MANDY II - NOIVA: SETE DE OUTUBRO - PARTE ÚNICA
I – NOIVA: SETE DE OUTUBRO
A igreja matriz de Santo Amaro estava repleta de pessoas amigas das famílias Ramalho e Rotemberg.
No altar e por toda igreja, muitas flores brancas e amarelas. Marco, vestido num smoking branco e totalmente produzido pela equipe da RR, arrancou suspiros de muitas garotas na igreja, quando chegou com Teo, Helena, Chu e os pais. Ele apertou algumas mãos, enquanto ia para o altar e viu a turma do colégio reunida no mesmo canto da igreja, numa verdadeira torcida até que barulhenta demais para o ambiente.
- Feliz forca, cara! - gritou Miro.
- Está bonito, hein? Até parece que vai casar! - gritou Sandro, colega de sala de Amanda.
Ele apenas sorriu e seguiu Helena que o puxava pela mão, pois já estava quase na hora. O casamento estava marcado para as quatro em ponto.
- Poxa, cara, que festão, hein? - falou Teo em seu ouvido, já no altar. – Dá até vontade de casar também.
Ele jogou um beijo para Cleo, sentada numa das primeiras filas ali perto. Ela sorriu de volta.
- É... Estou preocupado com a Amanda, disse Marco.
- Por quê? Você acha que ela não vem?
- Claro que vem, cara! Vira essa boca pra lá! É pelo mal estar que ela teve hoje à tarde...
- Ih! E pode ser alguma coisa a mais do que o médico disse?
Marco sorriu, mas não respondeu.
- Sem resposta, Imperador? - perguntou Teo, desconfiado.
O rapaz continuou em silêncio, olhando para a porta da igreja.
- Eu não acredito... disse Teo, olhando para ele, admirado. – Vocês...
Marco tentou desviar a atenção dele.
- Não consigo ficar aqui parado. Vou ali falar com a minha mãe...
- Marco, já está quase na hora! - avisou Teo.
- Pra onde ele vai? - perguntou Helena ao lado de Teo.
- Sei lá! - ele respondeu, dando de ombros.
Marco já tinha descido os dois degraus e foi para junto da mãe, sentada ao lado de Antônio, com Mariana dormindo em seu colo. Abaixou-se diante dela.
- Que foi, querido? – ela perguntou.
- Me cansei de ficar lá em pé. Vocês vão ter que ir pra lá depois, antes da Amanda chegar.
- A gente vai daqui a pouco. Você está lindo, meu amor, ela disse, acariciando seu rosto.
- Você é suspeita, mãe. Sou obra sua... e dele.
Marco colocou a mão sobre a mão do pai e perguntou:
- Tudo bem, seo Antônio?
Antônio balançou a cabeça e sorriu.
- Eu te amo, pai.
- Também te amo, filho, Antônio disse, sorrindo levemente, emocionado, colocando a mão sobre a dele.
Rita apareceu apressada e falou:
- Marco, a Amanda já chegou! Volta pro altar! Você também, Antônio!
- Ela está bem? - Marco perguntou, preocupado.
- Está ótima e linda! Procura não desmaiar você agora, hein!?
Ele riu, beijou a mãe e foi para seu lugar ao lado de Teo e Helena. Laila entregou a filha a Dalva e foi de mãos dadas com Antônio para junto do filho.
O órgão começou a tocar “Mandy” de Barry Manilow e Marco, surpreso, falou baixinho:
- “Mandy”! Quem teve a ideia?
- Sua prima, disse Teo.
- E o padre Orlando deixou?
- Está tocando, não está? Ela pediu só pra não te contar, pra ser surpresa pra você também.
Marco procurou a prima no meio das pessoas e ela também estava olhando para ele, sorrindo. Ela mandou um beijo para ele e foi para a porta da igreja.
