MANDY IV - DEPOIS DO SUSTO - PARTE 3
III – DEPOIS DO SUSTO
Chegando ao primeiro andar, os rapazes procuraram o quarto 119 e viram a porta aberta. Marco entrou e viu de longe o pai deitado na cama, conversando com Laila. Ela passava a mão carinhosamente por seu rosto.
Marco parou e colocou a mão sobre a boca, começando a chorar novamente, mas fazendo grande esforço para não fazer isso ali dentro. Voltou para fora do quarto e encostou-se na parede.
- Que foi, cara? - Teo perguntou.
- Meu pai está bem! Ele está bem, Teo... Graças a Deus!
- Claro que está, Teo disse, rindo e colocando a mão em seu ombro. – Quer um copo de água?
Marco balançou a cabeça negando e enxugou o rosto. Respirou fundo, ajeitou os cabelos e entrou no quarto novamente, mais calmo. Aproximou-se dos pais e chegou junto da cabeceira da cama. Antônio sorriu ao vê-lo. Marco pegou sua mão.
- Oi, pai.
- Oi, filho. Desculpa o susto. Oi, Teo.
- Tudo bem, seo Antônio?
- O que foi que aconteceu, mãe? - Marco perguntou.
- Foi só um início de enfarte, mas o resgate veio logo e deu tempo de medicá-lo. O doutor França estava aqui até agora a pouco. Já está tudo bem, graças a Deus.
- Vai tirar férias, agora? - Marco perguntou.
- Na marra, o médico mandou. Disse pra eu ficar de molho por uns quinze dias, Antônio disse, sorrindo.
- Aleluia! Ele só obedece com um chicote nas costas, como não tinha ninguém pra bater...
Todos riram.
- Tenho uma notícia boa: a Débora já saiu da UTI, disse Marco.
- Que bom, filho, disse Laila. – E a sua irmã?
- Está com a Amanda e a Cleo lá em casa. Está tudo bem, ele disse, acariciando a mão do pai na sua.
Depois de dar banho, trocar e alimentar as crianças, com a ajuda de Cleo, Amanda ligou para o pai para avisar do que tinha acontecido com Antônio, e José e Rita foram para lá, prestar solidariedade. Quando Marco chegou em casa, eles estavam lá e ele contou a história toda aos dois, mais tranquilamente.
- Ele vai ficar no hospital, hoje? - José perguntou.
- Vai, Marco respondeu. - Só passar a noite, em observação. A gente vai ter que fazer outro plantão aqui, amor. Minha mãe pediu pra gente ajudar mais um pouquinho, tudo bem?
- Tudo bem, ela disse, sorrindo e segurando sua mão.
- Eu disse que ficaria com ele, mas ela não quis.
- Ainda bem que foi só o susto, falou José. – Mas há males que vêm pra bem. Agora ele vai poder descansar um pouco.
Marco olhou para Teo e os dois sorriram um para o outro.
- Bom, a gente já vai indo, disse Teo. – Eu vou levar a Cleo em casa, mas à noite e passo por aqui.
- Obrigado pela ajuda, Cleo, Amanda disse, segurando as mãos da moça.
- Foi um prazer, disse Cleo, beijando-a no rosto. - Sempre que precisar, conta com a gente. Tchau, Marco. Até segunda?
- Até segunda, ele disse, apertando a mão dela. – Obrigado.
Os dois saíram. Amanda sentou-se ao lado do pai e ele a abraçou, carinhoso, beijando sua testa.
- Cansada?
- Um pouquinho.
- As crianças dormiram, amor? - Marco perguntou.
- Os dois. Tomaram banho, comeram e capotaram. Estão no quarto da sua mãe.
- Então vai descansar também um pouco.
- Eu vou... Tchau, pai, ela disse, beijando o pai no rosto. - Tchau, Rita.
- Tchau, meu anjo.
Amanda foi para o quarto e Marco sentou-se numa poltrona e passou as mãos pelo rosto.
- Pelo que a Amanda contou, o dia foi complicado, não é? - José perguntou.
- Nem fale... Mas já está ficando tudo bem.
Ele olhou para Rita que olhava para ele em silêncio e estranhou isso nela.
- Que é que você tem, Rita? Não me diga que está triste por causa do meu pai. Vocês vivem que nem cão e gato.
Ela sorriu.
- Não desejo isso que ele passou nem pro meu primo mais chato, garoto.
- Estou brincando, ele disse. – Mas o que você tem?
- Nada. Vocês vão passar a noite aqui?
- Vamos. Nós dois e as crianças. Vocês podiam fazer um favor pra mim: passem no nosso apartamento e vejam se está tudo bem lá. Só pra garantir.
- Pode deixar, a gente passa. Vocês precisam de roupa, alguma coisa mais?
- Se você puder fazer o favor de trazer pra gente, Rita, eu vou adorar. Eu trouxe uma muda, mas...
- Eu trago.
Os dois saíram e Marco começou a fechar a casa. Foi para a cozinha, onde Amanda e Cleo já tinham deixado tudo ajeitado e resolveu fazer um chocolate. Viu Sherlock deitado em seu cantinho ao lado da geladeira e falou:
- Oi, Sher. Onde você estava? Passou fora o dia inteiro, safado?
Ele pegou o gato no colo e acariciou seu pelo, colocando-o de novo no mesmo lugar. Colocou ração para ele e para Max e entrou de novo na cozinha, trancando a porta. Pegou um copo de chocolate quente e foi para o quarto dos pais. Amanda estava deitada do lado direito da cama, ao lado de Júlio César e ele se acomodou nos pés da cama, tentando relaxar um pouco. Não conseguiu dormir, mas fechou os olhos e ficou pensando nas coisas que haviam acontecido naquele dia.
DEPOIS DO SUSTO
PARTE III
DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!
SEJAMOS, TODOS, LUZES NO MUNDO E SAL DA TERRA!
OBRIGADA SEMPRE...
A TODOS OS ANJOS QUE ME ACOMPANHAM!
BOM DIA!