MANDY VII - REVELAÇÃO - PARTE 2

II – REVELAÇÃO

Marco concordou e pegou a filha no colo.

- Eu volto já.

Ele foi levar a filha ao quarto da irmã e Amanda foi pegar o antitérmico com Laila, na cozinha.

Laila abriu o armário e pegou o remédio que colocou nas mãos de Amanda, mas não aguentou mais e perguntou:

- O que está acontecendo, filha? O que é isso que meu Marco tem?

Amanda olhou para ela e segurou sua mão.

- É o que o Marco explicou, dona Laila... mas... procure não pensar muito nisso, não. Pelo menos é o que o Marco quer. E eu quero fazer o que ele deseja, como ele desejar.

- Como você pode ficar assim tão calma, sabendo que seu marido está doente de uma coisa tão grave e você está esperando um filho dele?

- Eu não estou calma... Eu não esperava que isso fosse acontecer, dona Laila. A gente já queria ter outro filho há algum tempo e ele veio. Agora vamos esperar pra ver como as coisas vão se desenrolar. Eu ainda tenho esperança de que isso é só um pretexto pro Marco sossegar um pouco e descansar. Não foi assim com o meu sogro? E ele não está bem agora? O mesmo vai acontecer com o meu Marco. Faz tempo que nós não tiramos férias.

Laila deu um sorriso resignado e concordou com ela.

No quarto, Marco colocou a filha na cama e passou a mão por sua testa que ele sentiu realmente muito quente.

- Que foi que aconteceu, princesa? Você estava bem até agora há pouco. Brincando com a sua bicicleta e tudo.

- Eu quero ir pra casa, papai.

Marco tirou uma mecha de cabelo que caía nos olhos da filha.

- Você está cansada?

Ela assentiu e fechou os olhos como se estivesse sonolenta.

- Mas a vovó gostou tanto da festa que a gente fez pra ela e está gostando tanto de vocês estarem aqui na casa dela e você quer ir embora?

- Minha cabeça está doendo... Está todo mundo triste. Eu vi a vovó e o vovô Antônio chorando, o vô José parece estar zangado com você. O que está acontecendo, pai?

- Não está acontecendo nada, meu amor. Acho que está todo mundo cansado como você. Sabe que é uma boa ideia ir pra casa mesmo?

Ele segurou a mão da filha e respirou fundo.

- Lê, você gostaria de conhecer... o lugar onde a mamãe nasceu?

A menina franziu a testa e perguntou:

- A mamãe não nasceu aqui, como você?

Marco sorriu e balançou a cabeça.

- Não, nem o vovô José. Eles nasceram em Minas Gerais.

Letícia ergueu as sobrancelhas.

- Nossa! E isso é longe?

- É, um pouco e eu já não te disse que você tem o nome da avó dela que também era de lá?

- Já, eu tenho o nome da bisa Letícia que morreu em mil, novecentos e oitenta e...

- Sete, ele completou sorrindo.

- Isso... A minha professora disse que isso foi quase no século passado.

- Ainda não é, mas está quase. Falta alguns dias ainda, mas a gente vai pra lá e vai rever a cidade e a casa onde sua mãe morava antes de me conhecer, antes de vir pra São Paulo. Que tal?

- Legal! Mas e a escola e a agência?

- A gente vai no feriado de carnaval. E depois eu vou estar de férias e vou ficar com você todo tempo.

Letícia ficou séria novamente.

- Você vai ficar de férias por que você está doente? Vai se tratar com o tio Guilherme?

Ele olhou para a mão da filha entre as suas.

- Eu não estou doente, filha. Não fica preocupada com isso.

- Mas a Mariana...

- A Mariana não sabe de nada. Ela só ficou assustada com um sonho que teve esses dias comigo e ficou pensando besteira. Não pensa mais nisso não.

Laila entrou no quarto com Amanda que trazia um copo com água e o antitérmico. Sentou-se na cama ao lado da filha e colocou vinte gotas num copo com água.

- Toma isso, amor. Vai ajudar a baixar a febre. Se não baixar, a gente leva você do médico ainda hoje.

- Eu acho que sei o que ela tem, Marco disse, sorrindo, ainda segurando a mão da filha. - Ela quer dormir no meio de nós dois na cama hoje, como eu fazia com a vovó e o vovô. Por isso está dando uma de doente. É frescura, ele fez cócegas na barriga da menina que riu muito.

- Para, pai!

- Então toma todo o remédio e procura dormir.

- Eu não quero dormir aqui... Letícia pediu.

- Você não vai dormir aqui. Quando você acordar vai estar na sua cama, quentinha, como sempre.

- Você promete?

- Eu já menti pra você?

Letícia balançou a cabeça negando.

- Eu posso dormir na sua barriga como você fez quando eu era bebê?

Marco riu e respondeu:

- Naquela época você tinha cinquenta centímetros e pouco mais de três quilos, Lê. Acho que agora o máximo que eu posso fazer é deitar você no meu colo.

- Pode ser... a menina disse, sorrindo.

Marco beijou a testa da filha, tocou a mão de Amanda e levantou-se, aproximando-se da mãe.

- A gente já vai indo, tá?

- Filho, tem tanta coisa que eu quero conversar com você ainda, meu bem...

- Não tem nada mais pra conversar, mãe. Eu estou bem, a Amanda está bem, as crianças estão bem e isso é o que importa. Não faz essa estória ficar mais longa do que ela é.

Ele se abraçou a ela e Laila o apertou nos braços, com a sensação de que não queria largá-lo mais.

- Eu te amo tanto, meu filho. Cuide-se e não deixe a gente sem notícias suas, por favor.

Marco beijou a testa da mãe e sorriu, acenou com a cabeça que sim.

- Também te amo muito... sempre.

REVELAÇÃO

PARTE II

Esperança e Fé nesse DIA que se inicia!

Vamos fazer o que é certo e bom pra nós e para o próximo.

BOM DIA!

OBRIGADA SEMPRE!

Velucy
Enviado por Velucy em 21/04/2021
Código do texto: T7237284
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.