CAPÍTULO 48: O conflito da Virada. ( O SEREDO DO PORTA-MALAS) ÚLTIMOS CAPÍTULOS
Isabel preocupada com o que está em jogo devido a suas brincadeiras toma uma decisão drástica, talvez a sua melhor saída.
D.R vai à delegacia a procura de Gabi para lhe fazer um pedido. Gabi o recebe em sua sala surpresa.
__ Você aqui? Confesso que não esperava a sua visita. Como posso ajudar? – questiona ela impressionada.
__ Desculpe interrompê-la. Será que posso contar com sua descrição para uma missão muito simples? – sonda ele a olhando com um pouco de receio.
__ Claro. Sente-se, por favor! Aceita uma água ou café? Desculpa se estou sendo muito direta, mas você lembra muito um amigo meu, Gabriel. – revela Gabi sua sensação a D.R.
__ Não obrigado. Gabriel? Desculpe, mas não conheço ninguém com esse nome. Posso seguir com meu pedido? – questiona D.R um pouco desconfortável com a pergunta e logo mudando de assunto.
__ Claro, mas do que se trata? – rebate Gabi a pergunta.
__ Preciso que entregue esse recado à Sara Albuquerque. Tenho certeza que isso esclarecerá muito sobre o passado. Eu sei que é um pedido estranho, mas eu moro aqui há pouco tempo e não consegui contato com a família e não tenho endereço para correios, então pensei na polícia. Por que não?
__ Sim eu compreendo perfeitamente, mas pode me dizer pelo menos o seu nome para que identifique? – pede Gabi intrigada com o pedido.
__ D.R é como prefiro que me chamem. Nossa muito obrigado pela compreensão. Posso chamá-la de Gabi? Com todo respeito, é claro! – tenta D.R se aproximar.
__ Não devia, mas por me passar confiança vou permitir que me chame assim. Não a quebre hein? Estarei atenta a você, sinto que tem algo por trás disso. Não tem? – impõe Gabi sua desconfiança deixando D.R mais uma vez desconfortável.
__ Obrigado Gabi. Eu sabia que podia contar com seu apoio e estarei sempre aqui se precisar de mim. Intuição não é para qualquer um e o que os olhos não veem a intuição feminina avisa. – Elogia D.R a esperteza da delegada.
D.R deixa a delegacia e ao mesmo tempo Gabriela se lembra da visita dele no hospital e que teve a mesma sensação e sozinha em sua sala ela chega a uma conclusão sobre.
__ É isso! Assim como um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, uma sensação também não é a mesma várias vezes. E agora ainda tem esse bilhete que deseja que entregue a Sara? Só preciso entender qual a conexão disso tudo, porque com certeza existe alguma ligação.
Red volta à casa de Sara para lhe fazer uma nova visita e ela o recebe, mesmo sabendo que sua mãe ou seu pai não gostariam de vê-lo por ali.
__ Desculpa vir assim sem avisar, mas eu precisava falar com você e te ver. – se explica Red ao ser recebido por Sara.
__ Por favor, antes de qualquer coisa gostaria de me desculpar pela última vez que esteve aqui. Eu imagino que deve ter se chateado com aquela situação. Minha mãe não tinha motivos para expulsar você, saiba disso. – relata Sara ter ficado incomodada com o tratamento de seus pais.
__ Sara já passou, esqueça isso. Estou aqui por outro motivo gostaria de saber o que seus amigos acharam da ideia da festa. Vocês irão? Eu também recebi o convite. – finge Red compreender Sara.
__ Sim, afinal estamos precisando aliviar um pouco os problemas, mas não sei se devo ir depois do que soube a respeito deles. Me desculpe o desabafo, você está aí todo animado e eu aqui enchendo você com meus problemas. – comenta Sara sobre a relação estremecida com os amigos.
Red fica feliz com o desabafo e interessa ainda mais pelo assunto para poder contar a verdade a ela.
__ Não tem o que desculpar, mas o que houve? Parece ser sério então pela sua cara.
__ Soube que meus amigos conhecem a mesma pessoa que está me ameaçando. Ou seja, ninguém menos que meu pior pesadelo LV. Estou me sentindo traída e não há traição pior que a procedente de um amigo. Mas ao mesmo tempo está tudo confuso, pois não sei se acredito na informação. – desabafa Sara mais uma vez.
__ Concordo plenamente, isso porque eu fui um idiota a ponto de pensar que alguém um dia realmente fosse me ajudar. Eu penso que metade de um amigo é a metade de um traidor. – desabafa Red um ressentimento antigo.
