MANDY IV - FORMATURA II - PARTE 2

II – FORMATURA II

Marco respirou fundo novamente. Maria Eugênia sentiu que era uma emoção forte demais para ele.

- E hoje ela veio até aqui com ele... só pra... me pedir perdão.

- Meu Deus! - disse ela, sinceramente tocada. – Mas por que hoje?

- Porque ela sabia que eu ia estar aqui e não podia fugir dela, como fiz a vida inteira.

- E você? Agiu como? Perdoou?

- O problema não foi necessariamente perdoar, Maria Eugênia. Ela é que devia me perdoar... Ela está bem pior do que eu. Ela perdeu totalmente a razão e a vontade de viver. E tem um filho dentro dela que está sentindo tudo isso. Está grávida de sete meses...

- E você acha que a culpa é sua.

Não foi uma pergunta. Marco olhou para ela, mas desviou o olhar e não disse nada.

- Não é, ela afirmou categórica.

- E de quem é?

- De qualquer pessoa. Do pai do filho dela, dos pais dela, dela mesma, mas não sua.

- Ela acabou com a vida dela, por minha causa.

- Não foi por sua causa, Marco, que saco! Você tem o dom de me fazer sentir vontade de te bater. A garota deve ter um sério problema de baixa autoestima, personalidade fraca, demência mesmo. Isso já nasceu com ela e deve ter sido detonado quando ela te viu pela primeira vez, seja lá quando foi, mas você não pode ser responsável pelas loucuras que ela fez, alegando que foi por sua culpa. Se toca, garoto!

- Pode não ser por minha causa, mas tem uma criança sofrendo de qualquer jeito. E eu gostaria de fazer alguma coisa pra evitar isso.

Eles dançaram em silêncio o resto da música e quando ela acabou, Marco pediu:

- Você se importa de a gente voltar pra mesa? Eu não estou sendo uma boa companhia hoje, pra ninguém.

Maria Eugênia concordou e eles voltaram para a mesa, mas Marco não sentou. Ficou olhando em volta para tentar ver Amanda no meio das pessoas.

- A Rita foi dançar com seu sogro justamente pra vigiar os dois. Ela está bem, disse Maria Eugênia. – Senta! Sossega!

Ele se sentou.

- Desculpa. Eu estou bancando o cara imaturo e inseguro de novo, não é?

- Marco, você tem dezenove anos. Você é maduro demais pra sua idade, mas ainda é um adolescente. Se permita viver a sua idade, por favor.

Ele mordeu o lábio inferior e fechou as mãos, visivelmente nervoso.

Depois de alguns segundos, eles viram Rita, José, Amanda e Roni voltando para a mesa. Maria Eugênia falou em voz baixa bem perto dele:

- Está vendo? Ela está inteira.

Marco levantou novamente e sondou a fisionomia de Amanda. Ela se aproximou dele e pegou sua mão.

- Oi, ela disse, os olhos percorrendo o rosto dele como a pedir desculpas.

- Oi. Está tudo bem?

Ela apenas balançou a cabeça e Marco beijou sua testa, passando a mão em volta de sua cintura.

- Obrigado pelo convite, Amanda, disse Roni. - Nunca me diverti tanto. Quando você colar grau na faculdade, me convida de novo.

Amanda apenas sorriu e apertou a mão de Marco sutilmente. Roni sequer olhou para Marco e virou-se para Maria Eugênia, convidando:

- Vamos dançar mais um pouco, gata? Já descansou o pé?

Ele praticamente a puxou pela mão e saiu com ela para a pista.

- Ele tem muita energia, esse rapaz, falou José, admirado.

- Com certeza, concordou Rita, sentando-se.

Amanda olhou para Marco novamente e sugeriu:

- Vamos dar uma volta lá fora? O jardim do clube está lindo todo iluminado.

Ele concordou.

- A gente já volta, ele disse a Rita e José, que assentiram.

Os dois se afastaram e saíram do clube. Fora haviam sido colocadas mesas extras para que os convidados se sentassem longe do barulho da música para conversar e muita gente já fazia isso. Havia vários casais e grupos de amigos conversando.

Os dois sentaram em uma das mesas e ele perguntou, segurando a mão dela:

- O Roni te encheu?

- Não mais do que o costumeiro. Ele até que está comportado hoje. Como foram as fotos com as meninas?

Ele sorriu sem vontade.

- Como você disse: não me tiraram pedaço, mas nunca mais faça isso. Me avise, antes de me jogar no meio das suas colegas, sem você.

Ela sorriu, passando a mão pelo rosto dele. Olhou por cima de seu ombro e viu Otávio sentado sozinho numa mesa com uma garrafa de refrigerante na mão.

- O Otávio está ali, ela disse baixinho.

Marco olhou para trás e viu também, mas não disse nada.

- Vamos falar com ele? - ela perguntou.

- Falar o quê?

- Você não está se divertindo no meu baile por causa dele e eu quero saber por quê.

- Eu falei que a gente vai falar sobre isso em casa, amor.

Amanda respirou fundo e levantou-se, sem soltar a mão dele. Os dois aproximaram-se da mesa em que o rapaz estava e Otávio chegou a se surpreender ao ver os dois se aproximando.

FORMATURA II

PARTE II

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

As pessoas têm várias cores:

Prosa, Poesia, Crônica, Discurso, Redação, Cartas,

Frases, Pensamentos, Críticas, Piadas...

E o Direto de ter a cor que quiser que todos no Recanto temos...

OBRIGADA SEMPRE

AOS AMIGOS DAS LETRAS DE TODAS AS CORES

QUE ME ACOMPANHAM

BOM DIA!

Velucy
Enviado por Velucy em 18/03/2021
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