PROFUNDO 24 IND 16 ANOS

A viagem de Cristiano e Teresa esta para acontecer daqui há dois dias, Luciana pedira suas férias e fora para a casa de Lourival, ali ela ajuda Arlete no cuido do velho, fazendo assim que a irmã possa sair para a coleta de reciclados.

- O que faz aqui, você nunca gostou de mim?

- Cale a boca, seu velho resmungão.

- O que foi, viu que o seu destino te deixou isolada, é isso?

- Por que aquele canalha pode e eu não?

- Por que ele tem uma luz quase que perfeita já a sua, pura imperfeição.

- Na real, você é que me odeia, sempre me odiou.

- Vai grite, xingue, faça igual a outra louca da casa, vai.

- E ela velho, aceitou numa boa a volta do Jarbas?

- Isso nunca saberemos, Arlete é uma excelente atriz quando lhe convém.

- A vó que dizia isso, sempre que nos via aos cantos.

- Aquela mulher sim, a grande sábia da família.

- Que você deixou que morresse.

- Você não sabe o que diz.

- E o Glads?

- Este ainda terá um grande deserto para atravessar e terá de faze-lo sozinho, mais acredite, ele é muito mais forte do imaginamos, é como eu na minha mocidade.

- Faça ele ser feliz, por que sempre a infelicidade nos persegue.

- Talvez seja por que vocês dão ouvidos a qualquer balela menos aos ensinamentos dos antigos, se entregam a amores falsos e sujos.

- Nisso você tem razão, eu sempre gosto dos piores.

- Mais fique tranquila, vai mudar, algo de bom vai te acontecer.

- O que velho?

- Vai aparecer um homem bom, digno e honesto.

- Quando?

- Logo, você o conhecerá por acaso, será um grande amor, acredite.

- Eu sei que fala a verdade.

- Tomara que reconheça o que digo e não me ignore quando estiver na bonanza.

- Vou ser rica?

- Não quanto o quer, mais terá sua situação financeira bem melhor que agora.

- Tomara que seja logo, estou cansada de ficar me jogando em caras ruins.

- Também, você é ruim.

- O que foi agora velho?

- Eu minto por acaso, não se esqueça, você tirou o filho de sua irmã, ainda recém nascido.

- Era aquilo ou morrermos de fome.

- Até concordo, mais veja bem, não foi um papel de caridade o que fez.

- Precisávamos fazer aquilo, os tempos eram outros, horriveis.

- Sabe que terá de enfrenta-lo, contar tudo a Jarbas.

- Contar o quê vô?

Glads entra ali, Luciana fica aterrorizada ao ver entrar atrás do rapaz, Jarbas.

- Jarbas.

- Não pode ser, Luciana?

- Sim, sou eu.

Glads interrompe.

- Tia a senhora também conhece esse homem?

Lourival diz.

- Seu pai, ele é o seu pai.

- Sim, eu o conheço.

Jarbas estende a mão para ela, Luciana o cumprimenta e logo sai dali.

- O que houve com ela?

- Peso na consciência, só isso.

Jarbas pega o assunto de imediato e sai para procura-la.

Leticia termina as últimas compras de seu enxoval, Jarbas não ficara ali por ter ido com Glads até a casa do mesmo, tinha assuntos para resolver, ela decidira por então contratar alguns seguranças, que ao fim lhe serviram de carregadores de sacolas.

- Nossa, como é delicioso gastar.

Duas viaturas param á beira da estrada, e com pás descobrem o corpo todo deformado de Ivo na cova, já chega em seguida a científica e faz coleta para exames de DNA.

Renato ali deitado com Sandra ouve um som romântico antigo, a mulher é só carinho para com ele.

- A gente deveria ser mais cauteloso.

- Com o quê?

- Sei lá, tenho medo que tudo isso seja um sonho.

- Eu te amo, Sandra, você é a mulher da minha vida.

- Mais somos jovens demais.

- Você confia em mim?

- Sim.

- Te amo. O casal ali sozinhos se entrega ao amor num outro nível, agora os corpos ditam as regras, sem o controle moral.

14122020……………..

Luciana recebe diversos cartões postais da Escócia, que a faz chorar por quase todas as noites em que esta de folga ali no seu apartamento.

Arlete até ficara com ela por duas noites diante a tanta insistência de Luciana, aproveitara uma folga de dois dias que Glads obtivera devido a detetização do clube.

Jarbas chega no apartamento no horário marcado, o porteiro o anuncia, ela libera a entrada, agora ali frente a porta, Luciana o olha pelo olho mágico e abre.

- Olá.

- Oi Luciana, então, eu vim, o que tem para me dizer?

- Que bom, direto e consciso, como nos velhos tempos.

