MANDY II - DÚVIDA - PARTE 2
II – DÚVIDA
Marco olhou de novo para a rua e continuou sorrindo.
- Eu vou ter que afastar o cara de você e da mãe e isso não me diz respeito? Bolas, seo Antônio! Claro que me diz respeito. Eu quero saber em que chão estou pisando.
Antônio respirou fundo:
- Foi... A Laila era apaixonada por ele... e ele por ela... mas quando eu apareci, a coisa mudou.
- Nossas histórias são bem parecidas, não são, paizão?
Antônio acabou por sorrir.
- É... Médio...
- Médio nada! Tudo igualzinho. As duas são loiras, até!
- Eu era pobre.
- Eu não tenho culpa de ter nascido burguês, Marco rebateu, sorrindo maroto.
- Você se considera burguês?
Ele olhou para a rua, pensou e respondeu:
- Às vezes... Quando eu vejo gente como a Débora e o Aldo agora, depois de ter sido colocado pra fora de casa e ter se casado tendo já um filho pra criar... Alguns colegas meus da faculdade... até mesmo o Chu que é filho de dono de pastelaria, mas não recebe um tostão do pai... Caras que têm que morar fora de casa e estudar e trabalhar... Me sinto meio... filhinho de papai sim...
- Isso machuca?
- Não é que machuca... Incomoda, às vezes.
- Quer que eu te expulse de casa? - Antônio perguntou, olhando para ele para ver sua reação.
Era para ser uma brincadeira, mas Marco não riu, nem olhou de volta.
- O que te faria me expulsar de casa, pai?
O sorriso sumiu da boca de Antônio.
- Eu estava brincando.
- Eu sei, mas responde, só pra informação.
Antônio pensou e encolheu os ombros.
- Não sei... Não te vejo fazendo nada tão... sério a ponto de me forçar a fazer isso.
- Mas, digamos que... seu filho seja o André ou o Aldo... Se eu... resolvesse me casar com uma moça que espera um filho de outro... ou engravidasse a Amanda...
- A atitude do Aldo foi maravilhosa. Ele não merecia ser expulso de casa. Agora... eu não gosto do André por N motivos, pelo que ele aprontava com você e... por ser filho de quem é. Mas agora dá pra entender tudo. No caso deles não cabe expulsão.
- E no meu?
Antônio olhou para ele e perguntou:
- Você não aprontou nenhuma, aprontou, Marco?
Chegaram à frente do prédio da imobiliária, Marco parou o carro, puxou o freio de mão e encarou o pai.
- Ainda não, pai.
- Eu não te expulso. Eu te mato.
Marco sorriu.
- Era isso que eu queria ouvir.
- Não me toque num fio de cabelo daquela garota antes de se casar com ela legalmente, entendeu?
- Ela já é casada comigo, pai.
- Uma ova que é! Cartório, entendeu? Registro civil e tudo, papel passado! Ouviu bem?
- Me responde outra coisa. Sério mesmo... Não é um direito meu?
- Você me prometeu isso quando me fez aceitar esse casamento absurdo, lembra?
Marco olhou para a rua e deixou o corpo se apoiar no banco do carro.
- Não me decepcione, rapaz. Você é muito criança ainda pra isso.
- Esse é o motivo real. Eu sou muito criança.
- Pra casar é!
- Então você me avisa quando eu crescer?
- Não brinque comigo, Marco.
- É sério! Eu trabalho, como você queria, tenho um carro, um apartamento, estou fazendo faculdade, como você queria, dezenove anos completos em junho... e ainda sou criança?
- Legalmente é! Você não acha?
- Não! Me chamar de criança é me chamar de imaturo, irresponsável e eu não sou assim. Sou tão responsável... que vou te contar uma coisa que consegui esconder de você direitinho e você nem desconfia... Se eu quisesse, se eu estivesse mesmo a fim de fazer algo irresponsável como o André fez e se a Amanda fosse outro tipo de garota... se eu não gostasse dela como eu gosto... já teria tido três chances...
Antônio olhou para o filho, surpreso.
DÚVIDA
PARTE II
UM EXCELENTE DIA A TODOS
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
ELE ESTÁ EM TODAS AS COISAS
SONHAR FAZ PARTE DO CRESCER
E SEMPRE SERÁ DE GRAÇA!
PAZ, LUZ, SAÚDE
E RESPEITO SEMPRE
PARA TODOS!
OBRIGADA PELA COMPANHIA!