MANDY III - QUER ALMOÇAR COMIGO? - PARTE 1
I – QUER ALMOÇAR COMIGO?
Marco fez a prova em tão pouco tempo que Chu estranhou, assim como toda a turma. Ele entregou a prova e saiu da sala.
O telefonema de Amanda o havia deixado com um sentimento de culpa que estava tirando sua paz. Nunca a tinha tratado daquela forma e aquela sensação o estava deixando mais nervoso e irritado.
Foi até a lanchonete e pediu um suco de frutas. Cleo saiu algum tempo depois dele e foi para lá também. Aproximou-se dele no balcão e perguntou:
- Posso sentar aqui do seu lado ou está querendo ver o mundo pelas costas?
Ele olhou para ela e sorriu.
- Oi, Cleo... Senta aí.
Ela se sentou, colocando a mochila na cadeira ao lado.
- Foi bem na prova?
- Sei lá, acho que não, ele respondeu, mexendo o suco com o canudinho. - E olha que pra essa eu estudei pra caramba.
- Adoro sua modéstia.
Ele sorriu e ficou em silêncio.
- Você está triste. O que foi?
- Não estou triste.
- Está sim. Seus olhos nunca negam o que você sente. O que é? Saudades dela?
Marco não respondeu. Desviou os olhos.
- Posso ajudar? - Cleo perguntou.
- Não é nada, Cleo. Eu... estou legal.
- Eu não consigo ser sua amiga, já notou? Você não deixa. Você me evita.
- Isso não é verdade.
- Então me diz o que está te magoando.
- Cleo, eu... não estou magoado com nada.
- Mas gostaria que eu fosse embora, pra ficar sozinho.
- Não! Eu só... Tudo bem, eu estou chateado sim, mas... eu não posso dividir meu problema com você.
- Pro Teo, você diria?
- O Teo é meu amigo e é homem.
- E eu sou namorada dele. Faça de conta que eu sou ele aqui.
Ele a olhou por um momento e disse:
- Eu não consigo falar da Amanda com você.
- Por quê? A gente conseguiu falar dela no casamento. Lá, você estava tão feliz, tão leve, tão solto... Aquele Marco acabou? Será que eu estava certa?
- Certa em quê?
- Em pensar que você estava fazendo uma besteira, naquele dia?
- Você não sabe o que está dizendo.
- Então me convence.
- Eu estou assim... porque justamente não consigo ficar longe dela muito tempo. Não sei ficar sem ela. Eu estou sem ela há quase uma semana e estou morrendo de saudade... Convenci?
- Fui eu que te convenci a falar o que estava sentindo, ela disse, sorrindo.
Marco sorriu também e balançou a cabeça, tomando um pouco mais de suco.
- É incrível como você consegue tirar coisas de mim que eu não quero dizer.
Ela sorriu vitoriosa, depois tocou a mão dele sobre o balcão.
- Não fica assim não. Pensa só que ela te ama e logo está de volta... e mais apaixonada do que já era.
- Será?
- Você duvida?
Marco afastou a mão da dela e esfregou o rosto.
- Não... Falei bobagem. Não te disse que eu não estou legal? Ela me deixa sem chão quando está longe. Eu não sei nem o que digo. Vai ver o Teo, hoje?
- Não, mas ele liga pra mim todo dia. Ele é uma gracinha.
- Vou me lembrar do termo quando falar com ele da próxima vez, ele disse, sorrindo maroto.
- Não, não vai gozar do meu gato, ‘tadinho.
- Não é gozação. Eu também acho que ele é uma gracinha. Ele é meu irmão.
- Eu acho isso lindo. Já estou indo, cunhadinho, disse ela, pegando a mochila. - Vou deixar você curtir a sua fossa. Tchau.
- Tchau, Cleo. Desculpa e... obrigado.
- Por quê?
- Por me ouvir, mesmo sem eu querer falar.
- Eu não te ouvi. Eu praticamente saqueei o teu coração. Você é um garoto bem difícil. A Amanda não devia nunca desconfiar de você.
Ele sorriu. Ela o beijou no rosto e se afastou. Marco tomou o resto do suco, pagou a conta e foi também para o carro, seguindo para a agência.
QUER ALMOÇAR COMIGO?
PARTE I
DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!
OBRIGADA... A TODOS OS ANJOS QUE ME ACOMPANHAM!
BOM DIA!