A grande porta se abriu e o primeiro par de daminhas de honra apareceu, carregando cestinhos de flor natural do campo. As seis menininhas começaram a andar bem devagar pela nave da igreja e depois do terceiro par, Amanda apareceu trazida pelo braço do pai. Ao vê-la, Marco sentiu uma emoção tão grande que seus olhos se encheram de água. Amanda, mesmo sorrindo, já tinha o rosto molhado também antes mesmo de vê-lo de longe no altar.
Quem conhecia a história dos dois jovens, não deixou de se emocionar com eles e também liberar suas próprias lágrimas. Marco foi recebê-la ao pé do altar exatamente quando a música acabou, cumprimentou José Rotemberg com um aperto de mão e beijou Amanda na testa demoradamente. Depois subiu com ela até perto do padre Orlando que sorriu de modo significativo para os dois. Ajoelharam-se.
Os dois passaram toda a cerimônia de mãos dadas, como havia sido a cerimônia acontecida no hospital. Pronunciaram o famoso SIM e na hora da troca de alianças, ele colocou a argolinha no dedo dela e beijou sua mão. Amanda fez o mesmo. Depois ficaram de frente um para o outro ainda de mãos dadas e ela disse:
- Te recebo, Marco Antônio Ramalho, como meu marido, limpa de alma, pura de espírito, forte no coração, pra dividir contigo todos os meus momentos, meus pensamentos, minhas alegrias e tristezas, minhas emoções e minha vida. Te recebo como meu marido como a noite recebe o sol do amanhecer, como a flor recebe em si o colibri inquieto, como a areia recebe o MAR. Quero ser contigo um só ser, respirar pela tua boca, falar pela tua voz, enxergar pelos teus olhos, ouvir pelos teus ouvidos e andar pelos teus passos. Te recebo como meu marido, porque foi por ti que nasci e quero que seja tua cada minúscula partícula do meu amor. Te amo!
Marco sorriu e respirou fundo, começando a falar também:
- Te recebo, Amanda Rotemberg, como minha mulher, limpo de alma, puro de espírito, forte no corpo, pra dividir contigo todos os meus momentos, meus pensamentos, minhas alegrias e tristezas, minhas emoções e minha vida. Te recebo como minha mulher como o chão árido recebe a chuva da vida, como o sol recebe a lua ao anoitecer, como o céu recebe a nuvem. Quero ser contigo um só ser, te proteger como o espinho protege a rosa, beber dos teus lábios o mel que nenhuma abelha poderia fabricar, me iluminar na luz dos teus cabelos, mergulhar no verde dos teus olhos, adormecer e acordar olhando estrelas, toda vez que enxergar o teu rosto. Te recebo como minha mulher, porque foi por ti que nasci e quero que seja tua cada minúscula centelha do meu amor. Você é o AR que eu respiro. Te amo!
Os dois sorriram e ele beijou seu rosto, enquanto muita gente chorava, emocionada com aquela declaração de amor tão singular. Os noivos se voltaram para o padre e ele abençoou as mãos dos dois, declarando-os marido e mulher.
- Pode beijar a noiva, Marco Antônio.
Marco levantou o pequeno véu que cobria o rosto de Amanda e a beijou docemente. Estavam casados.
Sorriram um para o outro e se voltaram para os convidados que aplaudiram os dois de pé.
Em seguida, depois daquela pausa emocionada e carinhosa, foram juntos à sacristia para assinarem os papéis do cartório para legalizarem o casamento civil.
Voltaram minutos depois e Marco ajudou Amanda a descer os degraus do altar; ela se apoiou em seu braço, enquanto caminhavam pela nave na direção da porta de saída da igreja, seguidos pelos padrinhos e pelos pais.
NOIVA: SETE DE OUTUBRO
PARTE ÚNICA
DEUS ABENÇOE A TODOS
QUE ELE ABENÇOE NOSSOS ANJOS DA GUARDA HUMANOS
NÓS O TEMOS... ACREDITEM!
PAZ NO CORAÇÃO, LUZ NA MENTE, SAÚDE NO CORPO
E ESPERANÇA NA ALMA... SEMPRE!
SONHAR SEMPRE SERÁ DE GRAÇA!
OBRIGADA PELA COMPANHIA!