MANDY V - SUBORNO - PARTE 1
I – SUBORNO
Graças aos céus, Roni não apareceu na agência naquele dia, talvez por medo de enfrentar Marco, pois tinha certeza de que Amanda contaria a ele sobre sua visita. Marco ficou sabendo depois que ele tinha ido com a equipe de fotografia ao litoral e Rita tinha ido com eles. Então, o dia foi tranquilo na agência.
No final da tarde, quando já ia saindo, Laila ligou para ele dizendo que fosse para a casa dos Ramalho, pois Amanda estava lá, assim, jantariam com a família. Ele adorou a ideia e foi para a casa da João Dias.
Mas ao chegar, depois de cumprimentar os pais, achou estranho não ver Amanda com eles na sala e perguntou:
- Cadê a Mandy, mãe?
- Está no quarto. Eu não quis te falar antes pra não te assustar, filho, mas ela não passou muito bem hoje.
Ele nem esperou que a mãe terminasse. Correu para o quarto dos pais e encontrou Amanda deitada na cama, reclinada num travesseiro, conversando com Mariana, sentada a seu lado.
- Amanda...
- Oi, meu amor, ela disse, sorrindo.
Ele aproximou-se e Mariana engatinhou na cama e pulou em seu colo. Ele abraçou a irmã e lhe beijou o rosto.
- Como é que está a gatinha do Marco? Boa e bem?
- Boa e bem, respondeu a menina, como fazia sempre.
- Que bom, princesa, ele disse, sentando-se ao lado de Amanda e colocando a irmã no colo.
Pousou a mão sobre a barriga de Amanda e perguntou:
- O que foi que você teve? - ele perguntou.
- Eu estou bem já.
- Bem do quê? O que foi que houve?
- Eu fui pra faculdade e estava tudo bem, você viu. Quando vinha voltando, comecei a sentir uma dor estranha na barriga e fiquei com medo de ir pra casa e ficar lá sozinha. Vim pra cá. A dor aumentou e sua mãe resolveu me levar no doutor Arnaldo.
- Dor? Que dor foi essa? Dor por quê, Amanda?
- O médico disse que talvez tenha sido por causa de ontem. Eu contei mais ou menos o que aconteceu. Que eu fiquei nervosa, chorei muito e isso mexeu com o bebê e forçou alguma coisa aqui dentro. Ele só veio reagir hoje, mas já está tudo bem.
- Tem certeza? Ele disse que está tudo bem?
- Disse. Só não é pra eu jogar mais nenhum rolo de macarrão em você e nem você sair com mais nenhuma loira que não seja eu, palavras do doutor Arnaldo.
Marco riu.
- Espirituoso ele!
Laila entrou no quarto.
- Ela me deu um grande susto, filho...
- Imagino. Está tudo bem mesmo, não é, mãe?
- Está, só que não é pra abusar mais. A Amanda anda muito nervosa, com a pressão alta demais e ele pediu pra eu levá-la novamente lá daqui duas semanas.
- Ah, meu Deus, então não é coisa simples.
- É coisa simples e complicada ao mesmo tempo, mas primeiro filho é sempre primeiro filho. Dá uma mão de obra!
Laila se aproximou dos dois e se sentou do outro lado da cama, colocando a mão sobre a barriga de Amanda.
- Até que esse corpinho de menina se acostume a ter um hospedezinho dentro dele, muita coisa acontece.
- Você disse que eu quase não dei trabalho...
- Não, os nove meses se passaram como se fossem nove dias. Só senti enjôos nos primeiros meses, mas isso ajudou o Antônio a parar de fumar e de beber. Não posso reclamar.
Os três riram.
- Você está com muita fome, filho?
- Não muita.
- Então eu vou dar a janta da Mariana, colocá-la pra dormir e a gente janta sossegado, certo?
- Tudo bem.
- Vem com a mamãe, filha?
- Não! – ela disse, agarrando-se ao pescoço de Marco.
- Ah, meu Deus, a velha ladainha...
- Mari, vai com a mamãe, vai. O Marco te coloca na cama pra dormir e te dá um beijo depois, tá?
- Você vai comer meu bolo? - perguntou a menina.
- É mesmo! Tem o seu bolo do dia vinte e três, não é? Quantas velinhas?
A menina mostrou dois dedinhos da mão direita para ele. Marco segurou a mão dela e beijou os dois dedinhos.
- Isso mesmo, princesa. Dois aninhos. Dois, fala, dois.
- Dois, ela repetiu.
Ele beijou o rosto da irmã, várias vezes, e mordeu de leve sua bochecha. Apesar de ter sido leve a mordida, Mariana sentiu alguma dor e fez cara de choro. Ele arrependeu-se e a abraçou.
- Marco...! - ralhou Laila.
- Malvado! – disse Amanda, segurando a mãozinha da menina e acariciando suas costas.
- Desculpa! Desculpa! Desculpa, meu amor! Não faço mais, nunca mais, ele desculpou-se.
- Você vai morder o nosso filho assim também?
- Sei lá, se for tão fofo assim... Não é, maninha? – ele disse, massageando a bochecha da irmã. – Eu não resisto a tanta gostosura. Perdoa o Marco?
A menina balançou a cabeça, aceitando suas desculpas, mas uma lagrimazinha ainda lhe caiu dos olhos. Marco beijou seu rosto no lugar da mordida.
- Eu te amo. Você ainda me ama?
Ela balançou a cabeça novamente.
SUBORNO
PARTE I
MEDITAR É COMO REZAR, ORAR,
CONVERSAR COM O CRIADOR
FICANDO EM SILÊNCIO CONSIGO MESMO
UM FINAL DE SEMANA DE SILÊNCIO MEDITATIVO A TODOS!
OREMOS
PARA QUE A HUMANIDADE JAMAIS ESCAPE DA TERRA
PARA ESPALHAR A INIQUIDADE EM OUTROS LUGARES.
C. S. Lewis
BOM DIA!
DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!