MANDY III - MINHA GATA CHAMADA AMANDA - PARTE 3

III – MINHA GATA CHAMADA AMANDA

No carro, indo para Santo Amaro, Marco quis saber por que Amanda estava tão séria, depois da conversa tida com Rita.

- Que foi que a Rita falou que te deixou assim pra baixo, Amanda?

- Não foi o que ela falou. É que... lembra quando meu pai quis explicar pro Otávio que a gente tinha que se separar porque eu não gostava mais dele? Eu me senti na mesma situação hoje. Às vezes, dá vontade de ser velha e feia, banguela e gorda, só pra não ter mais que passar por isso.

Marco riu.

- Que revolta estranha, amor. Jura que você queria isso?

- Ah, você entendeu, ela disse, segurando o braço dele e encostado a cabeça em seu ombro. – Estou cansada e ficar tendo que afastar as pessoas que eu atraio só porque tenho essa cara...

- Eu entendo sim. Também me senti assim, quando soube que a Lídia gostava de mim, a Cleo... Quando o Alberto morreu... É muito frustrante você ver alguém se apaixonar por você e não poder evitar isso, só porque você tem um modelo de beleza que é o ideal pra maioria das pessoas. Mas você tem mais é que agradecer a Deus pelo que Ele te deu e tentar usar isso da maneira mais humilde e positiva possível, sem arrogância, sem orgulho exagerado. Ser bonita por dentro também, sempre. E isso eu sei que você já é.

- Você acha?

- Por que você acha que eu me apaixonei por você?

- Não foi só pelos meus lindos olhos verdes? - ela perguntou, levantado os olhos para ele.

- Não... bobona. No início foi, mas... depois também foi pelo conjunto da obra. Pelo seu coração que eu tive a sorte de vir junto com os olhos lindos, o nariz pequeno... a boca perfeita, o cabelo macio, as mãos que quando me tocam me deixam louco, as pernas...

- Chega! - ela interrompeu.

- Ah, agora que eu estava chegando na parte legal... ele disse, sorrindo malicioso, encostando o queixo em sua testa e beijando-a.

Amanda riu e ele também. Marco segurou a mão dela e dirigiu em silêncio, até chegar à casa do pai.

O Escort estacionou na garagem atrás do Monza de Antônio e os dois entraram na casa. Ao entrarem, os dois já viram Débora sentada na sala com Júlio César brincando no tapete perto dela.

- Nossa! Tem lugar pra gente entrar aqui, com tanta barriga? - Marco perguntou, brincando com ela.

Os dois se aproximaram. Amanda se sentou devagar ao lado dela e lhe beijou o rosto.

- Oi, amiga, como é que você está?

- Quase explodindo! - Débora se queixou, mas sorrindo.

Marco a beijou também e pegou Júlio no colo, erguendo o menino no ar, beijando várias vezes sua barriga. O menino riu alto.

- Fala, garotão! Cadê todo mundo, Débora?

- A dona Laila está aí na cozinha, terminando a janta, e seo Antônio está tomando banho.

- A Mariana dever estar fazendo o que ela sabe fazer de melhor: dormir! Acertei?

- Você conhece bem sua irmã, ela declarou, acariciando a barriga enorme.

- Ela é das minhas, aprendeu comigo, disse ele, indo para a cozinha atrás da mãe.

Amanda deslizou a mão pela barriga de Débora e encostou o ouvido nela.

- Nem acredito que ela vai estar aqui amanhã... Oi, Juju!

- Nem eu... não aguento mais! - Débora disse, rindo.

Marco entrou na cozinha e viu a mãe apanhando uma tigela de arroz numa prateleira no alto do armário e ele adiantou-se para pegar para ela e a colocou em cima da mesa.

- Obrigado, filho. Que bom que vocês chegaram.

Ela se voltou e abraçou-se a ele. Marco beijou seu rosto.

- Tudo bem, gata?

- Meio confusa, mas eu me ajeito.

- Essa cozinha nunca esteve tão cheia de utensílios infantis. Agora eu entendo porque vocês não quiseram ter mais filhos antes.

- Não foi bem por isso, bobo. E é por pouco tempo.

- Não sei não...

- Por quê? - ela perguntou olhando rapidamente para ele.

- A Amanda esqueceu de tomar a pílula ontem... e a gente... estava com saudade e fez coisas que podem aumentar a família...

Laila entendeu a insinuação e ficou olhando para ele, que colocava Júlio sobre a mesa, sem olhar para ela.

- Marco!

- Calma, não é certeza ainda, dona Laila. Tem que esperar um pouco, não tem?

- Filho, não brinca com isso. Um filho é uma coisa muito séria... Você dois são muito novinhos ainda...

- Eu sei, mãe, mas ela chegou de viagem ontem de surpresa e aconteceu... A saudade era grande... A gente nem pensou nisso... Ela esqueceu de tomar a pílula em Campos...

- Mas tem que pensar, sempre. Isso é muito importante. Você tem que pensar em você e nela. Ainda estão começando a vida. Você está começando a faculdade e ela é modelo. Ainda precisa do corpo na profissão dela.

- Eu sei... Pode deixar. Eu penso em tudo isso. Mas acho que não vai acontecer nada não.

- E se acontecer?

- Que é que você quer que eu faça? - ele disse, rindo e dando de ombros.

Júlio César esticou o braço em direção ao filtro de água.

- Quer água? - Marco perguntou.

O menino apenas acenou com a cabeça que sim. Ele ainda não falava.

- Quer mesmo ou está me enrolando?

Júlio forçou o corpo para alcançar o filtro e fez manha, choramingando, dengoso.

- Calma, JC, eu já pego.

Marco pegou um copo com água e o ajudou a beber, mas ele bebeu só um pouco e não quis mais, quis ficar em pé na mesa, apoiando-se no padrinho.

MINHA GATA CHAMADA AMANDA

PARTE III

CRESCER SIGNIFICA MUDAR E MUDAR ENVOLVE RISCOS,

UMA PASSAGEM DO CONHECIDO PARA O DESCONHECIDO.

Autor desconhecido

OBRIGADA...

A TODOS OS ANJOS QUE ME ACOMPANHAM!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

BOM E ABENÇOADO DOMINGO!

Velucy
Enviado por Velucy em 28/02/2021
Código do texto: T7194911
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