DEMÔNIO BEYREVRA DE COLLIN DE PLANCY´S
DEMÔNIO BEYREVRA DE COLLIN DE PLANCY´S
O QUE PODERIA fazer uma criança contra adultos e familiares que a mantinham sob constante ameaça e radical manipulação??? Que mãe se prestaria ao papel de uma madrasta tão perversa e senhora de si??? Não quero falar do tipo de educação que ela dispensava ao todo familiar. Isto porque o todo familiar é quem deve se manifestar sobre a educação deles, não eu. Eu me manifesto no que me diz respeito. Por necessidade de argumentação, emito opiniões sobre o coletivo familiar.
AS CRIANÇAS ESTAVAM terminantemente proibidas de crescer intelectualmente. Ora, se eles não cresceram, por que haveriam de fazer crescer um intelecto que desconheciam??? Amadurecer significava uma ameaça para ele. Tinham de, a qualquer custo, fazer os filhos ficarem para sempre adormecidos na condição infantil. Mesmo sabendo que a natureza do crescimento possui suas próprias regras. Se despertassem a consciência para as barbaridades de que eram vítimas, a filiação, com certeza estaria a reivindicar direitos a um educandário familiar de verdade.
COM AQUELA MULHER de Paizão Coisinha não havia conversa possível. Diálogo era algo que ela tinha por injustificável. Ela os havia parido e dizia estar educando os filhos conforme a mãe dela a educou. Mas, que educação poderia fornecer uma velhinha que terminou seus dias fazendo cocô na cama e comendo pão seco com café??? Que dizia ela, minha avó materna, ao me ver sendo massacrado física e mentalmente por uma soberba carência de recursos??? À vista de todos, eu estava sendo desprovido do mínimo e do muito pouco para que pudesse agenciar meu crescimento moral e intelectual.
A BOA VELHINHA, vó materna, na residência da qual eu convivi quando fazia o segundo ano do curso comercial, em Fortaleza, dizia a mim, em tom lamentoso, de quem estava a compreender que eu não poderia crescer tendo uma mesada que mal dava para cobrir as despesas com pagamento de mensalidade e condução de ida e volta ao colégio: “a Edinah nunca teve olhos para ver os filhos, você é o mais abandonado de todos, ela só tinha olhos para ser a puta de te teu pai. Tudo que ela queria na vida nunca foi mais do que ser a marafona do Tonholins”.
FICA CLARO QUE a mãe dela, minha avó, não aprovava o estado de carência exacerbada com que eu vivia tentando sobreviver com o mínimo dos mínimos. O hipnotismo da voz dessa criatura das trevas, desse espírito das sombras, que eu deveria considerar minha mãe, era constante, diário. Ela me impunha um estado de inconsciência deliberado. Focava minha atenção no que ela dizia, como se o que ela dissesse fosse inquestionável. E se eu ousasse objetar, replicar seus argumentos com a defesa de minha educação futura, ela ficava afogueada, a face transtornada de raiva. E as ameaças saiam fáceis de sua boca em face psicótica, inquieta, aflita, estressada.
HÁ A LUTA QUE não arrefece de intensidade entre seres humanos. Luta representada pelas cenas nas quais Herodes e Pôncio Pilatos atuaram contra a valência da ética comportamental de Jesus Cristo. O primeiro, ao tentar matar a criança Jesus Menino de colo. O outro, Pôncio Pilatos, ao entregar o homem Jesus aos PMs do Império Romano para que o torturassem e crucificassem.
AREDITO QUE, DE alguma forma o DNA desses governantes romanos se fazia presente no DNA de Paizão e Mãezona. Jarros com formato ao estilo romano estavam presentes em áreas da casa onde ele plantava um jardim que se estendia pelos espaços abertos da casa. Paizão, a mim parecia estar sempre em outra dimensão do Tempo. A doença da insatisfação, da irritação, nele estava, nele, continuamente presente. Por razões bem compreensíveis: alteração hormonal, desequilíbrio orgânico e estresse mental devido às misturas de lidocaína com cocaína e outras químicas de consultório.
