MANDY II - PRIMA RITA-PARTE 7
VII – PRIMA RITA
Rita riu também e disse:
- Ela não sabe o que está perdendo...
- Ela não está perdendo nada... Eu sou dela. Sempre fui dela... Vou ser dela pra sempre...
- Isso é tão lindo... Mas eu só queria te testar... Só que a gente não pode mais... repetir isso...
- Claro que não... Mas que está valendo a pena, está...
- Que bom. Você estava tão tristinho quando chegou.
- Só espero não estar alegrinho demais amanhã... O pessoal não vai entender. A Amanda não vai entender...
Eles riram. Rita acariciou o rosto dele.
- Eu me lembro de quando você nasceu, sabia?
- Essa lembrança não combina muito com o momento... ele disse, sorrindo.
- Combina sim. Vai fazer você me tirar da cabeça depois...
- Eu nunca vou esquecer isso... Nunca vou te tirar da minha cabeça... Nem do meu corpo...
- Não importa... Eu tinha dezesseis anos e morri de inveja da Laila.
Marco riu.
- Que foi?
- Eu transei com uma mulher dezesseis anos mais velha que eu...
- Cala a boca, deixa eu contar. Ela estava tão feliz... O Antônio então, não se cabia em si de orgulho. Você era um menininho bonitinho, bem cabeludo! Cabelos bem pretos! Muito parecido com seu pai, mas com os olhos da sua mãe. Quando meu pai veio visitar a Laila, eu vim com ele e só queria ficar com você no colo. O Antônio, cheio de ciúmes, brigava comigo, aquele boboca. Dizia que eu ia mimar você. Imagine, mimar um recém-nascido! Por dentro, eu queria que você fosse meu.
- Você vai poder ter o seu agora, quando se casar com o meu sogro...
- É... que ironia...
Marco a envolveu num novo abraço, acariciando suas costas e apertando o corpo dela contra o seu. Deixou escapar um suspiro de prazer.
- Não sei como te agradecer por isso... ele falou.
- Só esse seu ar de felicidade e esse olho verde brilhante já paga. Eu adoro você, menino.
Ele sorriu e a beijou com força.
- Também te adoro...
- Então... cala a boca!
Não precisou dizer duas vezes. Amaram-se novamente e finalmente acabaram por adormecer, exaustos ambos.
Quando Marco acordou, o relógio digital marcava seis e vinte. Rita já não estava mais a seu lado na cama. Ele deitou-se de costas e procurou colocar a visão em foco. Depois, sentou-se, colocou o roupão e saiu do quarto. Tomou um banho, se trocou e foi para a cozinha, onde ela já estava preparando o café. Ela o viu na porta.
- Bom dia, gato! Você tem um reloginho biológico também? Eu ia te acordar.
- Tenho. Bom dia, ele disse, sentando-se perto do balcão. – Não precisava se levantar tão cedo. Lá em casa, eu acordo antes que meu pai e faço o café eu mesmo.
- Eu sei, sua mãe me contou, mas eu achei que você não ia acordar sozinho... hoje...
Ele sorriu e não disse nada. Rita colocou o café, o leite e pão sobre o balcão e sentou-se diante dele.
- Sirva-se.
- Volta pra cama. Eu me viro daqui. Eu sei que você não acorda antes das nove e meia.
- Pode deixar que, hoje, eu vou até a uma... Você está bem mesmo? - ela perguntou, colocando a mão sobre a dele.
- Graças a você. Obrigado, ele pegou a mão dela e a beijou. – Acho que posso ficar mais um ano sem...
Os dois riram.
- Não, em outubro, você vai ter sua princesa nos braços, garoto!
Marco fechou os olhos e respirou fundo.
- Se Deus quiser...
Ela o beijou carinhosamente na boca e acariciou seu rosto. Marco tomou café, vestiu o casaco e apanhou a chave do carro sobre a TV. Depois, olhou para ela, encostada na porta da cozinha.
- Estou indo.
- Está melhor mesmo?
- Mil por cento.
- Fico feliz... Só que essa foi a primeira e a última vez.
- Eu sei.
Ela aproximou-se dele e o abraçou com carinho.
- Sempre que precisar, não sendo pra isso, claro, estarei sempre às ordens.
- Eu te amo... sogrinha...
Rita sorriu e seus olhos encheram-se de água. Marco a beijou na testa, sentindo também vontade de chorar.
- Tchau, Rita.
- Tchau.
Ele saiu.
PRIMA RITA
PARTE VII
UM EXCELENTE DIA A TODOS
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
ELE ESTÁ EM TODAS AS COISAS
SONHAR FAZ PARTE DO CRESCER
E SEMPRE SERÁ DE GRAÇA!
PAZ, LUZ, SAÚDE
E RESPEITO SEMPRE
PARA TODOS!
OBRIGADA PELA COMPANHIA!