- O que foi?

- Serei direta contigo também, o seu filho recém descoberto tem um irmão.

- Então é sério mesmo, ele é gêmeo?

- Sim, não univitalino mais possuem semelhanças bem comuns.

- Então você sabe onde esta o meu outro filho?

- Sim, mais calma ai, eles só tiveram sua participação mínima, só isso.

- Onde ele está?

- Muito bem, é filho de uma grande família, bem conceituada e donos de muita coisas, ele é praticamente milionário.

- O que isso importa diante ao fato de não ter sido criado junto do outro?

- Pare Jarbas, você não é nenhum poço de decência e moral aqui.

- O que diz?

- Também me preparei para isso, sei que no AMAZONAS, você saiu para outros países, tráfico de armas, drogas e grilagem de terra entre outros.

Jarbas se aproxima mais de Luciana.

- Então sabe que não tenho nada a perder diante ao que ouviu, eu quero ver o meu outro filho, agora.

- Bem, isso você até poderá.

- Como assim?

- Ele é médico, vou te dar o cartão do consultório, agende uma consulta e assim poderá ve-lo.

- Lógico que irei, mais sem consultas, quero ve-lo, só isso, ve-lo.

- Sei.

- O que foi Luciana, te conheço muito bem, bem mais do que aqueles lá de sua família, sei do que é capaz, com certeza lucrou algum com o irmão de Glads?

- Sim, ganhei o necessário, mais eu não pedi, somente eu ajeitei o melhor destino para o recém nascido, só isso, afinal eles tinham tudo, tudo que o dinheiro pode comprar e tanto mais, mais a felicidade de um filho, isso eles não tinham, eu só acertei isso para eles.

- Você vendeu a criança?

- Não, quando quiser vá falar com o velho e Arlete, eles sabem muito bem, ou eu deixava a criança diante a um destino limpo e saudável ou teria morrido de fome, como vê, ele ficou melhor que o outro, bem melhor, estudou em excelentes colégios, se formou, é um médico.

- Você é uma louca.

- Diga o que quiser, ao fim ambos estão bem, lógico que o outro teve brilhantes oportunidades e as agarrou e soube usa-las a seu favor.

- Você não presta mesmo.

- Igual a alguém aqui na minha frente que deixou minha irmã quase morrer de infelicidade, ali desolada e com duas almas na barriga, sabia, que ela tentou suicidio por algumas vezes, por sorte eu e o velho a salvamos, quem é você para me dizer de erros e acertos a essa altura do campeonato, fiz e faria tudo de novo, garantiria sim o futuro dele e o sustento do Glads, sim eu o faria.

- Não quero mais olhar para sua cara.

- Tanto faz , adeus.

Jarbas sai batendo a porta.

Mafalda ali no restaurante com um novo professor da escola, eles estão se conhecendo, mais ela já demonstra sentir-se á vontade com ele, depois da sobremesa, o casal ali de mãos dadas sai do restaurante e param numa pracinha, logo vem o circular e ele entra neste, Mafalda lhe joga um beijo e sai para um estacionamento pago, retira seu veiculo e segue para sua casa, lá chegando encontra Hellen aos gritos com Renato.

- O que houve?

- Olha mãe, encontrei isso no meu quarto.

Mafalda pega da mão da menina uma calcinha comestível.

- O que significa isso Renato?

- Mãe, a gente só estava………..

- Por favor Hellen, vá para o seu quarto tenho que ter um particular com seu irmão, por favor.

- Mais mãe.

- Vai filha, por favor.

Hellen segue para o seu quarto e Mafalda ali frente ao filho.

- Eu coloquei tanta confiança em vocês e agora isso.

- Mãe.

- Por favor, me diz que vocês se preveniram?

- Bem eu………….

- O quê Renato e se essa moça engravidar?

- Engravidar?

- Sim Renato, ela pode muito bem estar no período fértil, bebês.

- Não mãe, isso não.

- Agora é um tanto tarde, ligue para ela, eu quero falar com os dois.

- Tá tudo bem.

23

Mafalda ali frente a Renato e Sandra, ouve quase nada deles, Sandra se mantém cabisbaixa quase que o tempo todo.

- Vocês não podiam ter esperado mais?

- Mais o quê mãe?

- Você não é tão ingênuo, Renato, Sandra.

- Mãe.

- Já se imaginaram pais na idade que estão?

- Pais?

- Sabem que o que fizeram pode ocasionar várias atenuantes dentre elas uma gravidez, sem falar nas doenças que estão por ai.

- Cruzes mãe, o que fizemos foi um ato de amor.

- Me respeite Renato, ainda sou sua mãe, não se esqueça disso, ouviu bem.