O EXCESSO DE trabalho ao qual era submetido pela estratégia de Mãezona em fazê-lo estar sempre deprimido e voltado a afazeres repetitivos, cansativos, para alimentar, educar e investir na sobrevivência dos filhos. Ele havia sido escravizado sadicamente pela mulher com a qual tinha de conviver. Seu comprometimento com ela e as crias por ela paridas, não tinha retorno. Paizão nunca estava em harmonia com as pessoas ao redor. Seu plano familiar me incluía apenas como uma futuro possível Pablo Escobar nordestino. Que ganhasse fortunas com o tráfico, até, afinal, ser morto por outro contraventor a serviço do crime organizado. Ou por um policial também a serviço do tráfico.
ACREDITO QUE Paizão vivia e convivia com personagens de outra dimensão. Outra dimensão do Tempo. Ele não tinha uma percepção adequada e realista do Aqui, Agora. Era como se uma confraria secreta de espíritos de outra época tivessem se encontrado na comunidade perversa Theresienstadt. Espíritos que tinham convivido na época dos Césares romanos e de governantes tipo os citados Herodes e Pôncio Pilatos.
DE ALGUMA forma que a civilização atual desconhece, essa concentração de espíritos de intencionalidade supremacista, se reúnem em outros espaços e tempos para continuarem a investir em seus projetos de dominação: Talvez esses espíritos migrem de corpos antepassados investidos da espiritualidade inteligente que habita o universo. Eles não são habitantes apenas deste planeta, são habitantes de universos e multiversos que desconhecemos. Esses mundos multiversos são interdependentes e compassivos entre si. Eles produzem semelhantes tipos de cultura e história.
ESPÍRITOS MIGRAM de mundos em mundos. Alguns grupos deles conseguem permanecer num mesmo mundo e migrarem para outros tempos nesse mundo??? Unidos na intenção nefasta de causar aflição para os pequenos e indefesos corpos de recém-nascidos, os quais desejam exercer comando, comunicação e controle em benefício próprio e de seus comparsas e cúmplices??? A tecnologia dos espíritos não está ao alcance da nossa tecnologia. Nem de seus interesses políticos e econômicos.
ESPÍRITOS TÊM método. Mãezona e Paizão Coisinha agiam conforme uma metodologia, creio que muitas vezes milenar, de subordinação de corpos recém-nascidos e de crianças, causando neles condicionamentos associados à libido. Apropriam-se do tempo infantil em que as crianças são conduzidas por seus condicionamentos lesivos, para continuarem essa dominação no futuro de suas vidas, a partir da intencionalidade antiga, pregressa. De intencionalidade solidária entre si.
ESSES ESPÍRITOS veem nas crianças que nascem, uma ameaça a seus projetos de continuidade de dominação e convivência de poder. Como eles conseguiriam esse intento nefasto, macabro, sinistro??? Vejamos:
PAIZÃO COISINHA costumava aproximar-se do berço do recém-nascido de sexo feminino estalando a língua, balbuciando um palavreado de sons ininteligíveis, próprios de um velho gagá que ainda, cronologicamente, não era. Ao mesmo tempo ele friccionava a pequena vagina da criança. Aconchegada ao berço, ela em princípio sorria. Talvez prevendo o mal que estava sendo feito, em seguida começava a berrar, como que, em desespero, pedisse socorro para se livrar dos artifícios infames e um macróbio antediluviano com a mente deteriorada pelas drogas e a infame intencionalidade que elas lhes provocavam.
A MESMA COISA se repetia quando Paizão, na rede de tucum da sala, acariciava a xaninha das filhas já crescidas, em seu colo, enquanto o pinto se ouriçava no fundilho do filho que estivesse sobre sua genitália. Paizão representava um espírito que era solidário a outras centenas, que atuavam nas igrejas católicas fazendo valer a confraria de padres e outros demais religiosos dedicados a fazer valer suas taras de pedófilos. Perguntemo-nos: esse era um dos muitos campos de batalha da guerra entre gerações???