MANDY IV - JULIANA! - PARTE 2
II – JULIANA!
Aldo chegou meia hora depois e parecia nervoso, quando Marco abriu a porta para ele.
- Oi, Marco, atrasei?
- Bom dia, papai! Não, não atrasou, mas vai baixando a bola aí. Não quero ninguém nervoso no meu carro. Eu vou te levar.
- Vai!?
- Fica calmo. Vai até a cozinha e toma um café, água com açúcar, qualquer coisa. A Débora já está esperando por você.
Aldo abraçou o amigo, emocionado.
- Obrigado, cara. Obrigado por tudo.
Marco correspondeu ao abraço, emocionado também e insistiu:
- Vai logo.
Aldo se afastou e ele fez um esforço para se manter calmo também. Passou as mãos pelo rosto e pelos cabelos e foi ligar o carro. Aldo foi direto procurar por Débora no quarto e a viu lá com Amanda já com Júlio nos braços.
- Oi, Amanda, bom dia!
- Bom dia, Aldo.
Ele beijou o menino que quis ir em seu colo e ele falou:
- Agora não, filho. Fica com a madrinha que o pai vai ter que levar a mamãe no médico.
Júlio César não gostou muito da recusa e resmungou. Aldo aproximou-se da mulher.
- Vamos indo? - ele perguntou, ajudando-a a se levantar.
Eles foram saindo da casa e se despediram de Antônio, de Laila, de Amanda e do filho, que já chorava querendo ir com a mãe. Entraram no carro, onde Marco já esperava pelos dois. Débora tentava não olhar para Júlio César que chamava por ela no colo de Amanda. Ela o tinha levado para os fundos da casa, fazendo o possível para consolá-lo. O carro saiu da garagem e entrou na avenida afastando-se. Júlio César gritou mais ainda, inconsolável, depois que o carro sumiu.
Amanda o abraçava, carinhosa, balançando o menino nos braços.
- A mamãe volta já, bebê, ela só foi buscar sua irmãzinha. Não chora...
Depois de muito conversar com o garoto, distraí-lo com brinquedos, andar com ele pela casa, Amanda o levou para o antigo quarto de Marco e o deitou na cama dele. Júlio continuava a chorar baixinho, soluçando, deitado de lado, com uma girafa de plástico nas mãos e com a chupeta na boca e Amanda o balançava, pacientemente, sentada ao lado dele, acariciando suas costas. Ela começou a cantar baixinho:
- “Eu me lembro de você... mesmo sem te conhecer... Posso te contar... qual é o seu nome... E até adivinhar o seu pensamento, e assim... É assim que tem que ser... Não adianta se esconder... Está no seu olhar... no seu estilo... pra que tentar mudar... se a gente foi feito pra gente...”.
Ela parou minutos depois e percebeu que o menino tinha dormido. Sorriu e beijou seu rosto. Laila e Antônio viam a cena, parados na porta e Amanda olhou para os dois.
- Ele dormiu, ela falou baixinho.
- A gente viu. Parabéns, filha, disse Laila. - Deixa ele aí, vem descansar, tomar seu café. Ele vai ficar bem.
Júlio César acordou uma hora depois e ficou enjoadinho ainda querendo a mãe, mas a companhia de Amanda e sua paciência o distraíram.
O dia foi passando, a tarde chegou e eles não tinham ainda notícia de Débora que tinha a cesariana marcada para as onze horas.
Uma e quinze, o telefone tocou. Laila atendeu. Era Marco.
- Alô, mãe!
- Oi, filho! A gente já estava preocupado, amor! O que aconteceu? A Juliana já nasceu?
- Já, onze e meia, mais ou menos. É uma graça, a cara do Aldo, três quilos e duzentos, quarenta e cinco centímetros, linda!
- Graças a Deus, filho, mas... estou sentindo sua voz preocupada. O que foi que houve?
- A pressão da Débora subiu muito e ela... está na UTI. A gente não tem previsão de nada por enquanto. A mãe dela está aqui também. Está com o Aldo.
- Meu Deus, Marco!
- Olha, eu estou indo pra casa, agora. Depois a gente conversa mais. Com é que está o Júlio?
- Está bem. Ele chora e pede pela mãe de vez em quando, mas está bem. A Amanda está cuidando dele direitinho.
- Legal, eu estou indo praí tomar um banho, dar uma força. Não posso fazer mais nada aqui, só esperar. Tchau, mãe. Eu vou passar no apartamento e pegar roupa pra mim e pra Amanda, no caminho.
- Está certo, boa ideia. Até já, meu amor.
JULIANA!
PARTE II
DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!
SEJAMOS, TODOS, LUZES NO MUNDO E SAL DA TERRA!
OBRIGADA SEMPRE...
A TODOS OS ANJOS QUE ME ACOMPANHAM!
BOM DIA!