MANDY II - REENCONTROS - PARTE 2

II – REENCONTROS

Marco abaixou até a irmãzinha adormecida e a beijou. Amanda fez a mesma coisa.

- Vamos sair daqui. Eu tenho pena de acordar. Depois a gente volta. Vamos até meu quarto. Eu quero separar umas coisas que eu deixei lá, que quero levar.

Ao entrar em seu antigo quarto, tudo estava ainda como ele havia deixado, só a janela estava aberta. Laila tinha deixado assim para arejar.

- Meu quarto... ele murmurou, olhando para tudo.

Ele aproximou-se da escrivaninha e deslizou os dedos sobre ela, lentamente. Depois foi tocar as cortinas da janela e sentou-se na cama, olhando em volta. Amanda ficou olhando para ele, respeitando seu momento.

- Eu pensei que não estivesse mais sentindo falta dele...

Amanda aproximou-se e o abraçou.

- Eu sei exatamente o que você está sentindo. Também tinha meu quarto na casa da minha avó, lá em Poços, e foi duro sair dele pra vir pra cá. Eu praticamente nasci lá. É difícil mesmo.

Marco a olhou nos olhos e sugeriu.

- Vamos até a casa do Teo?

- Acho melhor... ela disse.

Os dois se levantaram e ele colocou o braço em torno do ombro dela. Foram para a cozinha, onde Laila fazia a mamadeira de Mariana.

- Mãe, a gente vai pegar o Teo na casa dele e dar uma volta no clube.

- Não acordaram a Mariana?

- Não tive coragem... Ela acorda sozinha quando estiver com fome. Até já!

Laila sorriu.

- Manda um beijo pra ele.

- Mando... Tchau.

Apanharam Teo em casa e foram os três dar uma volta pelo clube. Sentaram-se em um banco debaixo das árvores e Teo falou:

- Ainda não me conformo, cara! Seu pai, te botar pra fora de casa... É um absurdo!

- Também não exagera, Teo. Eu tenho onde ficar...

- Mas... puts! Você sempre foi o melhor filho do mundo, meu! Ele pirou. Seo Antônio pirou!

- Obrigado pelo elogio! Eu lembro que você sempre disse que eu devia... virar marca de cigarro, não era?

- Como assim? - Amanda perguntou.

- Como era, Teo?

- Tinha o cigarro que era “O Fino que satisfaz”, não tinha? Você era “O Filho que satisfaz”!

Os três riram. Teo continuou.

- Esse cara já me livrou de tanta enrascada, Amanda, só por eu estar com ele na hora do “apronto”. Ninguém acreditava que eu tivesse feito alguma coisa errada, com ele por perto.

- Sério? Dá um exemplo, ela disse, segurando a mão do namorado.

Teo pensou e olhou para Marco.

- Conto aquela do estilingue?

Marco riu e respondeu:

- Conta.

- A gente estava encostado no muro da casa dele, aqui na João Dias, batendo papo. Brincando não sei de quê. Eu tinha... isso a uns... oito, nove anos atrás..., não é, Marco? Você era pivetinho.

- Eu tinha... dez e você doze pra treze, Marco ajudou.

- Pois é. Eu nunca gostei de ficar muito tempo parado ou fazendo uma coisa só, ainda mais naquela época. E paquerava uma garota que morava numa casa do lado da casa dele.

- Não era uma casa. Na época era um predinho de apartamentos...

- Isso! Ela morava nesse predinho. Era filha de um italiano chamado...

- Pietro. Ele ainda mora lá.

- Mas ela não está mais lá...

- Casou.

- É. Eu ficava olhando pra janela da casa dela toda vez que ia até a casa dele. Ela sempre aparecia, mas nem olhava pra mim, e quando olhava, dava uma de gostosa e entrava de novo.

- Como era o nome dela? - Amanda perguntou.

- Roseli...

- O nome da sua mãe?

- Pois é, não era pra ser mesmo.

Marco e Amanda riram.

- Teve esse dia que ela fez a mesma coisa. Saiu na janela e quando nos viu lá, deu um sorrisinho e um tchauzinho pro Marco, exclusivo e melento, e, depois de olhar pra mim, deu as costas, cheia de nojo e entrou novamente.

- Não me diga que ela paquerava o Marco?

- Você contava no dedo quem não estava na fila.

- Amigão, você, hein? - Marco disse, chutando a canela dele.

- E não é verdade? É porque você era muito boboca. Se fosse eu, no lugar dele, já tinha me casado umas duas vezes.

- Eu tinha dez anos, poxa!

- Era bobão e acabou. Bom, eu sei que eu fiquei tão mordido com a empáfia da nojentinha que peguei meu estilingue no bolso, apanhei uma pedrinha por ali no asfalto, mirei na janela... nisso o Marco já estava pedindo pelo amor de Deus pra eu desistir da ideia. O pai da menina era amigão do seo Antônio, mas eu estava querendo ver sangue. Queria ver o circo pegar fogo mesmo. Mirei e... pimba! Acertei em cheio a vidraça deles.

- Que loucura! - Amanda exclamou, rindo.

REENCONTROS

PARTE II

UM EXCELENTE DOMINGO A TODOS

DEUS OS ABENÇOE

E QUE TENHAMOS GRANDES E BOAS MUDANÇAS!

PAZ NO CORAÇÃO, LUZ NA MENTE, SAÚDE NO CORPO

E ESPERANÇA NA ALMA... SEMPRE!

SONHAR SEMPRE SERÁ DE GRAÇA!

OBRIGADA PELA COMPANHIA!

Velucy
Enviado por Velucy em 07/02/2021
Código do texto: T7178392
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