MANDY VII - VOVÔ/DIRETOR JOSÉ - PARTE ÚNICA
VOVÔ/DIRETOR JOSÉ
PARTE ÚNICA
Marco entrou no carro e já a caminho de Santo Amaro, Luís Felipe perguntou:
- Você conhece o pai do Gabriel, papai?
- Conheço, não é incrível?
- De onde? - perguntou Letícia.
- Bem... o papai conheceu ele no colégio que a Mari estuda. No Paralelo.
- Ele é seu amigo? - Lupe perguntou.
- Mais ou menos. Ele era mais amigo da mamãe. E como é que vocês fizeram amizade com o Gabriel?
- Foi ontem, disse Letícia. - Ele estava sozinho no recreio, sentado num banco do pátio e eu chamei ele pra brincar e ele veio. Ele falou que já me conhecia e o Lupe.
- Como assim?
- Pelos pôsteres da gente na AR&MAR, respondeu Lupe. - Ele disse que o pai dele disse...
- Nossa! Quanta gente disse, brincou Marco.
- ...que conhecia você e a mamãe, quando passou lá na frente.
- Não falei? E isso já tem muitos anos...
- A gente não tinha nem nascido, não é, pai? – perguntou Letícia.
- Não. Eu e a mamãe estávamos no colégio ainda.
- Você já era modelo? - Letícia perguntou.
- Não, nem a mãe de vocês. Quem inventou isso foi a tia/vó Rita, um tempinho depois. Por falar nisso, sua mãe deve estar preocupada com a gente já. Vou ligar pra ela lá do colégio da Mari.
O carro estacionou diante do colégio Paralelo e os três saíram dele. As crianças subiram as escadas correndo na frente, já íntimos do ambiente, pois o avô era diretor ali. Lupe pediu:
- A gente pode ir na sala do vovô, papai?
- Sem correr. Aqui não é lugar de bagunça, já disse isso?
- Já, responderam os dois.
- Ótimo, então vão, mas andando. Eu vou até a sala da Mariana. Fiquem com o vovô até eu ir buscar vocês e eu falei “fiquem com seu avô”, entendido?
Os dois foram andando até a porta da sala de José Rotemberg e entraram sem bater. José estava escrevendo alguma coisa no computador, quando os viu entrar. Um sorriso se abriu em seu rosto.
- Vô! - eles gritaram, correndo para abraçá-lo.
José se levantou e abriu os braços para receber os dois.
- Oi, que surpresa boa! O que vocês estão fazendo aqui? Estão com quem?
- Com o papai. Ele foi buscar a Mariana, respondeu Lupe.
- Ah, bom! - disse ele, beijando os dois. – E a mamãe. Está bem?
- Está. Ela mandou um beijo, falou Letícia.
- Ela acabou de ligar pra cá perguntando de vocês. Está preocupada.
Marco entrou na sala com Mariana. José ergueu-se e o cumprimentou.
- Boa tarde, Marco, tudo bem?
- Boa tarde, professor, disse ele, apertando a mão do sogro.
- A Amanda acabou de ligar, preocupada. Disse que você saiu de lá faz tempo e...
- É, eu sei, a gente se atrasou um pouquinho. É que o senhor não acredita quem eu encontrei lá no colégio deles. O Otávio.
- O Otávio? Nossa, que mundo pequeno!
- Foi o que ele disse e eu tive que concordar.
- Ele está bem?
- Está, à primeira vista, está. Eu vi o filho da Lídia também. Ele está matriculado lá, no terceiro ano. Eu posso ligar pra Amanda daqui? Tenho que avisar pra ela que a gente já está indo.
- Claro!
José olhou para Mariana e sorriu.
- Você está bem, Mariana?
A menina apenas balançou a cabeça, confirmando e sorriu, esperando ao lado dos gêmeos.
- Você vai na minha casa, domingo, tio José?
- Não sei, por quê?
- Meu pai e minha mãe vão voltar de viagem. Vão fazer um almoço. Vai com a tia Rita.
- Hum, pode ser. Eu vou conversar com ela. Obrigado pelo convite.
Marco terminou o telefonema e voltou para perto deles.
- Vamos indo logo. A gente já está bem atrasado. Tchau, professor. Eu ouvi a Mariana te convidar pro almoço na casa do meu pai. Vai sim, arrasta a Rita pra lá. Ela já vai ter voltado de viagem. A gente vai adorar.
- Eu vou falar com ela.
- Tchau, vô!
José beijou os netos e Mariana e eles saíram.
VOVÔ/DIRETOR JOSÉ
PARTE ÚNICA
DEUS TENHA O CONTROLE DAS NOSSAS VIDAS
e depois dEle... NÓS MESMOS.
Vamos fazer o que é certo e bom pra nós e para o próximo.