- Dona Mafalda, não, eu não posso ser mãe, sou muito nova e tenho outras prioridades antes disso.

Mafalda os olha ouve tudo que a jovem tem a dizer em sua defesa, por alguns minutos se mantém neutra, logo ela inicia um riso, sua mente é invadida por lembranças de quando jovem e das loucuras que cometera junto de seus paqueras, mesmo assim sabe que tem de se manter austera ali afinal é a adulta ali, terá de tratar deste assunto de forma imparcial.

- Bem, penso, já aprenderam muito com isso tudo, tomem cuidado e olhem, deixem certas coisas para o seu devido tempo, acreditem terão muito tempo para tudo ou quase tudo, curtam vocês a liberdade de namorar e andar juntos sem ter que ficarem com a mente em contas, crianças, casa, sentimentos tolos, enfim sejam vocês, livres e cientes de tudo, por favor.

- Dona Mafalda.

- É isso Sandra, estudem, cresçam, sejam adultos fortes e independentes, depois pensem se querem ou não ter filhos e construir um lar, mais agora é melhor terem a cabeça aos estudos e ao futuro, amor sim, mais não tão abrangente assim.

- Obrigada.

- Sandra, não me veja como uma inimiga de vocês e sim a uma amiga, que quer o bem de vocês dois sempre.

Renato e Sandra aceitam tudo que Mafalda lhes disseram e selam com um abraço ali, os três.

Jarbas segue de carro para o endereço obtido com Luciana, logo pára frente ao prédio do consultório, este possui 3 andares e é todo preenchido por consultórios médicos, sendo um deste o de seu outro filho desconhecido, ele se informa no térreo e logo segue pelas escadas ao terceiro andar, chegando neste ele fala com a recepcionista dali.

- O sr marcou hora?

- Não, poderia me encaixar por favor?

- Olhe, o sr esta de sorte hein, uma senhora desmarcou, pode por favor esperar ali no sofá senhor.

- Obrigado. Ele faz o pagamento e fica ali esperando, depois de uma hora ele é chamado e segue a moça até a porta da sala, ela dá uma leve batida.

- Pode entrar. Jarbas é direcionado e ao entrar.

- Doutor.

- Boa tarde, mais você, eu te conheço……………….

- Sou funcionário da senhora Leticia.

- Ah sim, o senhor é o Jarbas, que bom ve-lo sente-se.

O homem ali frente ao seu filho, o segundo que não conhecera, agora descobre que este também é o futuro marido de sua patroa, Jarbas não consegue nem ao menos se manter em pé, ali logo sente que lágrimas irão rolar, o que vem em sua mente é correr, sair dali o quanto antes sem qualquer tipo de explicação, assim o faz.

- Sr Jarbas.

- Me desculpe dr, mais eu preciso realmente ir, por favor não diga a patroa que estive aqui, por favor, adeus.

- Mais senhor Jarbas, volte precisamos conversar, ao menos. Jarbas sai dali ás pressas e assim que entra em seu carro liga para Luciana.

- Que brincadeira foi essa, não gostei nada disso.

- O que foi Jarbas, pelo jeito já o conheceu, não te disse, além de lindo é um grande doutor, viu, não fiz mau algum.

- Você só pode ter ficado louca, é isso.

- Bem, pense o que quiser, só não sei por que não quer acreditar, afinal você o viu com seus olhos, são tão parecido mais não iguais viu como te disse só a verdade.

Jarbas desliga e logo liga para Leticia.

Glads termina de arrumar o depósito do clube, fizera uma grande limpeza com ajuda de dois ajudantes, arrumara todo o estoque do lugar e colocara etiquetas com datas e validades para melhor gerir a rotatividade do estoque.

Leticia entra ali por alguns segundos e logo sai sem ser vista por eles.

- Como assim?

- Estou lhe dizendo, estou até agora sem acreditar.

- O que faremos?

- Não sei patroa.

- O que foi Jarbas perdeu o respeito para comigo, fique tranquilo, vou achar um jeito, na verdade já estou quase lá.

- Me desculpe.

- O principal é que ambos não saibam, pelo menos o velho não sabe de mim com o doutor, o outro neto dele?

- Não, isso ele nem imagina.

- Melhor assim.

- Mais o velho é muito esperto e não vai demorar até descobrir isso também.

- Vou visita-lo.

- O quê?

- Fique tranquilo não irei fazer nada de ruim a eles, só quero ve-los de perto, bem de perto.

- Mais………….

- Até que temos de ter todo cuidado, afinal a policia ainda esta no nosso encalço, não se esqueça disso.

- Sim.

- Você me disse que tudo fora feito de forma a nada nos resbalar, ainda afirma isso Jarbas?

