MANDY III - REDENÇÃO - PARTE 4

IV – REDENÇÃO

Amanda colocou a mão em seus cabelos e os acariciou levemente. Marco segurou a mão dela e a beijou, mantendo-a junto ao peito.

Chegaram em casa e Marco continuou quieto e distante.

- Eu vou tomar um banho, Amanda falou.

- Vai, ele disse, jogando as chaves do carro sobre a mesa. – Você está com fome?

- Não, você está?

- Não...

- Tem fruta na geladeira e na fruteira na mesa da cozinha, se você sentir fome. Eu volto já.

Ela foi para o banheiro e ele começou a tirar a camisa. Sentou-se no sofá e ligou a televisão. Ficou olhando para ela, sem prestar atenção em nada do que estava vendo. Não conseguia tirar o bilhete de Alberto da cabeça. Tirou o tênis e deitou-se com a cabeça no braço do sofá. Colocou o braço sobre o rosto e fechou os olhos, procurando não pensar mais e adormeceu por alguns segundos.

Acordou com os lábios de Amanda tocando os seus. Ela tinha os cabelos molhados e vestia uma camisola branca de cetim.

Ao sentir os cabelos dela lhe roçarem o pescoço e seus lábios tocarem os seus com força, ele só conseguiu corresponder e abraçá-la forte.

- Eu não quero mais te ver triste assim, ela disse, enquanto o beijava. – Acabou... Tudo vai ficar bem.

Ele se sentou novamente e Amanda encaixou o corpo sobre o dele e o ajudou a tirar as roupas. Ela agia de um jeito sensual e incomum e Marco, surpreso, apenas correspondeu aos seus desejos em silêncio.

- Volta pra mim... ela pediu.

- Eu estou aqui, ele disse, num sussurro.

- Não, ainda não. Eu quero meu Marco aqui comigo.

Ele sorriu e perguntou, enquanto ela beijava seu pescoço.

- Quem é você e o que você fez com a minha namorada?

- Não está gostando? - ela perguntou, sem parar de beijá-lo.

Ele a fez deitar-se no sofá e ficou sobre ela.

- Muito... ele disse, num suspiro.

- Nossa... esse sofá é uma delícia mesmo, ela falou, sentindo o corpo dele sobre o dela.

- Eu não disse? Foi o melhor presente que a gente ganhou...

Fizeram amor por algum tempo, e ele se esqueceu totalmente dos problemas.

Depois que tudo acabou, eles ficaram deitados, abraçados no sofá e Marco acariciava seu braço, agora menos tenso.

- Promete pra mim que você vai ficar bem? - Amanda perguntou.

- Eu estou bem, ele disse, beijando seu rosto.

- Vamos voltar à nossa vida normal? Eu quero continuar sendo feliz.

- Eu sei, desculpa... É que eu nunca tinha me visto numa situação parecida. Essa história do Alberto me tirou do eixo.

- Mas já está tudo bem. A gente não pode deixar de viver porque ele deixou.

- Tem razão.

Ficaram por algum tempo em silêncio e ela comentou:

- A Rita te falou que a gente vai ter que viajar pra Campos do Jordão no final de novembro?

- Não, final de novembro? Por quê?

- Uma campanha de Natal da prefeitura da cidade. O prefeito viu fotos minhas em revistas e alguns comerciais e quer que eu seja o rosto das propagandas que convidam as pessoas a visitarem a cidade nas festas de Natal.

- Que bárbaro! Minha gata fazendo sucesso no interior de São Paulo. Estou orgulhoso! - ele disse, beijando seu ombro. – Mas não vai atrapalhar suas aulas no colégio?

- Não, vai ser no finalzinho de novembro e as aulas já vão praticamente ter terminado. Você não se importa?

- Por que me importaria?

- Eu vou ter que ir sozinha com a equipe da RR.

- Você vai trabalhar. Eu não tenho como ficar contra isso.

Ela sorriu, olhando nos olhos dele.

- Eu acho que você não existe.

- Será? - ele perguntou, beijando-a.

O episódio da morte de Alberto foi sendo esquecido aos poucos. As pessoas continuavam se lembrando dele, mas não mais com aquela tristeza sofrida e sim com saudades. Os pais do rapaz, depois de conversarem com Rotemberg, chegaram à conclusão de que a morte dele não teve uma causa externa. Nem Marcelo, nem ninguém, podia ser responsabilizado por ela, ainda mais depois de lerem o bilhete que o rapaz deixou, e trataram de amenizar sua dor, deixando o caso de lado.

As aulas no colégio voltaram ao normal. Marcelo e Amanda continuaram estudando na mesma sala e aos poucos o rapaz foi aprendendo a conviver com ela, sabendo muito bem separar as duas coisas: a colega de classe, da garota que ele amava que agora estava casada com outro.

Marco, por sua vez, começou a ver o rapaz com outros olhos e não sentia mais ciúme de vê-lo perto dela. Afinal de contas, a confiança que tinha na mulher estava acima de tudo.

REDENÇÃO

PARTE IV

LEIA TUDO QUE TE ELEVA O PENSAMENTO E A ALMA

OU PELO MENOS O QUE ENSINA A ENFRENTAR O INEVITÁVEL!

DEUS ABENÇOE A TODOS OS AMIGOS DAS LETRAS

OBRIGADA E... BOM DIA!

Velucy
Enviado por Velucy em 22/02/2021
Código do texto: T7190178
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