MANDY III - MINHA GATA CHAMADA AMANDA - PARTE 1
I – MINHA GATA CHAMADA AMANDA
Rita chegou com a equipe uma hora depois e conversou com todo mundo antes de dispensá-los todos.
- Quero que todo mundo vá pra casa descansar, namorar, dançar, fazer tudo que tem direito, mas, segunda-feira, todo mundo aqui, hein? Obrigada por tudo. Vocês todos são ótimos. Valeu cada minuto lá em Campos.
- Até o nosso imprevisto? - perguntou Gustavo.
- Até isso! Mostrou que o carro da agência tem que ir rapidamente para a revisão e isso vai ser providenciado, imediatamente, Gu. Vai descansar. Deixa o material que você fez no estúdio pra revelação que segunda-feira eu reviso tudo. Obrigada.
Todo mundo foi se despedindo de Rita. Amanda estava na sala também, encostada em Marco que a envolvia num abraço e Gustavo chegou perto dela, segurando sua mão.
- Tchau, gata, você estava espetacular! Você tinha que ter estado lá, Marco. Tua garota é um arraso, meu!
Marco apenas sorriu, orgulhoso. Gustavo a beijou no rosto, cumprimentou Marco com um aperto de mão, bateu em seu braço e afastou-se com os outros. Todos saíram da sala, animados e barulhentos, ficando apenas Haidée, Kleber, Maria Eugênia, Marco, Amanda e Roni que já tinha sido informado pela própria Rita que teria uma conversa com ela. Rita aproximou-se de Maria Eugênia.
- Como é que você está, minha linda? - Rita perguntou, abraçando a moça efusivamente. – Que saudade!
- Estou bem, ela respondeu, sorrindo.
- Já conseguiu descansar? Eu sei que a coisa lá é barra.
- Já, sim.
- Seus pais estão bem? Eu soube que o Danilo viajou de novo.
- Singapura, mas ele volta em um mês. Vai ser rapidinho dessa vez.
- E sua mãe? Elétrica como sempre?
- Está ótima, mandou um beijo.
- Você já conheceu o Marco e a Amanda, claro.
- Já, a gente já conversou muito.
- Ela é a minha maior revelação em 88 e ele é meu priminho querido, que por acaso já tinha fisgado ela pra ele, antes de eu chegar. Vê se pode! Isso só mostra que o olhar publicitário dele já vem de berço. Está na família.
Todos riram.
- Eu quero que você me espere lá no estúdio com o Kleber que eu tenho que ter uma pequena reuniãozinha aqui com os meus modelos. Vai ser coisa rápida. Quero conversar muito com você ainda sobre isso, ahn? - Rita levantou a revista Playboy que estava sobre sua mesa. - Ficou muito linda. Me espera lá, ok? Me dá só meia horinha.
Kleber saiu com Maria Eugênia e Marco ia saindo também, mas Rita perguntou:
- Não quer ficar, Marco? Pode interessar a você também.
- Eu prefiro não ficar, Rita. A Amanda me conta depois.
- Tudo bem.
Ele beijou Amanda na boca, longamente, e se afastou dela, passando por Roni sem olhar para ele, saindo da sala.
- Senta, Amanda. Eu espero que seja uma conversa bem rápida. Mas é melhor você sentar.
Amanda se sentou ao lado de Haidée. Roni ficou em pé, apoiado no encosto do sofá em que elas estavam.
- Quer que eu saia também, Rita? - Haidée perguntou.
- Não, essa conversa é profissional. Minha assistente tem que ouvir pra colocar numa ata que o Roni e a Amanda vão assinar depois.
- O que pode ser tão sério assim? - ele perguntou.
- O teu comportamento aqui dentro da RR em relação a Amanda. Eu só quero que fique bem clara uma coisa. Eu tenho ouvido de várias pessoas que trabalham aqui dentro comigo que você se comporta de um jeito na minha frente, mas de outro por trás das minhas costas. A Amanda é minha modelo, modelo da RR, mas também é minha enteada e eu sou responsável por ela.
- Ela é casada...
- Pior ainda! Ainda bem que você mesmo disse. Ela é casada e merece todo o respeito de cada modelo ou profissional dessa agência como qualquer outro modelo merece, inclusive você.
- Eu não faço nada demais com a Amanda.
- Não é o que dizem os colegas que trabalham com vocês. É só eu dar as costas e você toma certas liberdades com ela que não devem ser aceitas nem por uma moça solteira de respeito. Estou errada, Amanda?
- Eu nem ligo mais pra isso, Rita, finjo que não é comigo, mas às vezes dá vontade de sair correndo.
Amanda olhou para ele, mas falou meio constrangida.
- Satisfeito? - Rita perguntou a ele. – Se o Marco descobre que isso está acontecendo, eu não quero estar na sua pele. Então, esse vai ser o desfecho: ou você para de assediar a Amanda desse jeito, ou você está fora do comercial da Coca-Cola e de todos os outros projetos da RR que você possa vir a fazer com ela. É meu último aviso, porque eu já tinha falado com você a respeito. Ou você cresce, ou vai ter que arranjar outra agência pra trabalhar. E olha que eu vou sentir muito em perder você. Estamos de acordo?
Ele balançou a cabeça afirmativamente. Amanda ajeitou os cabelos e pediu:
- Eu posso ir, Rita? Eu e o Marco vamos passar a noite na casa dos pais dele, porque a bebê da Débora vai nascer e a mãe dele precisa de ajuda.
- Claro, meu bem. Pode ir. Até segunda. Bom final de semana, amor. Você também pode ir, Haidée. Até segunda.
Elas se despediram com um beijo e Amanda saiu da sala com Haidée.
MINHA GATA CHAMADA AMANDA
PARTE I
CRESCER SIGNIFICA MUDAR E MUDAR ENVOLVE RISCOS,
UMA PASSAGEM DO CONHECIDO PARA O DESCONHECIDO.
Autor desconhecido
OBRIGADA...
A TODOS OS ANJOS QUE ME ACOMPANHAM!
DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!
BOM DIA!