- Sim, mais mesmo assim darei inicio ao segundo plano.

- Melhor, bem melhor.

- Vou faze-lo.

- Faça e faça logo.

- E o seu noivo?

- Dele eu cuido, fique tranquilo quanto a isso, não nos dará dores de cabeça, por enquanto não.

- Sim senhora.

Jarbas sai dali, Leticia abre um armário e deste tira um litro de wisky, se serve de uma generosa dose de cawboy e desce goela abaixo sem demonstrar qualquer assusto naquilo, liga o som e começa a dançar ali como se estivesse numa festa privativa a ela.

Jarbas pára o carro num bairro miserável onde a maioria das casas são de madeirite e restos de móveis, ele desce um ladeirão estreito ladeados de bananeiras e mamonas, passa frente a uma birosca onde compra cigarros e engole de uma vez um vermouth, segue até cruzar uma ponte feita pelos próprios dali, embaixo o esgoto fétido e lixo descem até um lago imundo, logo ele bate um portão alto preto.

- O que foi?

- O Gê, ele esta ai?

- O que quer com ele e quem é você?

Um rapaz com uma pistola o indaga ali, logo um garotinho de seus 9 anos vem até os dois.

- E ai seu Jarbas?

- Fala meu guri.

- Deixa o meu padrinho passar, agora.

- Padrinho?

- Vai logo caneta.

Jarbas passa e segue o menino que logo ele o pega no colo carregando, este fica feliz aos gritos com aquilo, ali numa varanda coberta e bem segura por mais de dez homens bem armados, Jarbas olha sentado numa espreguiçadeira um senhor de seus quase 80 anos.

- E ai tio?

- Sabia que ia vir, senti nos ossos.

- Não fale assim. Risos.

Após os goles de chimarrão, Jarbas dá várias risadas com Gê, o dono da boca ali.

- Falamos e rimos muito, mais sei que o motivo que o trouxe é outro, então vamos falar.

- Preciso muito de sua ajuda Gê.

- É só dizer, sabe que o tenho muito em estima, vai diga ai.

- Sou e sempre serei muito grato a isso.

- Do que precisa?

- Um corpo.

- Para quando?

- Tenho que lhe explicar antes o por que disso, sei que não exige mais eu preciso.

Gê ouve a tudo e logo pede ao garoto que veio no colo de Jarbas que faça algo para ele, o menino sai e logo retorna com duas garotas.

- Menina, aquele seu primo louco, por onde anda?

- Lá pelas voltas de Marina.

- Esta bem perto, vá busca-lo, diga a ele que venha aqui sem falta.

- Mais ele…………..

- Vocês me disseram e não faz tanto tempo que o rapaz era o diabo em gente e que te fizeram um aml muito grande, não acha que já esta na hora dele pagar o que te fizeram?

- Então o senhor vai mesmo nos ajudar?

- Pra quê acha que mandei busca-las, vai logo e traga o nojo pra cá.

- Obrigado senhor Gê.

- Veja deste modo, hoje é o dia de sorte vocês duas, vai logo e traga-o.

- Sim senhor e muito obrigado.

As duas saem aos gritos de alegria dali, quase uma hora depois o rapaz chega ali descalço, roupas sujas e traz marcas de sangue nos dedos.

- Será esse?

- Acredite, este maluco já fez coisas por aqui que me deixou louco.

- Ele sabe que………..

- Não precisa.

Neste momento Gê dá sinal e um dos seguranças golpeia o cara nas costas, este cai, se arrasta tentando fugir e morre a tiros.

- Pronto, agora é só deixar, vou cuidar da segunda parte eu mesmo.

Jarbas agradece a Gê que o acompanha até o portão, ali Jarbas receber as bençãos do homem e sai, já no carro ele liga para Leticia.

- E ai?

- Tudo certo, já foi feito, amanhã eles terão o que procuram.

- Muito bom, muito bom mesmo, agora venha para cá, precisamos resolver o outro assunto.

- Qual senhora?

- Dos irmãos separados pelo destino.

- Já estarei ai.

18122020…………………….

24

Amanhece e a DP recebe uma ligação anônima, logo os policiais seguem para um bairro nobre, já na beira da rodovia um corpo.

- Cacete, e esse ai agora?

Os policiais fazem o trabalho de inicio, a científica chega logo após e são encontrados vestigios de sangue, grudados no corpo do homem uma carta ao qual ele relata um grande esquema de drogas e outros contrabandos, nesta também reata laço estreito com Ivo.

- Será esse o assassino do outro?

- Leve o corpo para o instituto.

O rabecão chega, o corpo é colocado neste que segue para o IML.

