MANDY IV - DEPOIS DO SUSTO - PARTE 2
II – DEPOIS DO SUSTO
Marco levantou a cabeça e olhou para Mariana, enxugando o rosto. Levantou-se e foi ficar perto do berço, segurando a mão da irmã.
- Tem fé, Marco. Teu pai vai sair dessa. Vamos fazer o seguinte: a Cleo veio comigo. Ela está aí com a Amanda. As duas ficam cuidando das crianças e eu te levo no hospital pra ver seu pai. Tudo bem? Você fica mais calmo?
Marco olhou para ele e balançou a cabeça, concordando.
- Marco, lembra quando meu pai morreu?
O rapaz balançou a cabeça de novo.
- Eu tinha dezesseis anos e você quatorze. Você não podia fazer nada por mim, mas não saiu do meu lado um minuto. Você passou a noite do velório toda do meu lado, a noite inteira, sem dizer nada, porque eu falei que não queria ouvir nada. Você dormiu na minha casa e, no dia seguinte, quando eu falei que ia deixar o colégio, no segundo ano, pra poder cuidar da minha mãe, você disse... que eu ia ter tempo mais tarde e que ia voltar quando desse. E depois você me encheu tanto o saco que eu acabei voltando mesmo. Eu nunca te agradeci por isso. Agora é a minha vez de te encher o saco. Eu não vou sair do teu pé, se você deixar, até teu pai voltar pra casa.
Marco sorriu entre as lágrimas e aproximou-se dele, abraçando-o demoradamente.
- Obrigado...
Cleo e Amanda apareceram na porta do quarto e Amanda falou:
- Marco, o Aldo ligou avisando que a Débora já saiu da UTI. Ela já está no quarto com a Juliana. A mãe dela está com ela e está tudo bem.
- Graças a Deus... o rapaz disse.
Cleo se aproximou dele e o abraçou.
- Fica tranquilo, Marco, vai ficar tudo bem com seu pai.
- Obrigado, Cleo.
- Meninas, vocês duas vão ficar aqui cuidando da Mariana e do JC, que eu vou levar o Marco no hospital pra ver o seo Antônio. É possível?
- Claro, disse Cleo, aproximando-se do berço de Mariana e pegando a menina no colo. – Oi, gatinha! Vem com a tia Cleo, lindinha.
- Ela deve estar com fome, disse Marco.
- Eu faço a mamadeira, disse Amanda. – Vou aproveitar e fazer logo pros dois. Me ajuda, Cleo?
- Claro.
Os quatro foram para a sala e, antes de sair com Teo, Marcos abraçou Amanda e a beijou.
- Eu ligo se tiver alguma notícia concreta.
- Faça isso, amor, por favor.
- Obrigado...
- Por quê?
- Por você estar aqui... do meu lado. Eu te amo.
- Eu te adoro, ela disse, beijando o marido novamente. - Vai ficar tudo bem.
Marco beijou Júlio no colo dela e foi beijar Mariana também.
- Obrigado, Cleo.
A moça apenas sorriu e os dois saíram.
- Você sabe dar banho em criança? - Amanda perguntou.
- Nunca dei, por quê?
- Se a gente desse banho nos dois e depois desse a mamadeira, quem sabe eles dormiriam depois.
- É uma. Vamos? - Cleo disse, animada.
Quando chegaram ao Centrocor, Marco chegou até a recepção e procurou obter informações sobre o pai.
- Por favor, eu gostaria de saber sobre um senhor que entrou aqui hoje à tarde na emergência.
- Qual o nome dele?
- Antônio Carlos Ramalho, 44 anos...
A moça verificou nas fichas e encontrou:
- Ele subiu da emergência para o CTI. Está sendo observado pelo doutor França.
- Eu posso subir?
- Você é o que dele?
- Filho, e esse é um amigo.
- Seu nome?
- Marco Antônio Ramalho.
- É, o doutor França autorizou você a subir, se viesse. Sua mãe já está lá em cima, não é?
- Já.
- Podem subir então. Primeiro andar, quarto 119.
Quando entraram no elevador, Teo falou:
- Está vendo? Seu pai está bem, foi só o susto mesmo.
- Tomara que sim.
- Está com dúvida ainda?
- Só vou sossegar quando o vir.
Chegando ao primeiro andar, procuraram o quarto 119 e viram a porta aberta. Marco entrou e viu de longe o pai deitado na cama, conversando com Laila. Ela passava a mão carinhosamente por seu rosto.
DEPOIS DO SUSTO
PARTE II
DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!
SEJAMOS, TODOS, LUZES NO MUNDO E SAL DA TERRA!
OBRIGADA SEMPRE...
A TODOS OS ANJOS QUE ME ACOMPANHAM!
BOM DIA!