MANDY IV - JULIANA! - PARTE 3

III – JULIANA!

Laila contou para Amanda e Antônio o que estava acontecendo e todos ficaram muito apreensivos, esperando por Marco que chegou uma hora depois.

Ele entregou a mochila de roupas para Amanda e pegou Júlio César do colo dela, contando a todos o mesmo que já tinha contado para a mãe.

Depois que os dois tomaram um banho e trocaram de roupa, foram almoçar e Marco continuou:

- A situação não é muito fácil, mesmo. Ela parecia muito calma, mas não estava. Só o fato de ter um filho que ainda nem fala e nem anda e ainda mama no peito e estar indo pro hospital receber outro filho que vai estar na mesma situação durante algum tempo, é de estressar qualquer um. E ela tem só dezoito anos. É barra demais...

- É, mas a gente vai rezar pra dar tudo certo, disse Laila. - Ela fez um pré-natal muito bom, num hospital muito bom também. Graças ao dinheiro do comercial que vocês deram pros dois. Isso ajudou bastante. Ela vai sair dessa. Mas, me conta da menina, Marco.

- Uma fofa. Linda mesmo. Uns olhos pretos que parecem duas jabuticabas.

Marco olhou para a irmã, acordada no moisés.

- Você já tem com quem brincar, maninha.

- Será que o Pagliuso está sabendo que a neta nasceu? - Antônio perguntou.

- Sei lá... Você já o viu, hoje?

- Vi, lavando a calçada. Ele não olha mais na minha cara, desde que o Aldo saiu de casa. Ele acha que a gente é culpado por isso.

- Acho que eu vou falar com ele, falou Marco.

- Não acho uma boa ideia, Marco, disse Amanda.

- A Juliana é neta dele, sangue dele, caramba. O Júlio pode não ser, mas ela é.

- Mas se ele rejeitou o próprio filho, acho que não vai levar muito isso em consideração.

- Será?...

- Também acho melhor não mexer mais com isso, Marco, disse Laila. - Você já fez o que tinha que fazer pra ajudar o Aldo.

Marco ficou em silêncio, como se aceitando a opinião das duas, mas intimamente não concordava muito com aquilo. Colocou Júlio no chão e ele não gostou da ideia, começando a chorar.

- Chega de colo, falou Marco, levantando e indo para fora da cozinha, começando a brincar com Max.

Júlio foi atrás dele, engatinhando e chorando ainda.

- Ele vai sujar as mãozinhas, filho, Laila reclamou.

- Se sujar, a gente lava. Esse menino não anda ainda porque só vive no colo. Vem, Júlio!

Marco pegou a bicicleta do pai e subiu nela, dando pequenas voltas no quintal. O menino desceu os dois degraus da cozinha e sentou no chão, estendendo a mão para que o padrinho o pegasse de novo. Max corria atrás da bicicleta pelo quintal. Amanda se sentou no primeiro degrau da escada e ficou olhando para os dois brincarem.

- Amanda, faz o Júlio se apoiar em você e ficar em pé.

Dito e feito, ela ajudou o afilhado a se levantar e se segurar nela.

- JC, olha lá o padrinho. Vai atrás dele, vai.

Marco desceu da bicicleta e sentou no chão a poucos metros do menino, abraçando Max, que lhe fazia festa e lambia seu rosto.

- Para, Max! Vem, Júlio César! Vem comigo, vem!

O menino apenas esticava o bracinho e resmungava, abrindo e fechando a mão, porque a distância para ele era muito grande.

- Vem, lesminha, não está tão longe assim, vem!

Marco esticou o braço e pegou a mão do menino, mas soltou-a de novo. Júlio César reclamou, gritando e batendo com o pé no chão, zangado, por não conseguir seu intento.

Marco ria.

- Mas é uma toupeirinha mesmo... Vem, cara!

Laila e Antônio se divertiam, já em pé, observando a cena, parados na porta.

- Está muito longe pra ele ainda, filho! - ela disse.

- Longe nada, ele fez quase essa distância lá na sala.

Amanda segurou a mão do menino e o apoiou, fazendo-o dar alguns passos mais para perto de Marco que se afastou pelo menos um passo dele para mais longe.

- Mãe, joga um brinquedo que ele gosta aí.

Laila pegou um boneco do personagem da televisão Fofão e jogou para Marco. O boneco já estava desfigurado de tanto ser mordido pelo garoto.

- Olha aqui, teu boneco feio. Vem pegar!

Júlio olhou para o brinquedo e esticou as duas mãos, tendo a segurança das mãos de Amanda que o seguravam pela cintura. Quando ela percebeu que ele estava firme nos dois pés, soltou-o. Júlio estava tão determinado a pegar o boneco que deu pelo menos três passos para pegá-lo e parou, percebendo que não tinha mais as mãos de Amanda para apoiá-lo. Ele titubeou e quis chorar, mas Marco chacoalhava o brinquedo no ar, mais para perto dele.

JULIANA!

PARTE III

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

SEJAMOS, TODOS, LUZES NO MUNDO E SAL DA TERRA!

OBRIGADA SEMPRE...

A TODOS OS ANJOS QUE ME ACOMPANHAM!

BOM DIA!

Velucy
Enviado por Velucy em 02/03/2021
Código do texto: T7196455
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.