MANDY II - OBSESSÃO-PARTE 2

II – OBSESSÃO

Enquanto Marco correu até a cozinha, Lídia pegou o exame de gravidez e colocou dentro da bomboniere que estava sobre a mesa de centro. Depois, ela se recostou novamente no sofá e fechou os olhos. Marco voltou com o copo de água e entregou a ela.

- Toma, vai te fazer bem.

Ela tomou e foi ficando melhor. Respirou fundo.

- Eu sinto isso todo dia. É horrível... Não sei se vou aguentar até o fim não.

- Tem que aguentar. No fim vale a pena.

- Como é que você sabe?

- Eu tenho uma irmãzinha de semanas. Minha mãe também passou por isso, mas agora está super feliz.

Lídia tocou o rosto dele.

- Lídia... ele falou, segurando a mão dela.

- Me deixa te beijar uma vez só... pra valer desta vez. Se você não pode ser meu, me deixa fazer isso... Um beijo só.

- Não posso...

- Ela nunca vai ficar sabendo...

- Eu vou. Já basta. Você precisa ir embora.

- Um beijo... e eu te deixo em paz...

- Eu não acredito mais em você...

Ela aproximou o rosto do dele e o beijou novamente, mas desta vez Marco não a evitou e, por pena, até correspondeu. Quando se afastaram, ele se levantou e saiu de perto dela.

Lídia colocou a mão nos lábios e fechou os olhos, sorrindo.

- Obrigada...

- Vá embora, por favor, ele disse.

Ela se levantou e apanhou a bolsa.

- Eu vou...

- Quer que eu te leve em casa?

- Proposta tentadora, mas não... eu estou com o carro da minha irmã.

- Eu vou te levar até lá embaixo.

- Não precisa... Você já fez muito em me ouvir.

- Você vai pensar no que eu falei, não vai? Se você tentar me meter nessa conversa de gravidez, ninguém vai acreditar em você. Todo mundo já sabe das suas ideias malucas. Não vale a pena se sujar por tão pouco. Você tem um filho que vem vindo aí. Pensa nele.

- Eu não consigo pensar em mais ninguém...

Ela foi para a porta e a abriu. Olhou mais uma vez pra ele e saiu. Ela fechou a porta atrás de si e ele ficou novamente sozinho. Alguns segundos depois, Marco abriu a porta novamente e foi até o corredor, pensou em ir atrás dela, mas se convenceu de que não adiantaria. Voltou para o apartamento e procurou pensar.

As mãos dele tremiam pelo nervosismo. Foi para o quarto e sentou-se na cama. Aquilo não podia estar acontecendo. Pensou em ligar para Amanda. Desceu. Jorge estranhou vê-lo descer logo depois da moça que tinha recebido a pouco, com cara não muito boa. Saiu da guarita e aproximou-se:

- Está tudo bem, Marco?

- Está... Eu vou ligar... pra Amanda... ele disse, sério.

- Essa coisa de ter que descer pra telefonar é um saco, não é?

- É... mas vão instalar o nosso telefone na sexta que vem. Logo isso acaba.

- Fique à vontade.

- Obrigado, Jorge.

O segurança se afastou e ele pegou telefone. Discou o número de Amanda com as mãos tremendo e passou a mão no rosto enquanto esperava. Depois do terceiro toque, Rita atendeu.

- Alô!

- Rita, oi... É o Marco...

- Marquito! Oi, paixão! Tudo bem?

- Eu preciso falar com a Amanda, posso?...

- Claro, meu lindo. Você está bem?

- Estou...

Rita estranhou o tom monossilábico dele, mas como Amanda já estava do lado dela, apenas passou o telefone.

- Oi, meu amor! - disse ela.

- Oi, eu vou passar amanhã cedo aí, pra te pegar...

- Está tudo bem? O que foi que houve?

- Nada. É que a gente precisa conversar...

- Eu já ia praí, de manhã. Não é melhor?

- Então vem, bem cedo.

- Está tudo bem mesmo?

- Amanhã a gente conversa... Eu te amo...

- Também te amo...

Ele desligou o telefone e Amanda olhou para Rita.

- Ele não está bem.

- Percebi também, falou Rita. – Quer ir até lá agora?

- Você se importaria? São quase nove da noite.

José apareceu na sala e ao ver as duas com feições preocupadas, perguntou:

- Quem era? Algum problema? Eu ouvi o telefone tocar...

- A gente vai até o apartamento, Amanda falou.

- Agora?

- Era o Marco no telefone. Ele não parece estar legal, aconteceu alguma coisa, Rita completou, já indo apanhar as chaves do carro.

- Não querem que eu leve vocês?

- Não precisa. Talvez não seja nada. A gente volta logo, ela falou, beijando-o.

- Não seria mais fácil ligar de volta?

- Ele está sem telefone. Até descer novamente... A gente vai num instantinho.

Amanda beijou o pai e saiu com Rita. Em quinze minutos estavam no apartamento da Otávio Machado e Marco estava sentado à mesa da cozinha, quando ouviu o barulho da porta se abrindo e foi até a sala. Estranhou ao vê-las entrar. Amanda chegou perto dele com ar preocupado e Marco a abraçou forte.

OBSESSÃO

PARTE II

DEUS ABENÇOE A TODOS

QUE ELE ABENÇOE NOSSOS ANJOS DA GUARDA HUMANOS

NÓS O TEMOS... ACREDITEM!

PAZ NO CORAÇÃO, LUZ NA MENTE, SAÚDE NO CORPO

E ESPERANÇA NA ALMA... SEMPRE!

SONHAR SEMPRE SERÁ DE GRAÇA!

OBRIGADA PELA COMPANHIA!

Velucy
Enviado por Velucy em 09/02/2021
Código do texto: T7180041
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.