MANDY VII - VIDA QUE SEGUE - PARTE ÚNICA

VIDA QUE SEGUE – 31/07/2000

PARTE ÚNICA

Marco Antônio Rotemberg Ramalho Júnior nasceu no dia 07 de julho de 2000, de parto normal pelas mãos do mesmo médico que havia feito nascer Luís Felipe e Letícia, seus irmãos.

O menino tinha os olhos claros, que denunciavam que eles seriam verdes como os do pai, mas a penugem que cobria sua cabeça também denunciava que ele seria moreno claro como ele e não clarinho como os irmãos.

Quando já podiam visitá-lo no berçário, Marco e Amanda foram juntos e ele disse, orgulhoso, mas fingindo uma decepção que não existia:

- Outro Marco Antônio Ramalho eu não aguento...

Ela sorriu e enganchou-se em seu braço, apoiando a cabeça no ombro do marido.

- Esse eu fiz sob encomenda. Acho que foi o susto que você me deu no ano passado quando disse que estava...

Marco colocou a mão sobre seus lábios e a beijou intensamente.

- Ssssh... Não continua... 99 já passou e o mundo não acabou! Estamos no meio do ano e eu estou aqui...

Desta vez foi a vez dela beijá-lo com paixão.

- Graças a Deus!... Graças a Deus!... Graças a Deus!... Me promete uma coisa?

- O quê?

Ela olhou para o filho e pediu:

- Me promete que você não vai morrer nunca?

Marco sorriu e beijou o alto de sua cabeça.

- Você está parecendo a Mariana. Me pedindo coisas impossíveis. Vocês estão de complô? Ela também me pediu isso.

- O pedido dela foi pra agora. O meu pedido é pra sempre, pro futuro, um futuro beeeeeeem distante.

- Eu não sou eterno, Mandy. Até gostaria, mas...

- Pra mim é! Só estou te pedindo pra não morrer antes de mim.

- Você não acha que esse é um pedido bem egoísta, Amanda Ramalho? Você está sugerindo... que eu perca você antes?

Ela ficou em silêncio. Marco virou de frente para ela e tornou a perguntar:

- É isso?

- Eu não viveria sem você, Marco... Nem eu nem nossos filhos.

Os olhos dela se encheram de água. Marco a abraçou, apertado, e olhou para o filho que acordou e começou a chorar.

- Olha lá! Essa conversa está aborrecendo o MAR Júnior?

Ela voltou-se para o bebê que tinha chamado a atenção de uma enfermeira que logo se aproximou dele para acudi-lo. A enfermeira pegou o garoto no colo e, como viu os dois atrás no vidro, casal que conhecia bem pelo seu trabalho na comunidade, aproximou-se deles sorrindo para lhes mostrar o filho.

Amanda colocou a mão aberta no vidro e o atravessaria se pudesse para pegar o menino nos braços.

- Meu bebê... Meu amor...

- Veio calar a boca da mamãe, filhão? – Marco perguntou, sorrindo, batendo com o indicador no vidro. – É falta de educação, mas eu te deixo fazer isso. O papo estava ficando meio fúnebre mesmo.

Amanda riu e enxugou o rosto. Olhar para o filho estava sendo muito mais prazeroso e ela esqueceu tudo que estava dizendo.

Os dois ficaram namorando o garoto, completamente apaixonados.

No dia seguinte, Marco Antônio Rotemberg Ramalho Júnior foi para casa nos braços da mãe e no carro do pai, e se uniu a toda família. Seus irmãos, os avós, Rita, e logo nos dias seguintes, Teo, Cleo e Arthur também foram ver o mais novo integrante da família Ramalho.

E a vida seguiu, o mundo não acabou, a esperança em dias melhores se fortaleceu para esse casal que sempre mostrou muita fé na vida, no respeito às pessoas, na garra para chegar aos seus objetivos sem pisar nem tripudiar em cima de ninguém, simplesmente pelo fato de ter muito amor em seu coração.

E é simples assim viver. É fácil e não dói.

SE A GENTE TEM O CORAÇÃO NO LUGAR CERTO!

VIDA QUE SEGUE!

FINAL

AMANDA, ESCRITO NAS ESTRELAS VII

SAÚDE E PAZ!

A Marcos Roberto Gambarini (1967/2009),

que descanse em paz onde estiver.

Todo o meu respeito, agradecimento, admiração e carinho.

Obrigada pela inspiração...

Velucy
Enviado por Velucy em 24/04/2021
Código do texto: T7239876
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.