PROFUNDO 27 IND 16 ANOS
- Te adoro. Leticia senta na mesa e Allan coloca as mãos nas pernas dela.
Jarbas sai do banho e logo coloca seu terno, pronto ele sai pelos fundos e entra no carro, Leticia ainda não fora, esta com certeza nos braços do noivo.
Leticia termina de se arrumar novamente sob o olhar de Allan.
- Viu seu safadinho, vamos nos atrasar.
- Valeu a pena, demais.
- Seu gostoso.
- Olha que eu vou querer mais.
- Depois, agora vamos?
- Sim. O casal sai dali indo para a cerimônia de Nalva.
A cerimônia fora feita por um pastor da igreja de Arnaldo, Nalva se emociona muito durante tudo ali, Dani sempre por perto lhe dando parabéns e apoio, fora a primeira pessoa a abraçar o casal.
Edú entrega o presente ao casal, uma viagem a Trancoso Bahia, com tudo pago.
- Sério, seu Edú, muito obrigado. Nalva não esconde sua felicidade e Dani se alegra com aquilo, momentos depois, Dani e Edú vão a mesa do buffet.
- Que pena que a Simone não veio.
- Amor, não tinha como, ela ainda esta um tanto abatida com o acontecido.
- Eu sei, ainda não acredito que ela sofrera aquilo.
- Nem eu.
- O bom é que ela não esta só.
- Sei, doutor Marcelo.
- Sim, Marcelo, acho que eles finalmente vão ficar juntos.
- Se esqueceu, ele esta separado mais tem uma namoradinha.
- Nada sério, amor, de quem ele gosta de verdade e ama é sua irmã, minha cunha.
- Eu deveria é ir lá e acabar com toda essa graça isso sim.
- Nem pensar, deixe-os eles são maiores e tem o direito ao amor.
- Tá você tem razão.
- Eu sei que tenho amor. Beijos.
Simone ali no tapete com Marcelo maratona a sexta série da semana deles num streaming.
- Olha, o cara vai fugir.
- Será?
- Certeza, ele vai fugir, sair do carro e correr.
- Não sei não.
- Esta vendo.
- Que safado, amor você entende mesmo hein.
- Um tanto óbvio.
- Bem, por este lado, sim. Beijos.
- Vamos sair?
- Onde?
- Sei lá, um chopp, petisco?
- Bar?
- Pode ser.
- Tudo bem, vamos.
- Sério?
- Claro, amo ficar aqui, mais temos de ver gente além de nós.
- Concordo.
- Então vamos?
- Agora.
- Banho?
- Partiu, não é assim que se diz. Risos.
Marcelo já vai se despindo e Simone também, ambos seguem para o banho.
Quase uma hora depois, eles num bar com música ao vivo, chopp e porção de camarão.
- Adoro isso.
- É bom.
- O que foi amor, não queria vir, a gente pode ir agora?
- Não, eu gostei, é que……………
- Fique tranquilo, eu te entendo, o Hércules morreu, ele não vai voltar.
- Simone.
- Eu sinto, sabe, muito, choro ás vezes, mais ele mesmo sempre me disse que não devemos parar de viver.
- Nossa, muito sábio ele.
- Sim, um cara para lá de boa praça.
- Você o amava?
- Sim.
- E eu?
- O que acha, afinal estou aqui contigo.
- Te amo.
- Fala de novo.
- Te amo.
- Bobo.
Marcelo beija Simone quando ouve.
- Boa noite.
- Oi, boa. Ali na frente do casal, a namorada de Marcelo na companhia de um rapaz.
- Olá.
Momentos depois, Marcelo ali em outro espaço do bar em pé frente a ela.
- Então………..
- Fique tranquilo, eu já sabia, sempre soube, nossa relação tinha prazo de validade, de boa.
- E o garoto?
- Vida que segue, não é assim o ditado?
- Certo, bem, eu te desejo toda sorte que não pude te dar.
- Eu sei que sim, te desejo o mesmo, sempre.
- Então………...felicidades.
