MANDY II - TEO E CLEO - PARTE 2
II – TEO E CLEO
Marco segurou forte sua mão, afastando-se dela e levantando rápido.
- Vamos trabalhar? - ele disse, indo para a sala.
- Vamos... Eu trouxe algumas coisas que a gente já ganhou da Rita, da sua mãe e até do meu pai que vão ser úteis... pratos e copos, talheres e a roupa de cama, ela disse, indo atrás dele. – Estão numas caixas aí no corredor.
Marco foi até a porta e abriu-a, vendo três caixas grandes perto da porta.
- Como você trouxe isso tudo até aqui sozinha?
- O zelador me ajudou.
Marco trouxe as caixas para dentro do apartamento. Começaram a ajeitar tudo. Amanda organizou o restante das roupas dele e forrou a cama de armar com um lençol, apanhou os cobertores e um travesseiro que já estavam dentro do guarda-roupa e os colocou sobre ela, enquanto ele tirava as embalagens de alguns eletrodomésticos e ajeitava a sala.
Muita coisa que tinha sido comprada para o casamento ainda estava encaixotada. Marco tirou tudo das caixas e colocou nos lugares certos. O apartamento foi aos poucos tomando um ar habitável. As cortinas, ainda guardadas, foram colocadas na parede da sala, nas janelas do quarto, do banheiro e da cozinha. Tudo como Amanda dizia que queria e o ajudava.
- A televisão que o meu pai comprou ficou em casa. Amanhã, ele falou que traz.
- Legal... Quando eu estou sozinho, eu ouço música. Eu trouxe o estéreo no carro. Vou lá pegar.
Ele foi e quando voltou havia um cheiro de chocolate quente no ar. Ligou o aparelho na tomada e o colocou sobre a estante e ligou. Depois foi para a cozinha e viu Amanda forrando a mesa e colocando copos e uma caneca de ágata com chocolate sobre ela.
Ela olhou para ele, encostado no batente da porta, observando-a e sorriu.
- Eu trouxe na bolsa. Fiz um chocolate bem quentinho. Está frio, hoje. Você vai dormir melhor.
- Boa pedida, obrigado.
- Acabou?
- Acho que sim, por enquanto...
- Senta então. Está servido a tomar um chocolate quente com bolacha de sal, cavalheiro?
Marco sorriu e acompanhou a brincadeira.
- Claro, senhorita.
Ele se sentou e ela colocou as bolachas num prato e o serviu, sentando-se e servindo a si mesma.
- Você acha que seu pai vai ficar zangado com a gente por muito tempo?
- Ele não está zangado com a gente. Está zangado comigo.
- Se está zangado com você, está comigo também.
- Acho que não... Ele vai ter que amolecer, nem que seja quando vir... nosso primeiro filho.
- Nossa! Isso vai demorar muito. Ele é tão duro assim?
Marco riu, tomando um gole de chocolate.
- Bom, pelo menos quando te vir entrar de noiva na igreja...
Ele tocou a mão dela sobre a mesa, deslizando o dedo sobre a aliança na mão dela.
- Nem acredito...
- Também não... Jura que você vai ficar bem?
- Vou...
- As aulas começam na segunda. Aí a gente volta pra rotina.
- Rotina? Não existe rotina naquela faculdade. Tem novidade todo dia. A começar pelo cabelo do Chu.
Eles riram.
- Acho melhor eu ir embora, Amanda disse.
- É... Obrigado pela ajuda.
- Me leva até lá embaixo? Meu pai e a Rita vêm me buscar daqui a pouco.
- Levo, ele disse, levantando-se e indo com ela pela mão até a sala.
Chegando lá, ele parou e a abraçou apertado.
- Hoje de manhã, eu saí de casa com uma sensação estranha de que estava sozinho...
- Não está... não pensa assim. Eu estou sempre com você.
Marco a beijou e encostou sua testa na dela, fechando os olhos.
- Eu te amo demais...
- Eu também, muito!
A campainha tocou. Amanda afastou-se dele e ele foi atender. Era Rita.
- Oi, gata!
- Oi, Rita.
- Boa noite, meu lindo! Você está bem? - ela perguntou, beijando Marco no rosto.
- Estou.
- Vai ficar bem, sozinho?
- Vou tentar...
- Se precisar de qualquer coisa, liga ou fala pra mim amanhã na agência que a gente providencia. Você não está sozinho, ok?
- Obrigado. Cadê o professor?
- Ficou no carro. Mandou um abraço pra você. Vamos embora, Amanda?
A moça se aproximou dele e o beijou.
- Tchau, vida.
- Tchau, anjo... Obrigado.
As duas saíram. Marco fechou a porta e encostou-se nela, olhando para tudo. Respirou fundo e uma sensação horrível de solidão apossou-se dele e ele deixou a vontade de chorar ser mais forte do que o que tinha tentado ser durante o dia inteiro. Nunca em sua vida tinha se visto tão sozinho. Deslizou o corpo pela porta e sentou-se no chão ali mesmo e chorou muito até a emoção passar.
TEO E CLEO
PARTE II
UM EXCELENTE DIA A TODOS
DEUS OS ABENÇOE
E QUE TENHAMOS GRANDES E BOAS MUDANÇAS!
PAZ NO CORAÇÃO, LUZ NA MENTE, SAÚDE NO CORPO
E ESPERANÇA NA ALMA... SEMPRE!
SONHAR SEMPRE SERÁ DE GRAÇA!
OBRIGADA PELA COMPANHIA!