A MOÇADA DA PERCEPÇÃO BLUE (REVELA AÇÕES) — LXVIII—
A MOÇADA DA PERCEPÇÃO BLUE
(REVELA AÇÕES) — LXVIII—
O CAPITÃO Cloroquina não se pronuncia quando um de seus milicianos mata um militante de seu principal adversário político. O delírio persecutório de seus discursos contra as urnas e as instituições democráticas é cíclico. O presidente Bozo vive na bolha dos ciclotimia. Ele está sempre a vacilar entre polos e transtornos bipolares. É uma das características mais marcantes dos transtornos psicóticos dele, presidente Bozo Bolsonaro. Ele talvez tenha nas ideias delirantes a certeza de que é vítima de uma grande emboscada comunista. Ele talvez acredite mesmo que é um patriota que não quer que seus fiéis da milícia evangélica armada “votem vermelho”, como dizem seus pastores do medo, em cultos evangélicos.
ESSES PASTORES do medo, que deliram contra uma ameaça comuna que existe apenas em seus corações e mentes sedentos de dinheiro público sujo e de poder político, não têm racionalidade em suas preleções de culto ao mito deles que é um mico político para qualquer eleitor que raciocina um mínimo. Quando um de seus fanáticos e irracionais militantes armados assassina um membro do eleitorado adversário, ele, Capitão Cloroquina, não atina no significado da paráfrase escrita por frei Leonardo Boff, Hemingway, e tantos outros autores da literatura que a ele sobrevive:
— Nenhum ser humano é uma ilha, isolado em si mesmo. Todos somos parte do continente, partes de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas do mar, ou a Rainha da Inglaterra viajar para outra dimensão, a Europa ficará decrescida, como se fosse um promontório, como se fosse o solo diminuído de uma parte geográfica ou de uma representação do gênero humano carente de uma parte vital dele que se foi. Por isso não pergunte por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti. Por mim. Pelos que se foram do convívio cosmopolita, mundano.
O POETA autor de “Meditações”, John Donne, em 1623, neste excerto XVIII do livro citado, é o autor original do parágrafo muitas vezes reproduzido por autores dos séculos que o sucederam: “... Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo. Todos são parte do continente, partes de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Europa ficará diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio, a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não pergunte por quem os sinos dobram; eles dobram por vós”.
MAS, A CULTURA do Capitão Cloroquina é de quartel, é de guarida, é de caserna. Ele interpreta a realidade pelo olhar militante, armado, desconfiado, paranoico, de torturadores que ele não cansa de mencionar. Aqueles dos anos covardes e de chumbo da ditadura militar. O Capitão cloroquina não respeita a vida nem a humanidade que dela faz parte em seus corpos que devem ser protegidos e preservados, nunca mortos e torturados.
O CAPITÃO Cloroquina não se pergunta por quem os sinos dobram. Nem tampouco sente-se diminuído quando um de seus muitos adversários assassinados por fanáticos de suas milícias evangélicas e eleitorais, é suprimido do convívio de seus semelhantes. O Capitão Cloroquina não possui a ânsia Iluminista por cultura poética, literária, dramatúrgica. A iluminação do intelecto, do espírito não lhe diz respeito.
O CAPITÃO Cloroquina se mostra, quase sempre, um fanático em busca do aplauso fácil de seus bundões que berram em seus sermões, louvores ao mito de circo que ele representa na comunidade nacional e internacional: o corpo político, econômico e social da humanidade que possui formação em ciências e artes. Formação que as isenta do ferrão do escorpião que inocula o veneno do ódio (“Gabinete do Ódio”) e quer matar a idoneidade das urnas que o elegeu e a seus zeros à esquerda: 01, 02, 03, 04.
O CAPITÃO Cloroquina é um fanfarrão de palanque que faz propaganda de uma virilidade supostamente existente, mas que ele só pode provar entre quatro paredes e debaixo dos lençóis nos quais ele se denuncia e vulgariza ser, quem sabe, talvez, quiçá, um brocha, que de tão brocha, se quer vender como “imbroxável”. Boca para fora ele repetia, uma repetição cafona do “mito de Narciso, para seus maníacos aficionados, em recente manifestação pública no evento “Sequestro do Bicentenário da Independência”:
— “Eu sou Imbroxável".
— Eu sou Imbrochável".
— Eu sou Imbrochável".
SE DÊ AO RESPEITO presidente. Nenhum brasileiro eleitor, decente, moralmente apto, qualificado a votar num aspirante à reeleição ao cargo de presidente da República, poderia querer votar num candidato que cai tão demasiadamente abaixo da “minima moralia” necessária para despertar a confiança e o respeito próprio, em vossa excelência inexistentes. Um patriota que se dá ao respeito, respeita a ouvidoria de seus eleitores!!! Você, presidente, é um Narciso perdidamente apaixonado pela própria imagem criada por suas constantes demências. Uma espécie de escorpião que quer, inconscientemente, suicidar-se e à própria candidatura.