MANDY II - EM BUSCA DA VERDADE - PARTE 2
II – EM BUSCA DA VERDADE
Em pouco tempo, Marco estava na frente da casa de Otávio e quase não o pega em casa. Ele estava já entrando no carro para sair. Marco desceu do Escort rapidamente e aproximou-se.
- Posso falar com você?
Otávio estranhou vê-lo ali.
- Marco?... Eu estou de saída.
- É muito importante. Preciso falar com você de verdade.
- Sobre?
- Sobre a Lídia.
Otávio sorriu e balançou a cabeça.
- Eu avisei, não foi?
- Você sabia que ela está grávida?
Otávio ficou sério. Franziu a testa e fechou a porta do carro novamente.
- Quê?
- Acho melhor a gente entrar e conversar lá dentro.
- Eu já disse que estou de saída...
- Você não vai a lugar nenhum antes de falar comigo. Se não quiser me deixar entrar na sua casa, tudo bem, eu posso conversar aqui na rua mesmo. É só me responder: você tem alguma coisa a ver com essa gravidez?
Otávio ficou olhando para ele e percebeu que a conversa ia demorar. Voltou a entrar em casa e Marco entrou atrás dele. Otávio o convidou a sentar-se e sentou também diante dele. A tia de Otávio apareceu na sala e, ao ver Marco, olhou para Otávio e cumprimentou meio fria.
- Bom dia...
- Com vai?
- Tia, deixa a gente a sós, por favor.
Ela saiu como entrou. Otávio olhou para Marco e perguntou:
- Quer me explicar o que está acontecendo?
- Eu te fiz uma pergunta e gostaria que você me respondesse com sinceridade.
- E se eu não quiser responder?
- Eu vou me jogar debaixo de um carro na Avenida Santo Amaro.
Otávio riu.
- Poxa, a coisa é grave mesmo, hein?
- Otávio, eu não estou brincando. Você transou com a Lídia?
- Cara, você vai casar com a Amanda e vem me perguntar se eu transei ou não transei com a Lídia? Não estou entendendo.
- Já te falei: ela está grávida e foi até o meu apartamento ontem dizendo que vai dizer pra quem perguntar que o bebê é meu!
Otávio encostou-se no sofá e perguntou:
- E quem garante que não é?
- Eu garanto. Só eu. Eu nunca tive nada com ela, mas minha palavra contra a dela não é nada. A palavra do cara não vale muito nesses casos. Você é minha última esperança. Você disse, ontem no clube, que tem seguido ela. Que sabe que ela não está bem e ontem eu percebi que não está mesmo. Só me responde: você pode ter alguma coisa a ver com essa gravidez?
Otávio levantou-se e deu alguns passos pela sala, pensativo.
- Eu senti que tinha alguma coisa errada... desde o início, quando ela veio me procurar pela primeira vez. Eu fiz de tudo pra tirar essa ideia maluca de vingança da cabeça dela. Cheguei até a usar meu charme pra ver se ela... sei lá, percebia que você não era o único cara do mundo. Ela fugiu de mim, no começo, mas acho que fui eu que acabei me ligando nela. Caí na minha própria armadilha... A gente saiu algumas vezes, por insistência minha, mas ela nunca me deixou tocar nela, mais do que com um beijo no rosto. A toda hora era me lembrava que amava você, mesmo quando não dizia com palavras. Estava nos olhos dela... Essa... fidelidade sofrida me fascinava. Eu não entendia como alguém podia ser fiel a uma pessoa que não ligava a mínima pra ela. Me apaixonei, mas não era como com a Amanda. A Lídia é um outro tipo de garota. A fragilidade que a Amanda tem, a Lídia tem em força, persistência. Eu só transei com ela duas vezes. Na primeira... eu praticamente forcei a barra. Aproveitei que ela estava furiosa com você. Se não me engano, foi perto da festa do casamento da Bete em maio, não foi?
- Foi...
- Ela foi convidada e nem ia, mas acabou indo, só pra encontrar você lá. Foi, por pensar que você iria sozinho... mas você levou a Amanda. Ela saiu da festa furiosa e veio pra cá comigo. Chegou aqui chorando, muito nervosa. Desabafou um rosário de lamúrias e eu ouvi tudo de saco cheio, mas ouvi. No meio da fúria toda dela, eu investi. Disse que a gente podia se vingar de vocês dois, juntos, e ela estava tão cega de raiva que... só percebeu o que tinha acontecido depois. Quando viu o que tinha feito, ficou furiosa comigo, quase me agrediu, saiu daqui jurando que ia acabar comigo também, me denunciar à policia e tudo... Aí, eu não a vi mais por quase um mês. Também não procurei, porque achei que tinha agido errado com ela. Eu tinha me aproveitado de uma situação em que ela estava frágil... Mas aí, no final de maio, ela mesma me procurou e disse que queria sair comigo de novo. Aí, quem tentou tirar essa ideia da cabeça dela fui eu. Também não estava a fim de me ligar a alguém que tinha outro na cabeça. Ela insistiu... e eu não tinha como negar...
- Final de maio... Foi quando ela deve ter engravidado.
- Mas depois ela não quis mais nem falar comigo. Procurei por ela umas duas vezes no colégio e ela me evitava, fugia de mim. Quando eu telefonava e ela ouvia a minha voz, desligava na minha cara...
- Talvez já tivesse a intenção de me envolver no caso. Queria tirar você de campo pra não despertar suspeitas. Ela te usou, só isso.
- Eu não acredito... Não é possível que essa loucura dela a tenha levado tão longe. Por que não usou o Teo? Ele é doido por ela.
- Ela já tinha usado muito ele pra aprontar comigo. O Teo já era gato escaldado. Não ia se prestar a um outro joguinho dela.
Otávio voltou a sentar-se.
EM BUSCA DA VERDADE
PARTE II
DEUS ABENÇOE A TODOS
QUE ELE ABENÇOE NOSSOS ANJOS DA GUARDA HUMANOS
NÓS O TEMOS... ACREDITEM!
PAZ NO CORAÇÃO, LUZ NA MENTE, SAÚDE NO CORPO
E ESPERANÇA NA ALMA... SEMPRE!
SONHAR SEMPRE SERÁ DE GRAÇA!
OBRIGADA PELA COMPANHIA!