MANDY III - MINHA GATA CHAMADA AMANDA - PARTE 4
IV – MINHA GATA CHAMADA AMANDA
Marco pegou um copo com água e ajudou o afilhado a beber, mas ele bebeu só um pouco e não quis mais, quis ficar em pé na mesa, apoiando-se no padrinho.
- Estava me enrolando, não é? - Marco disse, bebendo o restante da água.
Colocou o copo sobre a pia e pegou o menino no colo. – Como é que você ia dar conta desse terremoto sozinha, mãe? Ele deve ter puxado ao André.
Marco foi para a sala com o afilhado. Passou por Amanda que foi cumprimentar a sogra. Laila sorriu e a beijou.
- Tudo bem, filha?
- Tudo e a senhora? Estava com saudade.
- Eu também. Como foi lá em Campos?
- Foi ótimo.
- Como vai a Rita?
- Bem. Mandou um beijo pra senhora. Tem alguma coisa que eu possa fazer aqui?
- Eu queria só preparar uma salada rápida. Você me ajuda? O Marco adora.
- Adora mesmo. Acho que o olho dele é verde de tanto comer verdura.
Laila riu, apanhando a alface na geladeira e passando para ela que já ia lavando as mãos.
Na sala, Marco havia colocado Júlio César no chão e sentou-se no sofá, ao lado de Débora. O menino começou a gatinhar no tapete e ele perguntou:
- Nada de andar ainda? Que cara preguiçoso.
- Nada. Ele se apoia nas coisas, mas cansa logo e senta de novo, ela disse, massageando a barriga.
- Não anda, não fala... Você veio pro mundo pra assistir a vida de camarote, meu?
O menino olhou para ele com um chocalho na mão. Marco mostrou a língua para ele e o menino riu gostoso, colocando o brinquedo na boca.
- Não é engraçado, panaquinha! Tem que andar pra sair da saia da sua mãe, folgado!
Débora sorriu, divertindo-se com a relação entre o amigo e o filho.
- E o Aldo? - Marco perguntou.
- Ele disse que não vai poder vir hoje, porque teve que fazer uma hora extra lá no trabalho. De lá ele vai pra casa e amanhã vem me pegar logo cedo.
- Legal...
Júlio engatinhou até perto deles, apoiou-se nas pernas de Marco e se levantou do chão, batendo com o chocalho no sofá.
- Você falou que meu pai estava tomando banho?
- Já deve ter terminado. Deve estar no quarto se trocando. Vai até lá.
- Vou... Vamos, eu e o Júlio.
Ele se levantou e segurou o afilhado pelas mãos, apoiando-o e forçando-o a ficar de pé sozinho e andar.
- Vem...
Júlio deu alguns passos tímidos e quis se sentar, mas Marco o impediu:
- Não, não vai sentar de novo não. Vem andando... Você tem perna pra quê?
O garoto resmungou e quando se viu sem o apoio do sofá, quis chorar e voltar para a mãe.
- Então vai pra mãe, mas vai andando.
Marco soltou uma das mãos do garoto e o apoiou com apenas uma e Júlio já não sabia se segurava a mão dele ou se corria para Débora.
- Vai, vai pra mãe. Ela está logo ali. Dois passos... Vai...
Júlio choramingou e Débora quis estender a mão para ele, mas Marco pediu.
- Não! Não facilita, não. Ele vai sozinho.
Ela encolheu a mão novamente e Marco soltou a mão do menino. Júlio se viu solto e deu dois passos rápidos, alcançando os joelhos da mãe, que começou a chorar beijando o filho.
- Obrigada, Marco. Obrigada.
Marco sorriu.
- Se ele morasse comigo já estava andando de bicicleta.
E ele foi para o quarto dos pais. Chegou ao aposento que estava com a porta aberta e viu o pai penteando os cabelos diante do espelho. Bateu na porta, avisando que estava ali.
- Posso entrar?
Antônio virou-se para ele e sorriu.
- Oi, filho! Desculpe a demora. Eu já ia pra sala. Tudo bem? - ele falou, em voz baixa, porque Mariana dormia no berço.
Marco aproximou-se e o beijou no rosto.
- Tudo. E você?
- Tudo. Que bom que vocês vieram. Acho que a Laila não ia dar conta de dois bebês sozinha. O filhinho do André é um terremoto.
- Você não se refere a ele assim na frente do Aldo, não é, pai?
- Claro que não, Antônio falou, sentando-se na cama. – Mas que ele não nega o sangue do Armando, isso não nega. Olha só aquele anjo, dormindo ali.
Ele se referia à filha.
- Ela tem quatro meses, pai.
- Mesmo assim. Não chora nem quando está com fome, dorme a noite inteira... É minha princesa.
Marco chegou perto do berço e viu Mariana acordada, mas quietinha. Ele a pegou no colo.
- Não, não acorda, não! - exclamou Antônio.
- Ela já está acordada! Calma!
Marco beijou a irmã no rosto.
- O Júlio César é um menino e os meninos são sempre mais travessos mesmo. É normal.
- Você não era.
- Lá vem você com essa história de filho perfeito. Isso já me deu muito trabalho, sabia? O Klaus Kirner já chegou a se desentender comigo por conta disso. Chega dessa história.
- É só a verdade, Antônio, saindo do quarto e indo para sala.
Marco foi atrás dele no mesmo momento em que Amanda e Laila vinham chamar todo mundo para jantar.
MINHA GATA CHAMADA AMANDA
PARTE IV
CRESCER SIGNIFICA MUDAR E MUDAR ENVOLVE RISCOS,
UMA PASSAGEM DO CONHECIDO PARA O DESCONHECIDO.
Autor desconhecido
OBRIGADA...
A TODOS OS ANJOS QUE ME ACOMPANHAM!
DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!
BOM DIA!