Poucos minutos e Leticia já é notificada por Jarbas sobre o encontro do corpo, ela vibra com aquilo, corre até o frigobar e abre uma champa, nisso toca seu celular.

- Oi amor, aqui, sim, quando, agora, tudo bem, estou indo.

- Jarbas, o Allan esta lá fora.

- Como?

- Vai lá, traga-o, vou me arrumar um pouco e este lugar.

- Eu?

- Sim, quem mais seria?

Jarbas sai e na frente do clube, Allan aguarda por ela até que............

- Sr Allan.

- Olá Jarbas.

- Me desculpe dr.

- Não há problemas, fora do consultório volto a ser um humano normal, graças.

- Obrigado dr.

- E a Leticia?

- Me acompanhe doutor, ela o espera no escritório.

- Obrigado.

Allan vai junto de Jarbas até o escritório onde Jarbas bate levemente a porta e logo sai deixando Allan entrar.

Jarbas sai e Allan entra ali, Leticia o aguarda com champa e morangos.

- Nossa, tudo para mim?

- Falta algo ainda.

- O quê?

- Espere ai. Ela sai e logo retorna em um babydoll vermelho que faz Allan cambalear ali.

- O que é isso, amor esta ainda mais gostosa?

- Tudo para você, tesão.

- Olha que eu pego.

- Agora. Allan vai se desprendendo das roupas, agarra a mulher aos beijos e a deita na mesa, Leticia estoura a champa e derrama em si e no seu love.

- Você sabe me fazer ficar doido.

- Só por mim, espero.

- Lógico sua gostosa, gata, te quero toda.

O casal se entrega ali e Leticia faz loucuras ali com Allan.

Jarbas fica na porta disfarçando algo quando Glads entra.

- Oi Glads.

- Olá sr Jarbas, o que houve?

- Vem comigo no estoque por favor, surgiu algo que preciso que me explique.

- Tudo bem, vamos.

- Enquanto Glads o acompanha ele percebe que o homem olha para trás por várias vezes.

- O que foi senhor, esta passando mau?

- Não, não é nada, só vem comigo.

- Sim.

Renato termina as lições junto de Levi, Sandra ficara no seu apartamento, tinha consulta com o dentista.

- Nossa cara, que chato sua mãe ter pego o tal objeto no quarto de sua irmã.

- Foi muito ruim mesmo, sorte que a coroa é de boa, mais ou menos. Risos.

- Depois de um longo sermão, penso eu.

- Pois é, até seria um tanto mais trágico sem o tal dito sermão. Mais risos.

- Mais e ai a Sandra, levou de boa?

- Boassa.

- Tomara que sim, sabe que garotas são um tanto imprevisíveis quando se trata de certos assuntos.

- Como assim Levi?

- Ah, sei lá, ela pode até ter ficado bem chateada e não ter deixado que você perceba.

- Será?

- Lógico meu, afinal ela também foi pega e sua mãe a chamou na xinxa.

- Não pensei muito nisso e que palavriado é isso, xinxa?

- Coisas do norte, já morei por lá.

- Sei, vou ligar para ela então.

- Por que não faz o seguinte, vai até lá.

- Você acha?

- Com certeza.

- Certo, vou fazer isso.

- Então faça. Renato pede licença e sai para o banho, retorna só em toalha e se troca ali ao lado de Levi, este tenta mais não consegue, ele olha o amigo ali nú a procurar pela roupa.

- Me deseja sorte.

- Toda sorte amigo.

- Falou.

Renato chega ali na porta do apartamento, com flores, chocolate e ingressos para um cinema, ele vai bater a porta e percebe esta só encostada, ele entra e ali na sala ouve ruídos, segue para o quarto dela e logo na porta entreaberta ele vê Sandra se entregar a outro garoto.

- Sandra.

20122020................

25

Sandra se cobre enquanto o cara sai da cama ainda nú olha para Renato.

- E você?

- Sai fora cara.

- Bem, vou meter o pé.

Ele pega as roupas e quando se prepara para vesti-las.

- Não, fique ai, afinal quem sobra aqui sou eu.

Renato se vira para sair, quando Sandra.

- Fique precisamos conversar.

Ele pensa em olha-la e xinga diversos palavrões ali, se mantendo em calma diante ao outro que ainda esta ali, logo o rapaz se despede saindo deixando Renato e Sandra ali.

- Me espere na sala, por favor.

Renato sai e minutos depois Sandra vai a sala, senta na poltrona olhando para ele.

- Me perdoe.

- Não há nada para ser perdoado, você é dona de você.

- Sei disso e sei que aji de forma cruel contigo.

- Por que, por que não olhou para mim e terminou comigo antes disso?