- Sim, obrigado, tudo foi muito louco entre a gente, tchau.
- Tchau.
Sem abraço ela sai deixando ele ali, mais um pouco, depois ele segue para sua mesa onde Simone o aguarda.
- Tudo certo entre vocês?
- Acho que sim, pelo menos para mim, sim.
- Ela é muito inteligente, com certeza já suspeitava da gente.
- Será?
- Com certeza, sim.
- Como vocês são tão avançadas nestes assuntos?
- Somos mulheres, conhecemos outras e nos conhecemos, sabe que na real já dominamos vocês há muito tempo?
- Acredito e muito. Beijos.
30122020…………………
A festa rola numa boa quando Dani sai de uma sala indo para outra, nisso Ellis pede para Glads que busque água para ela na cozinha dali, a água que estão servindo não esta na temperatura que ela gosta.
- Sim amor.
Glads segue para a cozinha quando Dani ao passar por um grupo e cumprimentar a esposa de um amigo ela esbarra em um garçom, champanhe lhe cai no braço e respinga em seu vestido, ela opta por ir na cozinha e secar com pano.
- Por favor, um lenço ou qualquer coisa para secar-me.
A funcionária dali traz um pano para ela e a ajuda ali, Glads pega a água com gelo e ao seguir para a saída da cozinha fica frente a Dani.
- Allan?
- Eu, não senhora, me chamo Glads.
Dani desmaia ali, a funcionária grita, Glads a segura amparando-a, Leticia vê um certo movimento sentido cozinha e pede a Allan que vá com ela até o local.
- Para quê amor?
- Vamos, estou com sede.
- A gente pode pegar água aqui.
- Não, acho que deixei um brinco e foi por ali.
Eduardo logo chega ali e vê sua esposa amparada nos braços de um homem desconhecido.
- Senhor.
- Fique bem amor, o que houve, ela desmaiou por quê?
- Não entendo senhor, ela me chamou de Allan e daí………
Só então Edú olha para Glads ali e gela ao ve-lo melhor.
- Quem é você?
- Pai.
Allan corre ali ao ver a mãe, já junto do pai ele a leva a um sofá ao canto onde Eduardo auxilia o filho que afere a pulsação da mãe, Glads ainda ali, logo vai se afastando até que….
- Fique por favor.
Glads ali frente a Leticia.
- Dona Leticia.
- O que foi Glads, fico feliz que tenha vindo, só preciso que fique mais um pouco.
- Não entendo senhora?
- Não deseja saber mais de sua vida, sua história, meu rapaz?
- Como assim dona Leticia?
Jarbas surge ali quando Leticia segura a mão de Glads o aproximando de seu noivo.
- Por favor Leticia.
- O que foi Jarbas?
- Não faça isso, ainda não é o momento.
- Eu já te disse, odeio que deem ordens.
Glads ali diante ao empasse, Allan atendendo a mãe que vai retornando aos poucos, ele vê a noiva com outro.
- Leticia, o que é isso?
- Me desculpe amor, este é o Glads meu funcionário lá do clube, na verdade ele é o novo gerente de lá.
- Se, e…………….
- Tudo me faz crer, ele pode ser o seu irmão.
- O quê?
Eduardo sai indo até Leticia, segura ela nos braços.
- Que brincadeira de mau gosto é essa sua, garota?
- Primeiro, não é brincadeira, segundo não sou garota há muito tempo, sou uma mulher e você sabe e muito bem disso.
A confusão é instalada, a esse tempo só a música permanece ali no ambiente, todos estão apreciando o festival de revelações.
Dani já firme ali olha para Glads.
- Quem é você mesmo?
- Sou Glads, eu não tenho irmão, não que eu saiba, só pra deixar claro.
- Bem, eles se parecem e muito.
Allan olha para Leticia, lágrimas descem nos olhos.
- Foi por isso que você tanto insistiu em vir para cá?
- Não, eu não sabia até então, mais desconfiava só então fui juntando as peças, você tem de acreditar em mim, amor.
