MANDY VI - O PRIMEIRO ANO DO RESTO DE NOSSAS VIDAS-PARTE 2
II – PRIMEIRO ANO DO RESTO DE NOSSAS VIDAS
(fevereiro de 92)
No meio do dia, todos almoçaram, junto à churrasqueira mesmo ou cada um com seu prato pela casa, sem nenhum protocolo, sempre com a presença dos gêmeos entre eles em seus moisés que tornava fácil transportá-los por toda a casa.
Depois do almoço, Amanda resolveu dar banho nos filhos, para posteriormente lhes dar de mamar e colocá-los para dormir e pediu ajuda a Dalva, mas as moças fizeram questão de ajudá-la. Com essa ajuda em mutirão, logo os dois estavam limpinhos, cheirosinhos e prontos para serem alimentados. Cleo colocou no afilhado um macacão cuja textura imitada o jeans e Helena vestiu Letícia com um macacão salmon de plush.
Amanda alimentou os dois sob os olhares melosos de Helena e Alba e o sorriso orgulhoso de Cleo e elas colocaram Lupe e Letícia para dormir.
Em seguida se juntaram aos rapazes na frente da casa para conversar.
Bem mais tarde, os amigos se despediram e Chu, Rubens, Eugênio, Helena e Alba foram embora. Iriam se encontrar de novo no sábado seguinte na colação.
Perto do carro de Teo, que tinha o braço em torno do ombro de Cleo, os dois amigos se despediram. Teo se aproximou de Lupe, já acordado de novo no colo de Amanda, e beijou o menino na barriga. Letícia dormia no moisés ali perto.
- Tchau, campeão! Eu ainda estou arrumando um jeito de te chamar de alguma coisa bem heróica, mas ainda não descobri. Você é filho de um Imperador... Do que eu poderia te chamar?...
- Que tal... Luís Felipe? – Marco brincou.
- Não... Luís Felipe é um nome muito normal... disse o rapaz, fazendo cócegas no menino que sorria segurando seu dedo, pois já o conhecia bem. – Como meu filho vai ser o rei Arthur, eu vou te chamar de... Lancelot!
Marco olhou para Cleo, pensando coisas, e ela disse, tranquilamente.
- Não, ainda não... Não pense besteira, Marco, ele está só sonhando.
- Claro que estou, mas sonhar pode, não pode? – disse Teo. – É, você vai ser o Lancelot e vou chamar a Lelê de... Morgana, porque a Guinevere vai ser a minha filha.
Marco balançou a cabeça e Amanda apenas sorriu.
- Se Deus quiser... ela disse baixinho.
Teo beijou o afilhado na bochecha, Cleo fez a mesma coisa e eles se despediram, com a promessa de se encontrarem também na formatura.
Marco e Amanda entraram em casa e depois de fechar todas as portas, foram até a cozinha onde Dalva terminava com a louça.
- Deixa aí, Dalva, amanhã a gente termina junto. Vai descansar. Você já fez muito por hoje. Vai pro seu quarto.
- Não quer ajuda pra dar banho nas crianças?
- Não, Marco respondeu. – Eu cuido dessa parte. Vai descansar.
- Tudo bem, então... Boa noite, crianças.
- Boa noite, Dalva.
O casal foi para o quarto e ela colocou o filho em cima da cama para começar a trocá-lo.
- Vamos tirar essa roupa bonita, amor? Você ficou tão lindo de vermelho, sabia? Mas ficou lindo também de jeans. Sua madrinha teve bom gosto.
Marco sorriu e foi olhar a filha que dormia tranquila em seu moisés.
- A gente não ia dar banho neles?
- Não, acho que não precisa. Eles tomaram banho agora à tarde. As meninas fizeram questão de me ajudar.
- Você quer que eu tire a roupa dela também?
- Eu não queria acordá-la, mas se você quiser...
- Vou tentar. Se eu acordar, logo se vê pelo berro, aí eu faço meu plantão no seu lugar, combinado?
- Você é quem sabe, mas acho que ela vai acordar com fome.
- Aí a gente dá um pedaço daquele churrasco delicioso que sobrou... Que você acha?
Amanda nem respondeu, apenas olhou para ele e balançou a cabeça. Trocou Lupe e Marco tirou Letícia do moisés e fez o mesmo com a filha em cima da cama. A menina realmente acordou e reclamou de fome pelo tempo todo que ele a trocou, enquanto pedia:
- Calma, princesa... A mamãe está ocupada. Infelizmente eu não tenho o que você precisa, anjo.
Amanda terminou com Lupe e colocou o menino no colo de Marco, pegando a filha para lhe dar de mamar. Marco saiu do quarto com Lupe e foi andar pela casa, enquanto ela terminava com Letícia. Depois foi a vez do menino pedir a mesma coisa e logo tudo estava terminado.
Quando os gêmeos estavam dormindo tranquilos em seus berços, eram quase dez horas da noite. Amanda foi tomar seu banho e depois Marco. Quando ele deitou na cama, pra finalmente descansar, olhou para ela que estava de olhos fechados e chamou baixinho:
- Mandy...
- Hum... ela fez, sem abrir os olhos.
- Quer fazer amor?
- Não... ela disse, demonstrando todo seu cansaço.
- ‘Tá bom... Boa noite, namorada.
Ela nem respondeu. Agarrou o travesseiro e deitou-se de bruços virando para o lado esquerdo da cama. Marco beijou seu ombro e virou para o outro lado. Ficou olhando para Lupe adormecido no berço.
O PRIMEIRO ANO DO RESTO DE NOSSAS VIDAS (92)
PARTE II
DEUS ABENÇOE A TODOS OS JOVENS DE ESPÍRITO
OBRIGADA E BOM DIA!