- Por que eu gosto de você.

- Gosta, você não me ama, agora sim, entendi o significado de um e de outro.

- Me escuta............

- Escuta uma porra, minas eu te amava, amo ainda, sei lá.

- Eu tinha que fazer isso.

- O quê?

- Eu gosto de fazer, sempre gostei, não me realizo só com um.

- Cara, olha só a merda que você esta dizendo para mim, você tem noção do que acabou de me dizer?

- Fazer o quê, eu sou assim, porra.

- Quanto tempo?

- Como?

- Quanto tempo faz isso?

- Bem antes de te conhecer, muito antes.

- Meu, você é uma pi.................

- Nem ouse terminar o que estava querendo dizer, se fosse contigo ai sim, seria normal afinal você é homem, pois saiba sou uma mulher e tenho sim desejos.

- Sei então esse será o seu escudo, me desculpe MULHER MARAVILHA.

- Porra mano, eu tô te dizendo, eu ainda quero ficar com você.

- Sai, melhor eu saio, sabe, cansei de você, de tudo, da gente.

Renato sai do apartamento, Sandra o vê bater a porta, grita algo e se perde em um choro ali na poltrona, Renato pede um carro por aplicativo, logo o mesmo chega e o rapaz entra, pede ao motorista que o deixe no clube de Leticia, O REINO.

MInutos depois o veiculo pára frente ao clube, Renato desce acerta a corrida e entra no clube, ainda poucos frequentadores, logo duas garotas vem a ele, leva o rapaz a uma mesa ao canto, Jarbas vê pelo monitor e avisa a Leticia.

- O que ele aqui, estou indo.

Leticia logo aparece na mesa.

- Olá Renato.

- E ai, vim gastar um pouco e ter umas horas mais alegres para a minha vida chata.

- Que bom, fico grata que tenha escolhido este lugar.

- Pare disso e venha logo, se junte a nós, vamos beber um pouco, lembrar da gente, quem sabe.

Leticia olha para o garçom que entende e já vem pegar o pedido.

- Sabe, achei que não o veria mais meu gatinho especial.

- Se enganou, vai me ver por muito tempo agora, acho que até enjoará.

- Nossa, nem quero saber o que te fez assim mudar bruscamente, mais ja adoroooooooooo.

- Então vem, vamos beber.

- Agora. Leticia se entrega ali em goles e risos, logo Renato recebe na boca um dadinho dado por ela, alguém de longe filma o momento e envia.

Levi termina um lanche na cozinha, quando seu celular dá sinal de recebido.

- O que será?

Ao abrir, o vídeo de Renato no clube de Leticia, ela ali na mesa com seu amigo.

- Que diabos esta acontecendo. Outro toque, agora uma ligação, Levi atende.

- Sandra.

- Levi, por favor, faz ele me ouvir por favor.

- O que houve?

Sandra conta para o amigo o que ocorrera por telefone, Levi fica surpreso diante a revelação da amiga por gostos a outros rapazes ao mesmo tempo.

- Nossa amiga, quem diria, bem safadinha você hein.

- Por favor, você sabe onde ele está?

- Não, mais logo vou saber.

- Vai me ajudar?

- Sandra, antes tenho que falar com ele, depois veremos seu caso, fique tranquila farei o que puder a seu favor.

- Eu sei, obrigada.

Levi desliga e faz uma ligação, logo ele entra num carro com 3 homens.

- Para onde senhor?

- Vamos ao clube de minha amada prima.

- Mais senhor.......

- Fiquem tranquilos, vai ser bem calmo dessa vez, podem confiar.

- Sim senhor, mais saiba, estamos prontos para tudo senhor, tudo.

- Por isso que os chamei, sempre gostei de estar entre os melhores.

- Muito obrigado senhor.

O carro pára frente ao clube, Levi já entra junto dos homens, o segurança da casa pede para revista-los.

- Ficou louco, quer amanhecer abaixo do solo?

- Mais...........

- Sem mais.

Levi empurra o cara que tenta segura-lo, logo o mesmo é contido por seus homens.

- Renato.

- Levi, como soube que estou aqui, o que faz aqui na realidade?

- Vim te buscar.

- Por que, aquela vadia da sua amiga te ligou, com certeza que sim, mais mesmo assim, como soube de meu paradeiro?

- Falamos disso no carro.

- Não, fique aqui comigo, por favor.

- Hoje não, vamos.

- Por que?

- Só vamos Renato, por favor.

Leticia se aproxima de Levi.

- O que foi primo, olá?

- Deixe ele ir.

- Por acaso me vê segura-lo, prende-lo com amarras?

Renato entra no assunto.

- Primo, eu ouvi bem, vocês são primos?

