MANDY IV - RETORNO AO LAR - PARTE 1
I – RETORNO AO LAR
No dia seguinte, Marco e Amanda já estavam de pé logo cedo.
Tomaram café juntos e, ainda na mesa, Marco disse:
- Eu estava pensando em ligar pro Aldo pra saber da Débora.
- Eu não vejo a hora de ver a Juliana...
- Ela é fofa demais... O joelhinho mais fofo que eu já vi.
- Ai, amor, não fala assim!
- Não dizem que todo bebê recém-nascido tem cara de joelho? Eu adoro os seus. E a Juliana é um joelho lindo, uai!
Os dois riem. A campainha tocou, Amanda perguntou:
- Quem pode ser?
- Eu vou atender, ele disse, levantando e correndo até a sala.
Abriu a porta e surpreendeu-se ao ver Benê em pé atrás dela.
- Eu não acredito! Benê!? Meu tio preferido!?
Os dois se abraçaram efusivamente e Marco perguntou, muito contente:
- É você mesmo? Na minha casa?! Aliás... na casa do meu pai?
- Cara, eu tinha até medo de te ver de novo. Você cresceu!
- Que cresci, tio, que besteira é essa? Vamos entrar.
Os dois entraram na casa e Marco gritou:
- Amanda, vem ver quem está aqui! Senta aí, tio.
Ela veio da cozinha com Mariana no colo e sorriu ao ver Benê.
- Meu Deus, quem é vivo sempre aparece! Que bom te ver, Benê!
Benê se aproximou dela e a abraçou, beijando seu rosto.
- Eu também estava com saudade... e dessa minha sobrinha também. Posso pegar?
- Claro!
Benê pegou Mariana no colo e beijou a menina no rosto.
- Você é muito linda, viu, gatinha? Se parece com a minha irmã... falou ele carinhoso, indo sentar-se no sofá com ela. Amanda sentou-se ao seu lado.
- Meu pai diz que ela se parece comigo, Marco falou.
Benê olhou para menina e para ele e concordou.
- É, parece mesmo. Mas você tem os olhos da sua mãe. Ele resolveu colocar os dele na sua irmã...
- Benê...!
- Estou brincando, ela é linda assim mesmo.
Marco foi até a cozinha e pegou Júlio que tinha ficado sozinho lá e o colocou no chão da sala.
- Eu, hein! Vocês nem têm filhos e já estão com dois aqui! Quem é esse?
- É meu afilhado, Júlio César, filho de um vizinho meu e de uma colega da Amanda... É uma história meio longa. Mas me diz: o que você está fazendo aqui? Voltou pra São Paulo?
- Sua mãe ligou pra mim ontem. Ela me falou do que aconteceu com seu pai. O Antônio pediu pra eu vir.
Marco ficou sério e sentou-se também do lado dele.
- Meu pai fez o quê?
- Ele pediu pra ela me ligar e pedir pra eu vir vê-lo.
- Você está brincando comigo, Benê...
- Não... Acho que o susto foi grande o suficiente pra ele querer me ver e fazer as pazes comigo.
Os olhos de Marco se encheram de água e ele escondeu o rosto nas mãos, começando a chorar.
- Marco, não fica assim, não, garoto.
- Desculpa... Desculpa, Benê. É que a gente já passou por tanta coisa nesses dois dias, que eu... Você tem certeza disso?
- Foi o que sua mãe deu a entender. Na verdade, eu passei aqui só pra ver você e a Amanda, porque eu vou até o hospital buscar os dois. Vou trazer a minha irmã e ele pra casa.
- Essa é a melhor notícia que eu poderia ouvir hoje. É incrível como o ser humano precisa levar um chacoalhão pra tomar certas atitudes.
- Tá bom, mas eu não vim aqui pra ver ninguém chorando... Vamos fazer o seguinte: eu já vi vocês e vou fazer o que disse pra minha irmã. Eu vou lá buscar seu pai. Me diz só em poucas palavras, numa, se possível: como é que vocês dois estão?
Marco olhou para Amanda e ela para ele e sorriram os dois.
- Nas estrelas... os dois disseram juntos.
Isso surpreendeu até o casal. Benê olhou para os dois.
- E eu acredito! Deus abençoe os dois. Depois dessa, eu acho que sou um ótimo cupido!
Benê colocou Mariana no colo de Amanda novamente, beijando o rosto da sobrinha.
- Eu estou indo lá. A gente ainda conversa muito hoje.
- Você promete? - Marco perguntou.
- Claro! Até daqui a pouco.
Benê levantou-se, bateu no ombro do sobrinho e saiu da sala. Marco e Amanda se olharam e ela perguntou:
- Que é que ele quis dizer com isso de... cupido?
Marco riu e passou a mão pelo rosto.
- Foi ele que me apresentou pra você em março de 88.
Ela franziu a testa.
- Eu não me lembro disso...
- Claro que não. Você nem sabia que eu existia, mas foi na lanchonete dele que eu te vi pela primeira vez e me apaixonei...
Ele a beijou. Júlio estava sentado no chão e começou a resmungar, estendo a mão para ele. Marco olhou para o menino e sorriu, continuando a beijar Amanda e o Júlio engatinhou rapidamente até os dois e se levantou, apoiado nas pernas do padrinho.
- Não! - resmungou ele.
Marco colocou a mão nas costas do menino, sem parar de beijar Amanda, tentando não rir, mas não conseguiu.
- Caramba! O André devia estar pensando na raiva que sentia de mim, quando concebeu você, garoto.
Amanda riu também.
RETORNO AO LAR
PARTE I
DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!
SEJAMOS, TODOS, LUZES NO MUNDO E SAL DA TERRA!
OBRIGADA SEMPRE...
A TODOS OS ANJOS QUE ME ACOMPANHAM!
BOM DIA!