MANDY VII - NOVO IRMÃO - PARTE 2
II – NOVO IRMÃO
Enquanto os filhos jantavam, Amanda foi tomar um banho. Quando ela terminou, Dalva perguntou a ela:
- Você quer que eu durma aqui dentro hoje, filha?
- Quero sim, Dalva. Você faria isso? - ela perguntou.
- Claro. Eu coloco as crianças pra dormir e fico no quarto de hóspedes.
- Obrigada, ela disse, abraçando a governanta e aproveitou para chorar em seu ombro.
- Fique tranquila, meu amor. Vai ficar tudo bem com nosso menino. Ele é muito bom pra que Deus o deixe sofrer tanto. Vai ficar tudo bem.
- Eu tenho medo justamente disso, Dalva. Tenho medo de que Deus ache que ele não merece ficar mais tempo aqui com a gente, justamente por ele ser tão bom... Mas eu preciso dele aqui. Eu e meu filho. Eu estou grávida de novo, Dalva.
Emocionada, Dalva a abraçou mais forte e acariciou sua cabeça.
- Filha, que bom! Isso não é motivo de tristeza, é motivo de alegria. Uma criança é sempre motivo de alegria.
- Eu sei, mas como eu posso ficar feliz sem o Marco aqui comigo pra cuidar dele?
- Ele vai estar aqui, filhota. Tenha fé! Não pense assim. Tenha calma que vai dar tudo certo. Olha, vamos colocar as crianças pra dormir daqui a pouco e você também vai descansar. Amanhã é outro dia e seu marido vai estar forte de novo. Você vai ver. As crianças já sabem do bebê?
- Não, eu ia contar pra eles hoje.
- Você vai contar pra eles hoje. Eles vão adorar.
- Eu queria contar com o Marco comigo.
- Ele não vai se importar. Conte logo, quando você for colocar os dois na cama. Aliás, os três.
Amanda realmente seguiu o conselho de Dalva. Deitou-se no meio deles na cama em que eles dormiam e contou para os filhos sobre a nova gravidez.
Lupe olhou para a barriga da mãe ainda esguia e perguntou:
- Tem um bebê aí dentro?
- Tem, bem pequenininho ainda, por isso não dá pra você perceber nada.
- Que legal, mamãe, disse Letícia. - E é menino ou menina?
- Ou são gêmeos de novo, que nem a gente? – perguntou Lupe.
Amanda sorriu.
- Ainda não tenho certeza do que é, mas seu pai diz que é um menino.
- Como é que ele sabe? - Lupe perguntou, curioso.
- Claro que ele sabe, seu bobo, foi ele que colocou aí dentro, disse Letícia.
Amanda e Dalva sorriram.
- Como? – o menino perguntou, curioso.
Para tirar o foco da conversa, Dalva perguntou:
- Estão felizes?
- Eu estou, respondeu Letícia, tocando a barriga da mãe.
- Onde é que ele vai dormir? - perguntou Lupe, coçando a orelha.
- Tem muito tempo pra pensar nisso ainda, filho, e no início ele vai dormir comigo e com o papai, no nosso quarto. Depois a gente resolve.
- E como é que ele vai chamar? - Lupe perguntou novamente.
- Eu vou conversar sobre isso com seu pai ainda. Está muito cedo.
- Marco Antônio Ramalho... Júnior, disse Mariana, até ali só ouvindo a conversa, deitada no colo de Dalva.
Amanda olhou para ela e sorriu.
- É uma boa sugestão, Mariana, mas seu irmão não gosta muito dessa ideia de colocar o nome dele em um filho. Não quer que ela seja chamado de Júnior.
- Vai ter que ser. Nisso ele não vai poder se meter.
- Por que não?
- Por que não...
O assunto de esgotou com essa afirmativa de Mariana e Dalva resolveu interromper a conversa.
- Agora, que tal se a gente fosse dormir, hein? Amanhã temos todos que acordar cedo.
- Hoje, o papai não vem dizer boa noite, não é, mamãe? - Letícia perguntou.
- Hoje não, mas ele pediu pra eu dizer que ama vocês demais. Você também, Mariana.
Amanda começou a ajeitar todos em seus lugares na cama e avisou.
- A Dalva vai dormir aí no quarto de hóspedes. Se alguém precisar de alguma coisa, chame por ela, ok?
Os dois concordaram, já deitados. Amanda beijou os dois e Mariana e saiu com Dalva do quarto, que segurou sua mão e avisou:
- Você também, se precisar de alguma coisa, me chame, ouviu?
- Está certo. Boa noite, Dalva. Durma bem.
- Você também, filha.
NOVO IRMÃO
PARTE II
Ter uma estratégia para alcançar o que você deseja
É como ter um mapa para guiá-lo em caminhos desconhecidos.
Vamos fazer o que é certo e bom pra nós e para o próximo.
OBRIGADA