- Sim, eu sou prima de seu melhor amiguinho.

- Como assim?

- Ele não te disse?

- Não, nunca.

Levi só olha para trás e Leticia percebe que o caldo pode inflamar, outros homens vão se juntando ali, Jarbas surge com sua pistola escondida ao terno.

- E então Leticia, vamos resolver ao gosto seu ou da família?

Leticia olha para Jarbas e faz sinal para que retorne a sala de vídeos, ela vai a Renato.

- Bem querido, acho melhor que escute seu amigo, ele só quer o seu bem, só isso.

- O que foi, vamos todos beber.

- Outra noite, hoje tenho um compromisso.

- Onde, com quem?

- Negócios Re, negócios.

Jarbas surge novamente.

- Senhora esta pronta, o carro ja esta a sua espera.

- Obrigado Jarbas, esta vendo meu amor Re, realmente tenho que ir.

- Sei, vai logo, vá fazer igual a outra, sei o que quer, cuidar daquele médico, seu namorado.

- Meu noivo, gatinho, ele é meu noivo.

- Tá, tá bom, não quero saber mais, vai logo.

- Então tudo bem, tchauzinho.

Leticia sai mais antes olha firme para Levi, o rapaz senta ali junto de Renato.

- Lembre-se, me prometeu que nunca mais faria algo assim.

- Me perdoe amigo, me perdoe.

Renato inicia um choro, Levi fica ali com ele por alguns minutos, paga a despesa e sai com o amigo.

Leticia do escritório assiste aquilo olhando a Jarbas.

- Me traga aquela garota que esta junto do Renato.

- Sim senhora.

- Rainha.

- Me desculpe, sim rainha.

Jarbas sai dali, Leticia olha pelo monitor e esfrega as mãos.

- Logo saberei o por que dessa revoada de Renato, certo é que já praticamente sei, mais tenho de ter a certeza, certeza de que poderei voltar a brincar com o meu bonequinho esponja novamente.

Levi segue no carro com Renato que fala coisas sem sentido até decidir por alongar em um bar, Levi termina por concordar e eles param num boteco no caminho.

- Traz uma braba aqui.

- O que é isso Renato, vai tomar pinga, é isso?

- O que foi, eu não posso?

- Vai, faça o que quiser.

Renato vira o primeiro gole e engasga quase vomitando fazendo Levi cair no riso, decidem daí por cerveja e tempos depois saem do bar cantando modas ouvidas ali.

- Para onde vamos?

- Para minha casa.

- Sua?

- Sim, por que?

- Nada, tá, eu quero ir para lá.

- Sei que quer, afinal, seria uma loucura você chegar em sua casa neste estado em que se encontra.

- Verdade né. Risos.

O veiculo entra no condomínio, Renato faz graça aos porteiros dali, já na casa de Levi eles entram aos risos baixos, Levi o conduz a seu quarto.

- Você é um grande amigo.

- No quarto Levi ajuda Renato a tirar a roupa e este de cuecas segue para o banho.

- Você não vem?

- Eu?

- Claro, somos amigos o que é que tem?

- Tá, tudo bem. Levi vai ao banho com Renato porém antes veste uma sunga ficando o tempo todo com esta, terminado o banho, Levi ajuda ao amigo secando-o e depois lhe empresta roupas confortáveis para que durmam.

- Eu não gosto de pijamas.

- Sério, não?

- Gosto de dormir de cuecas ou melhor nú.

- Tudo bem, acho que tenho novas aqui.

Levi traz uma nova cueca na embalagem para Renato que esta deitado, Levi o ajuda a vestir tendo o amigo o corpo coberto pela toalha.

No meio da madrugada, Levi sente a mão de Renato roçar seu braço.

- O que foi Renato?

- Me olhe.

- O quê?

Levi olha para o amigo ali que do nada o beija.

22122020………..

26

Amanhece, Levi já acordara, esta na cozinha no preparo do café deles, Macedo e Júlia foram para outro estado a negócios, no quarto, Renato acorda com forte dor de cabeça, olha ao redor, desconhece o local, só aos poucos vai se lembrando de ter bebido além da conta e de Levi ter ido a seu socorro mais uma vez pra variar, também se lembrar que devido ao seu péssimo estado ficara na casa do amigo, ali só de cuecas ele sai da cama e inicia seu tour pelo grandioso quarto do amigo, abre o armário de roupas e ali a maioria ainda nas etiquetas.

- O que há de errado com este meu amigo?

Continua o tour ali, entra no banheiro que possui banheira hidro, uma janela panorâmica que mostra o quintal aos fundos.

