MANDY II - PRIMEIRA CENA DE CIÚME - PARTE 4
IV – PRIMEIRA CENA DE CIÚME
Marco não disse nada. Olhou para o garotinho que olhava para ele também e dava leves tapinhas em seu rosto, falando com ele na sua linguagem bem peculiar que só ele próprio entendia.
- Eu vi o pai do André, hoje.
Débora olhou para ele rapidamente.
- O quê?
- Ele descobriu a história toda e está uma fera com o André. Foi me procurar na faculdade, querendo seu endereço. Eu não dei, nem o André, mas ele quer o neto com ele.
- Ah, meu Deus! Mais essa!
- Fica calma. Enquanto você estiver aqui em casa, está tudo bem. Se depender de mim, ninguém vai tirar o Júlio de você.
Ela sorriu e o beijou no rosto.
- Obrigada...
Marco acariciou o rosto do afilhado e o trocou de braço, pois o menino já demonstrava que sua fome era urgente.
- E a Amanda, Marco? Você não ficou zangado com ela, ficou? Não aconteceu nada de mais. Ela estava só ensinando o Alberto mesmo.
Ele deu um leve sorriso e não disse nada.
- Você acredita nisso, não?
- Eu o vi engolindo a Amanda com os olhos, Débora. Ela é muito ingênua. Aquele cara deve saber mais de Matemática que o Einstein. Ele quis só se aproveitar da situação.
- Não quis. Ele realmente está perdido na Matemática do Cassiano.
- Não tem cara de burro.
- Se você se refere à boa aparência dele... beleza não diz da inteligência de ninguém. Nem todo mundo é como você.
- Êh, vamos parar?
Ambos riram. Júlio começou a se agitar no colo dele e recomeçou a resmungar.
- Mãe, eu estou com fome! - Marco falou pelo menino.
Laila apareceu com a mamadeira pronta e tirou o menino dos braços dele.
- Pode deixar, dona Laila, disse Débora. – Eu assumo a partir daqui.
Ela pegou o filho e sentou-se no sofá para alimentá-lo. Laila disse:
- Filho, vá tomar seu banho que o jantar já sai e você vai levar a Débora pra casa. Ela vai levar o jantar do Aldo daqui. Ele ainda não sabe que ela já está trabalhando com a gente.
- Sim, majestade, ele disse, beijando o rosto da mãe.
Débora riu. Ele já ia para o quarto, quando o telefone tocou. Parou. Laila atendeu.
- Alô!... Oi, meu bem! Como vai?... Está sim. Espera um pouquinho... Marco, é a Amanda.
Ele olhou para Débora que correspondeu ao olhar.
- Eu atendo no quarto.
Marco correu para lá e apanhou o telefone sobre a escrivaninha, levando-o até a cama e deitando-se nela. Pigarreou, tirou o fone do gancho e atendeu.
- Oi, queijinho.
- Tudo bem?
- Quando você parar de dar aulas particulares praquele bobão, vai ficar bem melhor.
- Você ainda está com isso na cabeça? Marco, não houve nada de mais.
- Na sua cabeça, amor. Na cabeça dele e no resto do corpo passou muita coisa.
- Ai, não sabia que você era tão maldoso.
- Você não viu o que eu vi.
Ela respirou fundo e falou, decidida:
- Eu não vou me afastar do rapaz, só por isso.
- Ah, minha opinião não tem a mínima importância.
- Tem toda importância, mas não nesse caso.
Marco ergueu as sobrancelhas e jogou de volta.
- A Lídia me pediu pra dar uma ajudazinha em Literatura. Eu posso?
- Marco Antônio, não brinque com isso.
- Direito é direito.
- Não compare a Lídia com o Alberto. Ele nem me conhece direito.
- Você já contou para ele que tem um namorado que é quase seu marido?
Amanda ficou em silêncio e sorriu discretamente. Diante de seu silêncio, ele insistiu:
- Caiu da cama, Mandy?
- Não, estou de pé e bem firme. Ser ou não meu namorado e quase marido não te dá o direito de me amarrar. Não queira fazer o mesmo que o Otávio fez.
