MANDY II - MARIANA - PARTE 2
II – MARIANA
- Paulo? Qual dos dois é o Paulo?
O rapaz levantou-se nervoso.
- Eu!
- Seus meninos já nasceram. Estão bem e sua esposa também. Em uns quinze minutos, você já pode entrar para vê-los. Meus parabéns!
- Graças a Deus! - ele falou emocionado e aliviado.
A enfermeira afastou-se e ele abraçou Marco que disse:
- Meus parabéns! Eu não disse que não era pra se preocupar?
- Obrigado pela força. Espero que tudo saia bem pra sua mãe também.
- Obrigado.
- Tchau.
Ele afastou-se e foi atrás da enfermeira. Marco voltou a sentar-se, mas logo era ele quem não conseguia parar sentado. O pai estava demorando a vir com notícias. Quando a mesma enfermeira passou por ali, uma hora depois, ele a interpelou.
- Escuta...
Ela parou e olhou para ele.
- Pois não?
- Eu queria saber sobre Laila Ramalho. Ela entrou na sala de parto faz mais de uma hora. Você sabe se ela já teve o bebê?
- É sua mulher?
- Minha mãe...
- Ela ainda está na sala de parto. Vão fazer uma cesariana. Seu pai está com ela, não está?
- Está, mas... por que cesariana? Ia ser parto normal.
- Complicações normais.
- Complicações? - ele perguntou, apreensivo.
- Vai ficar tudo bem. Fique tranquilo.
Ela afastou-se novamente e foi aí que Marco ficou realmente nervoso. Chegou até a porta e olhou pela pequena janela de vidro que dava para outro corredor. Olhou em volta e, como não viu ninguém que pudesse impedi-lo de entrar, entrou. Andou até o final do corredor, olhando em todas as portas e dobrou à direita. Deu de cara com Antônio que já ia ao seu encontro.
- Oi! O que você está fazendo aqui? Não pode entrar!
- Eu sei, mas... Você demorou, caramba! A enfermeira disse que a mãe ia fazer uma cesariana... Está tudo bem?
- Agora está. Eu ia chamar você.
- Nasceu?
- Nasceu! Uma menina! - ele disse, com um grande sorriso nos lábios.
- Uma menina!
Os dois se abraçaram.
- Ganhamos outra mulher, filho! - disse Antônio, satisfeito, apertando o filho nos braços, emocionado.
- Já posso ver? - Marco perguntou, sem conseguir evitar as lágrimas.
- Não, ainda não. Vamos tomar um café aí fora, depois a gente volta. É uma garotona, cara! Linda! Parece com você.
- Por que teve que ser cesária?
- Sua mãe demorou muito pra ter outro filho, é coisa normal. A pressão dela aumentou... Mas valeu a pena! A garota é linda!
- Loira?
- Não, só se ficar depois, mas eu já disse: ela se parece com você. Mas o olho é escuro que nem o meu. Vamos tomar um café.
Uma hora depois, Marco entrava no quarto da mãe e a abraçava com cuidado, já que Laila não podia fazer ainda muitos movimentos.
- Gostou? - ela perguntou ao filho, com um sorriso enorme nos lábios.
- Amei, mãe! Amei!
- Ela vai vir daqui a pouco, pra você ver.
- E o nome?
- Seu pai não falou?
- Eu nem perguntei pra ele...
- Mariana.
- Mariana... Que doce!... Aprovadíssimo.
- Marco Antônio e Mariana. Meus dois amores... Laila disse emocionada, passando a mão pelo rosto do filho.
Marco beijou sua testa. Antônio entrou no quarto, aproximou-se da mulher, pegando sua mão e beijando-a.
- Marco, acho melhor você ir pra casa.
- Eu quero ver minha irmã.
- Depois, filho, a casa está sozinha. Vai pra lá, dorme um pouco e liga de manhã ou vai até a imobiliária avisar a Hilda que eu não vou trabalhar hoje.
- Não dá pra ver a menina antes de ir, não?
- Dá, disse a enfermeira, entrando no quarto com um embrulhinho que trazia Mariana envolta em cobertores.
Ela aproximou-se de Marco e perguntou a ele.
- Você é o irmão dela, não é?
Marco apenas confirmou.
- Quer segurar antes da primeira refeição dela?
- Quero...
Ele pegou a irmã nos braços, com todo cuidado. Olhou para a menina e sorriu.
- Ei, garota, bem vinda ao mundo! - ele disse, em voz baixa e carinhosa.
Mariana tentava abrir os olhos, mas a luz do quarto a impedia. Bocejou gostoso.
- Êh, vida boa!
Ele beijou suavemente o rostinho da garota, sentindo seu cheirinho de bebê, e a entregou para a mãe.
MARIANA
PARTE II
DEUS ESTÁ EM TODAS AS COISAS
ESTÁ NO IRMÃO
ESTÁ NA PALAVRA DITA COM AMOR
PAZ, LUZ, SAÚDE
E ESPERANÇA SEMPRE!
SONHAR SEMPRE SERÁ DE GRAÇA!
OBRIGADA PELA COMPANHIA!