MANDY III - RUBENS E ALBA - PARTE 1

I – RUBENS E ALBA

Na sala da faculdade, Marco também foi cercado pela turma que o bombardeou de interrogações.

- Ih! Gente! Ele já está com cara de homem sério, mesmo, olha aí! - disse Chu.

- Eu sempre fui sério, Chu. Não me amola.

- Sua mãe falou na festa que vocês iam viajar, mas não foram, disse Alba.

- É... A gente ia pra casa de praia do pai dela no Guarujá ou pro apartamento do meu pai no Rio, mas acabamos ficando aqui mesmo.

- Por quê? - Rubens perguntou.

- Ah... porque a gente queria ficar no nosso canto aqui logo de cara. Queríamos curtir nosso apartamento de vez. Parecia uma coisa muito artificial ir pra algum lugar que não ia fazer parte da nossa vida pra sempre. Lá é a nossa casa, então tinha que ser desde o primeiro dia de casados. Aí, ficamos.

- Que romântico! - falou Heleninha. – Eu estou tão feliz por vocês, Marco.

- Eu sei, madrinha. Obrigado.

- Você é sacana, hein, Marco! - disse Rubens.

- Sacana, eu, por quê?

- Você quis mais é se esconder da gente a semana inteira, não foi não? Nem pra dizer que estava em São Paulo. A gente ligou pra casa da sua mãe e ela só falou que vocês não tinham viajado, mas também não confirmou que vocês estavam no apartamento da Otávio Machado. Ligamos pra lá e ninguém atendia...

Marco riu e passou as mãos pelo rosto, sem jeito, ficando vermelho.

- O telefone estava debaixo do sofá e fora da tomada. Nem ouvimos tocar... A gente não estava mesmo aqui em São Paulo... dá pra entender?

- Calhorda! - disse Chu. – Eu falei pra vocês que, conhecendo ele como eu conheço, alguma ele ia aprontar. Passou a semana inteira trancado no apartamento ignorando a gente.

- Também não é assim, Chu. A gente não estava... ignorando ninguém. A gente estava... em lua de mel!!

- Mas se a gente soubesse que vocês estavam aqui, teríamos até ajudado a curtir junto, badalar por aí. Tem uma porção de lugar bacana em...

- Chu, eles estavam em “lua de mel”, cara! - interrompeu Eugênio. - Eles queriam ficar em casa... sozinhos, meu! Até parece que nunca casou!

- E nunca casei mesmo, bolas!

- Por isso! - falaram todos juntos.

Marco começou a rir.

- A gente até saiu um bocado, Chu. Fomos ao cinema, numa seção das dez, na terça. Fomos jantar fora na quarta e na sexta, fomos ao clube no sábado cedo... Pra falar a verdade, nós só saímos de São Paulo, ontem ou sábado à noite. A gente foi até a casa de praia do meu sogro e passamos o dia lá, mas foi só. Obviamente também a Amanda não foi pro colégio e eu não vim pra cá, mas o resto da semana foi normal, super-normal até.

- Ah, pra cima de mim, meu? - disse Chu.

Marco riu mais ainda.

- Estou dizendo! A gente só não atendeu telefone, queríamos ficar sozinhos. O resto foi normal. Eu juro que nunca mais faço isso. Na próxima vez que eu me casar, eu levo você junto, tá bom?

- Eu nem sei por que você está se explicando tanto, Marco, falou Heleninha. – Você está feliz?

- Muito! Você não imagina o quanto.

- Então chega de papo. Deixa o garoto em paz, Chu!

- Fala com sinceridade, Marco: essa aliança pesa? - perguntou Alba.

- Não.

- Dá urticária morar na mesma casa com uma mulher?

- Claro que não! - ele respondeu de novo, rindo.

- Então, por que meu noivo não quer se casar comigo? - ela perguntou, olhando para Rubens.

- Quem disse que eu não quero casar? - perguntou Rubens.

- Sua atitude! - ela confirmou. – Toda vez que eu toco nesse assunto, você fica branco, desconversa, faz piadinha sem graça e não me dá nenhuma esperança! Eu já estou cansada disso!

Alba falava a sério e ninguém falou mais nada, inclusive Rubens que ficou olhando para ela espantado.

- Se você não quer nada sério comigo, então me deixa de vez!

A moça se levantou e saiu da carteira, zangada, indo sentar em outro lugar mais a frente. Rubens ficou sem ação.

RUBENS E ALBA

PARTE I

DEUS ABENÇOE A TODOS

RECOMECEMOS JUNTOS

COM FÉ E SAÚDE

OBRIGADA E... BOM DIA!

Velucy
Enviado por Velucy em 15/02/2021
Código do texto: T7184678
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.