MANDY IV - BAD BOYS? - PARTE 1

I – BAD BOYS?

No salão, meia hora depois, Marco e Amanda já haviam se encontrado com alguns professores dela e que tinham sido professores dele também e ele conseguiu se recompor de forma que a noite seguiu mais informal.

No meio de todos os alunos, Marco viu chegarem Caio e André, juntos, acompanhados de uma garota, um garoto de mais ou menos quinze anos e uma senhora que ele não conheceu, mas que deviam ser suas respectivas madrinhas ou a mãe de um deles. André os viu de longe, se afastou do grupo e se aproximou.

- Oi, Marco. Amanda...

- Oi, responderam os dois, com certo constrangimento, mas o momento não era para ficar mais tenso do que Marco já tinha ficado.

- Seu pai está aqui? Ele veio com você? - Marco perguntou.

- Não. Ele é meio avesso a festas, mas minha mãe veio. Ela já foi pra mesa com o meu irmão caçula e uma prima minha que é madrinha do Caio. Está tudo bem com vocês?

- Está.

- A Débora não veio, não é? - ele perguntou por perguntar, pois já sabia da resposta.

- Não, Amanda respondeu. – Ela está com bebezinho novo. Nasceu no mês passado.

- Ela teve outro filho? - André perguntou meio surpreso.

- Filha, dela com o Aldo.

O rapaz deu um suspiro e desviou os olhos, olhando para as outras pessoas.

- A vida continua, não é?

- É... a vida continua, repetiu Marco, quase que com raiva por todas as recordações passadas.

André olhou para eles novamente e perguntou, com um meio sorriso.

- E vocês? Não pensam em ter filhos?

- Ainda não. Está muito cedo, Marco respondeu sério.

André sentiu uma sutil insinuação nas palavras dele e olhou em volta.

- Já viram o Otávio por aí? - perguntou ele, mudando bruscamente de assunto.

Marco não respondeu e baixou os olhos para a mão de Amanda que estava entre as suas.

- Vimos, ela respondeu. – Ele foi levar... a Lídia em casa e já deve estar voltando.

- A Lídia esteve aqui? - André perguntou surpreso.

- Esteve, ela respondeu, olhando para Marco, mas não quis prolongar o assunto.

Caio aproximou-se deles com Vanessa, prima de André, pela mão e cumprimentou:

- Oi, Marco, Amanda. Tudo bem?

- Tudo, responderam os dois.

Ele deu uma risadinha meio sem graça e sugeriu:

- Vamos dançar, gente. O baile está incrível! A gente está perdendo tempo aqui conversando. Vem, André!

Ele se afastou, indo para o meio do salão colorido e animado, onde as pessoas já se divertiam dançando também. Marco sorriu levemente e o seguiu com os olhos.

- Ele não mudou muito. Eu não sei como vocês conseguiram transformar esse garoto num bad boy no ano passado. Ele só tem tamanho.

André sorriu também, um sorriso amargo.

- A estupidez é contagiosa... infelizmente, quando a mente é pequena. O Otávio me contagiou e eu fiz o mesmo com ele, mas se eu pudesse... voltar no tempo pelo menos dois anos, eu voltaria e... acredito que o Otávio também, tenho certeza. Só que ele pelo menos vai poder criar o filho.

- O Júlio está bem, André, tenha certeza, disse Amanda.

- Eu sei... só não posso dizer que isso é por minha causa.

- Ele é feliz, Marco falou. - É isso o que importa agora.

- Só espero que ele nunca fique sabendo de mim e se ficar... um dia... espero que me perdoe.

Os três ficaram e silêncio e André deu um longo suspiro.

- Eu vou chamar minha mãe pra dançar um pouco... ou ela vai me estrangular por eu chamá-la pra ser minha madrinha e ela ter que ficar sentada o tempo todo. A gente se esbarra por aí.

Ele se afastou e Marco ficou olhando novamente para as mãos de Amanda, pensativo. Com uma delas, Amanda levantou seu queixo e sorriu, dizendo:

- Eu também vou estrangular meu namorado se me deixar parada aqui no meu baile de formatura. Eu quero dançar!

Marco sorriu levemente e a abraçou, encostando o rosto no dela e começando a dançar com ela a música lenta que tocava.

- Desculpe, amor, ele disse e beijou seu rosto.

- Conta pra mim o que aconteceu lá fora, ela disse, com o rosto colado no dele, enquanto dançavam. - Eu acho que não deve ter sido nada tão grave que você tenha que me contar só em casa.

- Não, não foi.

- Então conta.

- Ela só veio me pedir desculpas.

- Ela está bem?

Marco fez um instante de silêncio e respirou fundo e respondeu:

- Acho que não...

Amanda afastou o rosto para olhar em seus olhos e perguntou preocupada:

- Como assim?

- Eu não queria falar sobre isso aqui. É o seu baile, Amanda.

- Nem tudo vai ser felicidade sempre, Marco. Podia estar sendo o baile dela também e não é. Eu não vou ficar feliz, se você não está.

- Eu estou feliz, não se preocupe. Só que ela me deixou... com a sensação estranha de que eu nunca mais... vou vê-la.

Amanda se encolheu nos braços dele e sentiu um arrepio.

BAD BOYS?

PARTE I

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

AS TRISTEZAS QUE UMA PESSOA ACUMULOU NA VIDA

DEFINE O QUE SERÃO SEUS MOMENTOS FELIZES...

AS ALEGRIAS QUE ELA DISTIBUIU TAMBÉM...

OBRIGADA SEMPRE

AOS AMIGOS DAS LETRAS QUE ME ACOMPANHAM

E ME ENTENDEM...

BOM DIA!

Velucy
Enviado por Velucy em 15/03/2021
Reeditado em 15/03/2021
Código do texto: T7207151
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