MANDY VII - APOSTA - PARTE 1
I – APOSTA
Antônio foi para o banheiro e Marco foi até o quarto da mãe. Mariana estava sentada na cama dela, assistindo televisão, enquanto Laila tomava banho no banheiro da suíte.
- Oi, está aqui sozinha por quê?
- Esperando a mamãe tomar banho.
Ele se sentou na cama de frente para ela.
- Mariana, a Letícia falou lá na sala que você disse que o nome do bebê que vai chegar é o mesmo que o meu. De onde você tirou essa história?
- O nome dele é esse, ela disse muito convicta.
- Quem te disse?
- Quem te disse que vai ser um menino?
- Eu sonhei, na noite em que a Amanda me disse que estava grávida.
- Eu também. Eu sonhei que estava aqui, em casa, dormindo no meu quarto e ele entrou lá, pegou meu caderno de desenho e escreveu seu nome, mas colocou Júnior no final.
Marco pegou a mão da irmã e a puxou para perto de si, abraçando-a, emocionado.
- Você já falou isso pra Amanda?
- Já, ela gostou da ideia.
Marco beijou sua testa e a fez olhar em seus olhos.
- Obrigado... Você é muito especial, maninha. Muito especial mesmo. Obrigado por ser minha irmã.
- Obrigada por ser meu irmão também.
A campainha tocou e ele falou:
- Deve ser o tio Teo.
- É... ela disse, sorrindo.
Marco apertou seu nariz, sorrindo também, e foi para sala atender a porta. Teo estava ali com Cleo parada junto dele.
- Demorou, mas chegou! - disse Marco apertando sua mão.
- Oi, Imperador. Tudo bem?
- Entrem. Oi, Cleo, ele falou, beijando a moça.
- Oi, Marco.
- Cadê o Arthur?
- Adivinha, lá fora brincando com os gêmeos.
- Eu quero falar com ele, disse Marco, saindo da casa e indo procurar o menino.
Arthur, filho de Teo e Cleo, um menininho sardento de cinco anos, estava sentado na garupa da bicicleta de Lupe. Marco o chamou:
- Você não vem falar comigo, não, majestade? Só porque é rei e filho de troglodita não fala mais com os pobres?
O menino olhou para ele, desceu da bicicleta e correu, atirando-se em seus braços. Marco o levantou no ar e beijou seu rosto.
- Você sarou do resfriado, foi?
- Sarei... Oi, tio Marco.
- Vai se entupir de sorvete de novo?
- Não! - ele disse, olhando para o pai parado na porta.
- Acho bom, moleque! Estava com saudade de você!
- O que é trogo...dita?
O menino queria dizer “troglodita”, mas não conseguiu.
- Troglodita? Ah, troglodita é um homem grande e feio. Seu pai!
- Meu pai não é feio... – disse o menino.
Marco e Teo riram. Teo mostrou a língua para Marco e beijou a mão do filho.
- Não, é só grande. Concordo com você. Vai brincar, puxa saquinho.
Marco soltou Arthur novamente no chão e ele correu para perto de Lupe, subindo na bicicleta outra vez.
- Cuidado pra não deixar ele cair, Lupe.
- Tá bom.
Marco olhou para Teo e disse:
- Ele está lindo. Ainda bem que puxou à mãe.
Teo fez um ar de despeito para ele e Marco passou pelo amigo rapidamente indo para dentro da casa dando o último golpe.
- Só as sardas são suas. Isso prova que você não foi enganado. Vamos entrando, gente?
Teo fechou os punhos, ameaçou bater nele.
- Não provoca... Você continua sendo menor do que eu, cara...
Marco ainda ria quando eles entraram na sala, mas Cleo perguntou:
- E a Amanda e sua mãe? Eu quero ver as duas.
- A Amanda está na cozinha arrumando o almoço, minha mãe estava no banho... Vai lá. Você sabe o caminho, conhece a casa. Fique à vontade.
Cleo entrou e Marco disse:
- Você tem feito um bom trabalho... Cada vez que a vejo, a Cleo está mais bonita.
- Ih! Quer parar com gracinha? Vai paquerar minha mulher agora?
Marco riu.
- Não estou paquerando sua mulher, seu maluco. Já passei da idade. Estou só confirmando o que já achava há dez anos. Ela é linda mesmo e fico feliz que seja a “sua” linda, porque eu já tenho a “minha”, babaca.
Teo riu, mas logo ficou sério.
APOSTA
PARTE I
É fundamental sabermos exatamente o que queremos realizar
em nossa vida.
Vamos fazer o que é certo e bom pra nós e para o próximo.
OBRIGADA SEMPRE!