- Você não presta, só agora eu vejo toda a verdade, sua bandida, maus caráter, sai daqui.
Leticia olha para Jarbas.
- Ele, eles não sabem de nada Jarbas, pelo jeito.
Eduardo leva Leticia para uma outra sala, os outros vão atrás, ali ela conta tudo o que sabe e faz Jarbas declarar ali a paternidade dos dois.
- Não pode ser.
- Mais é, com certeza alguém ai de vocês sabe que não estou mentindo.
Dani termina de ouvir aquilo, olha para Edú que traz lágrimas aos olhos.
- O que foi amor, você sabe de algo, vai diz logo, não quero mais segredos, me conte, amor?
- Me perdoe.
- Como assim, não………………, pode ser, o meu marido, meu marido me esconde algo, o que mais, o que mais?
Vocífera Dani ali, Leticia se prepara para sair.
- Onde você vai?
- Para minha casa, por que?
- Fez o que queria, acabar com a minha vida e de minha família, agora você sai assim, como se estivesse fazendo o certo?
- Esta vendo por que eu te disse que deveríamos esperar para o casamento, taí a resposta, adeus amore.
- Volta aqui.
Allan grita, tenta segura-la, Jarbas intervém.
- O que foi, seu leão de chácaras, é isso, vai me matar?
- Por favor doutor.
- Vai mesmo?
- Por favor.
Leticia olha para eles.
- Já chega Allan, saiba, meu amor por você é fisico, nunca espiritual, não preciso de você para nada, me fiz só, Jarbas fique, eu já pedi um táxi, adeus.
Leticia sai dali, Allan tenta segui-la mais Jarbas bloqueia a porta.
- Ele me enganou, me enganou todo esse tempo.
Dani vai até Jarbas e Glads.
- E ele?
- O Jarbas é meu pai.
Jarbas não esconde por momentos sua felicidade ao ouvir aquilo vindo de Glads.
- E então?
- Eu não sei senhora, só me deixe ir, eu esqueço tudo isso, o rapaz ai já tem a vida dele e muito boa, eu sigo a minha do meu jeito e pronto.
- E sua mãe?
- Esta em casa, junto de meu avô.
A porta recebe uma leve batida, logo é aberta.
- Amor.
- Oi, sabe, esse pessoal aqui……….
- Dona Dani, sr Eduardo, boa noite, Glads o que eles querem aqui com você?
- O que ele é seu?
Danielle pergunta a Ellis.
- Meu namorado.
Ellis se íntera rapidamente do ocorrido, quando decide por falar a todos ali de Luciana ser a tia de Glads.
Arlete termina de olhar as crianças que dormira, nisso toca seu celular, ela atende.
- Oi, o quê, quando, mais essa, melhor assim, eles vão vir para cá, meu filho já sabe disso tudo, o quê, o outro também, sua tia, mais por favor, tá, tá certo, obrigado.
Ela desliga e olha para ao redor, Lourival entra ali.
- O que foi dessa vez Arlete?
- Não sei, recebi uma ligação que ainda não consigo acreditar.
- O que foi, foi tudo ás claras, finalmente poderemos dormir em paz, sem mais segredos, é isso?
- O sr já sabia, sabia de tudo?
- Minha querida, nada é escondido por tanto tempo, e outra, não somos tão culpados, a situação naquela época era outra, fizemos o que tínhamos para fazer.
- Eles estão vindo para cá.
- Quem?
- Todos eles, vô, todos, a família do outro, do outro meu filho que tive de deixar naquele hospital.
- Ligue para a Luciana, é melhor que ela esteja aqui, afinal ela é peça fundamental nisso tudo.
- E se ela………….
- Ela vai vir, ela pode ser tudo que não presta, mais não é louca, afinal, sabe que tudo isso pode se tornar um crime nas mãos de gente rica.
- Vou ligar para ela.
- Ligue logo.
Arlete faz a ligação a Luciana, que em certo já desconfiara que isso poderia acontecer.
0101220221…..