Sara se comove com as palavras de Red e o surpreende com um abraço. Sem graça pelo ocorrido ele faz um pedido inesperado.
__ Desculpa Sara, mas posso te pedir que não me abrace novamente? Não é algo com você entenda, é comigo.
__ Me desculpe, mas foi algo recíproco não sei explicar. Se isso te deixa incomodado tudo bem então. – explica Sara sua reação sem entender o pedido do amigo.
Na delegacia Gabriela ainda sem entender o pedido feito por D.R cogita abrir a carta que lhe foi entregue.
__ Eu sei que não devia fazer isso, mas a angústia e a curiosidade estão sendo mais fortes. A carta pode ser uma chave para chegar a uma resposta sobre esse D.R e quem sabe, o tal LV. Nada, nem ninguém me tira da cabeça que possa existir alguma ligação com meu atentado.
E é nesse momento que ela abre aquela carta com a história da maçã enviada por LV para Sara, mas que acabou sendo descoberta por Gabriel que flagrou o vilão tentando revelar a verdade à garota.
__ Meu Deus! É muito mais grave do que eu pensava. Pelo que pude apurar se trata de uma história de Bullying e deu a entender que LV foi a vítima nas mãos dos meninos, mas parece que Sara não sabe? Interessante, muito interessante! O que mais me intriga agora é o porquê D.R está com essa carta? Seria por está escondendo algo da Sara somente ou por ser alguém conhecido por ela? O que mais se encaixa para mim é a segunda opção. Agora a explicação para LV com o D.R é que não há ou não está ligado com o meu atentado. E a relação com Sara é somente uma mentiu e já recebia mensagens antes, o que explica o quão assustados os garotos estavam naquele dia.
Sara vai até a casa de Isabel para saber mais informações sobre a festa que foi convidada por Red e encontra o portão semiaberto, o que lhe chama atenção. Imediatamente ela se lembra de um pedido feito por Isabel.
__ Esse portão semiaberto está estranho. E o pior que ao vê-lo assim me lembrei de um pedido que Isabel me fez, caso algo lhe acontecesse eu teria que ir à polícia e contar sobre o galpão. Estava muito assustada e nesse dia ainda me contou que teve uma péssima sensação. – desabafa assustada diante do portão.
Ela entra pelo portão e encontra a porta principal aberta e então grita por Isabel, mas não tem respostas. A tensão toma conta de Sara que teme entrar, mas a curiosidade fala mais alto e mais uma vez chama por Isabel.
__ Isabel? Está aí? Estou entrando sou eu Sara, sua vizinha. Preciso saber sobre um evento. – avança ela empurrando a porta vagarosamente.
Sara então entra na casa de Isabel olhando cada cômodo. Na sala de visitas está tudo arrumado, na sala de jantar encontra apenas um prato na mesa com um copo, no banheiro tudo limpo, na cozinha nada fora de ordem e ao chegar no quarto e mexer na maçaneta da porta percebe que está trancada. Ela bate três vezes na porta e ninguém responde.
__ Não pode ser! Será que aconteceu o pior com ela? É isso vou fazer o que tinha me pedido. Vamos Sara, coragem você consegue. – diz ela voltando à sala para pegar o telefone.
Ela liga na delegacia, mas antes consegue um lenço qualquer e com o lenço na entrada de voz do telefone ela o move para criar um efeito elástico. Gabriela atende à ligação e Sara faz a denúncia anônima.
__ Eu preciso que me escutem com atenção. É um pedido de ajuda. Soube que uma moradora estava sendo ameaçada de morte e pediu a vizinhança que caso não tivessem notícias avisassem as autoridades. Por favor! O endereço é o mesmo da Casa da família Albuquerque, ao lado. A casa encontra-se aberta e um dos quartos aparentemente trancado. Essa é uma denúncia anônima, obrigado. – Desliga ela imediatamente o telefone deixando a casa imediatamente e Gabi impactada com o teor da denúncia.
Gabriela envia viaturas para o endereço passado. Os policiais cercam o local e interditam a casa de Isabel, o que chama atenção da vizinhança. Sara comunica aos amigos por mensagem sobre a casa de Isabel está interditada.
A delegada e os policiais entram na casa, mas encontram o quarto trancado. Ela então ordena que arrombem a porta, que cai no chão deixando ambos assustados, onde é visto no teto a corda pendurada e em sua ponta a forca.
__ Alguém seguiu o medo e usou o crime como um terrível cala a boca ou estou enganada? E pior ainda conseguiu se livrar do corpo. Por que essa jovem foi morta e quem a matou? Dizem que o que faz mover o mundo não são as respostas e sim as perguntas. Seria possível se fosse o contrário?