
- Sabe que acabou na semana passada.
- Estranho que o pessoal ainda não tenha vindo com as compras.
- Eu também acho, mais vamos ter de esperar o fim da tempestade solar, só então teremos sinal.
- Acho que por isso não tiveram coragem suficiente para colocar a nave para fora.
- Seja como for amanhã teremos de ir a caça.
- Vou preparar o cesto de caça.
- Faça isso depois.
- Teremos sobremesas?
- Quem sabe, depende de você.
- Sei, sei muito bem.
Horas depois o casal ali nús na cama no minúsculo quarto anexo a cabine de vigia, ela geme baixo ao ouvido do companheiro de trabalho e de cama, momentos depois ela sai sem roupa para se lavar, ele olha pela janela a imensidão enegrecida daquele planalto.
- Como será o nosso amanhecer?
- I gual aos outros.
- Quero sair um pouco, velejar.
- Ficou louco, temos 6 meses ainda a frente.
- Vai passar o ano de bonus comigo?
- Não, sabe que tenho filho, marido.
- Por que tem de me lembrar disso?
- Nunca te enganei Ander e só para deixar claro, você também não é um solteirão.
- Sou noivo mais posso acabar com isso hoje mesmo.
- Como?
- Ligo para Deila e termino tudo.
- Vai gastar o único rádio que temos para fazer uma trolagem com a pobre.
- Eu te amo.
- Pare com isso, se continuar com este drama vencido, lhe arrebento e peço minha inclusão para a missão H113.
- Tem coragem de ir para Hórus 113?
- Por que não?
- Diz logo que não me ama, que me odeia.
- Mais ou menos isso.
César termina de arrumar a mala quando olha Sanya entrar no quarto.
- Esta pronta primeiro sargento?
- Cuide de suas coisas, eu saberei quando me aprontar.
- Houve algo?
- Me diz vigia, por acaso usou de circulo familiar para vir comigo nessa missão?
- Achei que nos conhecessemos, eu jamais faria algo assim.
- Espero que não, por que depositei um tanto de confiança em ti.
- Quer que eu desista, eu o faço.
- Ai sim vai me derrubar, por que logo saberão que tivemos esta conversa.
- Eu nunca faria isso.
- Tudo bem, esqueça, fico feliz em saber que vai estar trabalhando comigo.
Área 56, Nora sai para a varanda e olha para o céu, logo avista um sinal de luz se aproximar.
- Ander.
- Sim.
- Prepare a pista.
- Para agora.
- Obrigado.
As duas faixas são acesas e logo uma forte luz invade o lugar, ali perto deles pousa uma nave de 6 toneladas, segundos depois esta é aberta e sai 8 soldados, uma mulher vem a eles.
- Comandante.
- Olá soldados.
- O que houve?
- Temos de conversar.
- Sim.
Após os protocolos de desembarque, a comandante Jenifer saboreia uma salada de frutas enquanto Andersen e Nora olham apreenssivos.
- Perdemos o confronto, não foi nada bom.
- Como foi o saldo final?
- Temos 3 dos nossos com eles.
- E agora?
- Bem, eles eram iniciantes mais só a pouco soube que um deles tem parentes no alto comando.
- Será que disseram algo?
- Com certeza que sim.
- O que vamos fazer?
- Andersen, por favor, ajude aos nossos na nave.
- Sim comandante.
Assim que o sargento sai, Jenifer faz sinal para Nora e elas seguem para um canto.
- Quanto ele sabe?
- quase nada, fiz tudo que me fora ordenado.
- Temos de tira-lo por um tempo.
- é tão grave assim?
- Ele ou todos.
- Entendo.
- Trouxe mantimentos, são de Manglória.
- Obrigada comandante.
- Vou ficar 4 luas aqui, prepare tudo que for preciso.
- Farei de acordo com o que pede.
- Obrigada.
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