- Cara que louco esse banheiro. Ele se despe e abre a ducha, toma banho e sai nú pelo quarto a procura de uma toalha para secar-se, Levi a bate a porta entrando ali.

- Levi, onde você tem uma toalha, por favor?

- Renato.

Levi ali desconsertado com a cena ali de seu amigo nú na sua frente, ele vai até o armárinho do banheiro e logo retorna com uma toalha, entrega para Renato.

- Vai se seque logo, senão acabará resfriado.

- Como assim, maior calor lá fora.

- Eu sei disso, mais se esqueceu, o ar daqui esta ligado e você ai nú.

- É mesmo, acredita eu acho que ainda estou um tonto, deve ser da bebida, nem notei o ar, cara você tem mesmo ar condicionado no seu quarto?

- Sim, por que, você não tem no seu?

- Não, tenho um grande ventilador, funciona bem mais não igual esse ar daqui.

- Cara, pelo que sei sua família não é tão é fraca assim, afinal seu pai é médico.

- Pois é, mais você se esquece de minhas irmãs, elas são sempre a prioridade ali.

- Me esquecei desse detalhe, acho que devo entender, sei lá. Risos.

Renato termina de se secar e pede pano de chão e rodo para Levi.

- Para quê, vai faxinar meu quarto é isso?

- Não é isso cara, olha só deixei o maior caos aqui, depois não vai mais me deixar dormir aqui novamente.

- Fique tranquilo, eu limpo depois.

- Tem certeza?

- Lógico que sim.

- Vocês tem empregadas aqui?

- Sim, temos duas, mais eu prefiro limpar o meu quarto, não gosto de estranhos aqui, sabe é um costume antigo meu.

- Nossa você é um tanto estranho ás vezes. Risos.

- Sei, é que me faz liberar certas energias acumuladas. Renato anda por ali ainda sem se vestir.

- Nossa, por que não tinha aceito ter vindo para cá antes?

- Gostou daqui?

- Sim, muito, olhe só o seu quarto é no mimino 4 vezes maior do que o meu.

- Quando compraram essa casa eu fiz questão de verificar a planta e fiz algumas adequações, uma delas que meu quarto ficasse neste ponto e deste tamanho, fora os……………..

- Peraí, você tem tanta decisão assim, e seus pais eles não decidem nada, como diz dá a entender que a última palavra é sempre a sua?

Só então Levi se dá conta de que falou demais.

- Acho melhor que se vista, afinal você ainda esta nú.

Ele abre uma gaveta e pega uma troca de roupa nova e entrega para Renato que se aproxima mais do amigo, nisso Renato tem um flash do beijo que ocorrera na madrugada, ele pega as roupas e corre para dentro do banheiro.

- O que foi?

- A gente………….. vou me vestir.

Levi tem um choque em lembrança, entende o por que de seu amigo sair correndo com as roupas.

- Será que ele…………….

Depois de vestido, Renato surge ali sem graça.

- E a minha roupa?

- Vou trazer para você, eu tive de lava-la e passar, espere só um instante.

Logo Levi retorna com a roupa do amigo dentro de uma sacola dessas de shopping.

- Muito obrigado, melhor eu ir indo e………

- Renato, a gente se beijou.

- Sei, então aconteceu mesmo?

- Sim, você quer falar disso, por mim tudo bem?

- Acho que não.

- Mais………..

- Por favor.

- Tudo bem, respeito sua decisão.

- A amizade é a mesma?

- Sempre, sou teu irmão.

- Obrigado.

- Olhe preparei um café para a gente.

- Estou mesmo com pressa me desculpe, vou pegar um pão desses tá?

- Tudo bem, tchau.

- Tchau e muito obrigado mais uma vez.

- Falou. Renato pega o pão e sai dali.

No caminho para sua casa, ele vai se lembrando mais em detalhes de tudo que ocorrera, durante a noite ele acordara por algumas vezes e abraçara ao amigo que não demonstrara qualquer desconforto com aquilo.

- Meu Deus, será que sou gay? Logo chega na sua casa e sobe para seu quarto, liga o som e coloca os fones.

- Filho, o que houve, por que esta chegando agora em casa?

- Mãe. Mafalda corre até o filho que chora ali na cama abraçando o garoto.

- Mãe, você me ama mãe?

- Claro meu querido, te amo mais que tudo nessa vida, mais que tudo, não se esqueça jamais disso. Ali abraçados, Mafalda também libera suas lágrimas, toca o celular de Renato e ele não atende.

- Não vai atender meu querido?

- Não mãe, tudo o que mais quero é ficar assim contigo, te amo mãe.

24122020………….

ricofog e IONE AZ
Enviado por ricofog em 25/12/2020
Código do texto: T7143944
Classificação de conteúdo: seguro