27
Ali na sala, Dani e Edú ouve atentamente tudo que Luciana lhes diz, Simone junto de Marcelo que quisera ir para deixa-los mais tranquilos com aquilo fora pedido que ficasse e servisse de testemunho do que iria acontecer.
- Como pôde?
Dani pergunta ali para Luciana que sem palavras fica cabisbaixa, Edú ampara a esposa que sai de seus braços e parte para cima da mulher ali lhe dando tapas, Glads intervém.
- Deixe minha tia, ela pode até ter sido errada, mais ela fez o que tinha a ser feito na época, eu a perdoo, vocês também deveriam perdoa-la, afinal se tem um filho agradeça a ela.
- Você não sabe o que diz, eu criei ele tendo como meu filho, meu filho saído de mim. Grita ali Dani a todos.
- Quer dizer mãe, que o fato de eu não ter saído da senhora me faz diferente, de agora pra frente a senhora vai me ignorar, é isso mãe?
- Não, não, me perdoe, eu estou muito nervosa, perdoa a sua mãe meu querido, sim, você é sempre será o meu filho, meu filho amado e querido, meu filho só meu, estão ouvindo bem ele é só meu, meu filho.
Todos atônitos ali com aquilo, enquanto Dani abraça fortemente a Allan que chora com tudo aquilo, Glads se afasta com a tia quando Dani o recolhe para junto dela e o abraça, Edú entende aquilo e os abraça.
- Me perdoe rapaz, você não tem culpa de nada.
Arlete vem a ela e esbofeteia Dani.
- Nunca mais toque em meu filho.
- Que amor de mãe é esse, você não é digna de ser mãe, nem uma cadela abandona os seus?
- Para que não morressem de fome, sabe o que é isso, não sabe, você não sabe é nada da vida mais eu e este rapaz sabemos, os dois são meus, ue sei e entendo que o seu jamais me aceitará, nem eu quero tira-lo de vocês mais daí você vir aqui e me julgar, não, isso não, e nunca mais toque na minha irmã ou em qualquer um dos meus, entendeu?
- Me desculpe, eu fiz sem querer, me perdoe, por favor.
- Acho que ja dizemos muito uns aos outroa aqui, agora só resta duas coisas, ou a gente se entende ou seguimos do jeito que estava, pronto.
Dani olha para ela e se ajoelha aos choros agradece pelo filho que recebeste.
- Não sabe o quanto ele me faz feliz, ele é tudo para mim, tenho uma vida perfeita, agora sim, entendo, por favor não me tire, ele é meu.
- Jamais, ele é seu filho, eu o gerei, mais ele é seu, foi muito bem criado, eu só tennho de agradecer a vocês dois, que Deus os abençõe, de coração muito obrigado.
Jarbas se aproxima de Arlete e a leva para si, Allan olha tudo aquilo ainda não crendo em tudo, Edú o abraça e Dani se junta a eles.
- Melhor selarmos isso com um bom café, o que acham?
Entra Lourival com uma garrafa e alguns copos equilibrados sabe -se -lá como, Glads ajuda o vô, todos tomam do café e o clima aos poucos vai se amenizando deixando um ar de alegria e emoção.
Jarbas ao ver a cena de calmaria entre eles se despede saindo, quando Arlete decide por ir com ele até o portão.
- Obrigado por ter vindo e ter me defendido.
- Você sempre foi meu grande amor, tão grande que não soube como lidar com ele.
- Nisso você está totalmente certo.
- Obrigado.
- Pelo?
- Por nossos filhos tão diferentes e tão lindos.
- Agora já sabe, só temos um, o outro é deles e quem sabe um dia nos aceitará nem que seja como amigos.
- Amigos, sim, eu já os aceito.
Ali parado perto deles, Allan e Edú recebe o abraço de Arlete e Jarbas, de longe Glads assiste aquilo com lágrimas nos olhos.
- Esta esperando o quê para se juntar a eles, hein, um convite timbrado?
Lourival diz aquilo ao neto que corre eo abraça, Dani e Simone assistem aquilo emocionadas e vão para junto deles, seguida de Ellis e os outros.