Marco ficou em silêncio também e a brincadeira acabou.
- Você está aí ainda, Marco Antônio? - ela perguntou.
- Não me compara com ele não, tá?
- Eu não tenho nenhuma intenção de fazer isso, mas minha liberdade é mais importante que qualquer coisa.
Marco ficou em silêncio de novo.
- Marco...
- Acho que seria bom... eu ir até a igreja e cancelar essa besteira que eu fiz..
- O quê?
- Essa aliança no seu dedo deve estar apertando demais.
- Não foi isso que eu quis dizer. Eu me apaixonei por você justamente por que você parecia acreditar nisso. O que me prende a você não é essa aliança. É o meu amor. E ele não me impede de fazer as coisas que eu acho certas.
Marco fechou os olhos e respirou fundo, aliviado.
- Prefere falar disso pessoalmente, amanhã? - Amanda perguntou.
- Não... Mas fica esperta com o Alberto... por mim.
- Fico. Não se preocupe. Eu te amo pra sempre. Boa noite.
- Tchau, queijinho.
Ele desligou o telefone e foi para o banheiro tomar um banho. Jantou e foi levar Débora e Júlio para casa. Quando o carro parou diante da casa dela, Débora falou:
- Você não vai brigar com a Amanda, amanhã, vai?
- Você ficou preocupada com isso mesmo, hein?
- Fiquei, porque eu gosto muito dela. Me doía ver a carinha dela vermelha de chorar por sua causa quando vocês se separavam, no final do ano. Não quero ver vocês separados de novo.
- Ei, comadre, ninguém vai se separar e, não sei se te contaram, mas eu também sofri, sabia?
- Sei, mas os homens aguentam mais.
- Não aguentam, não. Vocês são bem mais fortes que a gente. Você é a prova. O André está só o bagaço e você está aí, firme, querendo trabalhar e ajudar seu marido a criar seu filho.
- Se não fosse a força do Aldo, sua e da Amanda, eu não sei onde eu estaria agora... talvez morta...
- Não fale assim, ele disse, segurando seu queixo. – A gente está com você sempre, pra tudo. Agora, deixa eu ir embora. Dá um abraço no Aldo por mim. Não vai dar pra esperar por ele. Quem vai te levar lá pra casa, amanhã? Você não vai pegar condução com o Júlio no colo, vai?
- Seu pai falou que quando for almoçar, passa por aqui e me pega. Mas eu não quero isso todo dia. Vou acabar dando despesa e não ajudando.
- Que é isso? Meu pai não faria isso se achasse que daria prejuízo. Assim você deixa todo mundo mais tranquilo. Ele fica tenso só de pensar na minha mãe sozinha lá em casa, no estado dela. E olha que é só o quarto mês, hein?
- Você deve estar curtindo muito isso, não é?
- Demais. Eu sempre quis ter um irmão. Esse veio um pouco tarde, mas... tudo bem. Vai brincar com os meus filhos, já que não vai dar pra brincar comigo.
Os dois riram.
- Tchau, Debbie! - ele falou, beijando o rosto dela.
Ele olhou para o afilhado dormindo no colo dela e falou baixinho.
- Esse garoto é a cara do Aldo. Tem certeza que não é dele?
Débora apenas sorriu triste, balançando a cabeça, negando. Ele beijou o menino e ela saiu do carro. Marco foi embora.
PRIMEIRA CENA DE CIÚME
PARTE IV
DEUS ESTÁ EM TODAS AS COISAS
SONHAR FAZ PARTE DO CRESCER E SEMPRE SERÁ DE GRAÇA!
Que TODAS AS NOSSAS SENHORAS abençoem a todos nós!
Obrigada e que A de sua devoção proteja toda sua família!
PAZ, LUZ, SAÚDE
E MUITAS BÊNÇÃOS A TODOS
ESPERANÇA E CONFIANÇA NO FUTURO SEMPRE!
E OREMOS POR NOSSO PRESIDENTE CRIANÇA!
OBRIGADA PELA COMPANHIA E QUE TODOS TENHAM UM BOM DIA!