MANDY - PROVA DE CORAGEM - PARTE 5
V – PROVA DE CORAGEM
Antônio passou por Marco, nervoso, e foi para o interior da casa, indo para a sala. Marco foi atrás dele e sentou-se com raiva no sofá.
- Você está me tratando feito criança, de novo!
- Estou te tratando como meu filho e, você pode não gostar na novidade, mas não é nenhum adulto! Não ainda.
- Eu posso cuidar de mim mesmo...
- Não contra um cara que mal conhece. Você não sabe até que ponto ele pode ser violento, Marco. Já imaginou se essa fúria dele se volta contra ela? O que você vai fazer?
Marco não havia pensado na hipótese. Pensou e respondeu:
- Ele ama a Amanda. Não faria nada contra ela...
- Se amasse mesmo, perceberia que ela não quer mais nada com ele. Veria que você é mais importante pra ela e te deixaria em paz. Só que não estamos falando de adultos, todo mundo nessa história é adolescente, com os hormônios fervendo no sangue. Esse rapaz quer vingar o orgulho ferido, filho. E um homem com o orgulho ferido, se não usar um pouco de bom senso, acaba fazendo loucuras. Adolescente não tem bom senso nenhum. Eu não quero que a loucura desse Otávio recaia sobre você. E, acho que ele nem é mais adolescente...
- E onde fica o meu orgulho? Vou colocar o rabo entre as pernas e sair ganindo, só porque você, como bom pai, me ensinou a ter bom senso? Pro inferno com o bom senso, seo Antônio! Quando eu decidi ficar com Amanda, ele não era mais namorado dela; eu não roubei nada dele. Ele é que não soube cuidar do que tinha e agora não sabe admitir que perdeu! Eu não vou perder pra um cara que não sabe perder, porque aí eu perco duas vezes!
Antônio ficou calado, de certa forma o filho tinha razão. Marco apoiou os cotovelos nos joelhos e colocou as mãos na cabeça, jogando os cabelos pra trás.
- Isso tudo é novo pra mim também, pai, e você sempre me ensinou a ficar longe de confusão... Mas ela está vindo atrás de mim e você não disse o que fazer quando isso acontece.
Antônio continuou em silêncio. Marco ajeitou o corpo e terminou:
- Mas eu sei o que fazer. E não vou fugir dela. Eu posso sair todo arrebentado... porque ainda estou com a mão doendo do meu primeiro soco, dado na cara daquele idiota, hoje... o primeiro da minha vida... mas eu não vou sair correndo dele. Se eu fizer isso... nunca mais vou conseguir olhar pra Amanda depois.
Ele levantou-se e foi para seu quarto.
- Marco! - Antônio chamou.
Marco fez que não ouviu e bateu a porta do quarto, trancando-se lá.
Laila tinha ido ao supermercado e, ao voltar, nem percebeu que o marido e o filho tinham discutido. Preparou o almoço, arrumou a mesa, ajudada por Antônio e, notando o ar sisudo dele, perguntou:
- Essa carinha feia é fome?
- É, deve ser, ele falou, com um sorriso amarelo, sentando-se à mesa, sem querer prolongar o assunto.
Laila notou que não devia insistir. Conhecia bem o marido. Foi chamar Marco; bateu na porta do quarto.
- Vem almoçar, filho!
Não ouviu resposta, mas sabia que ele tinha ouvido. Voltou à copa e sentou-se à mesa também.
- O que houve aqui, enquanto eu estava fora?
- Você vai ver, na cara do seu filho, disse ele, calmamente colocando uma concha de feijão no prato.
Marco entrou e Laila logo percebeu o olho roxo do filho. Conteve o susto e fingindo calma, perguntou:
- Como foi a manhã, lá no clube, filhote?
- Maravilhosa, mãe, ele respondeu, olhando para o pai.
- E esse... roxo no seu olho esquerdo, o que foi?
- Eu... acho que é por causa do corte na testa. Corri um pouco demais.
- Mentira! - disse Antônio, sem levantar os olhos, colocando um garfo de comida na boca. – Ele brigou na rua, hoje.
Foi a vez de Laila sair de sua calma aparente.
- Brigou!? Brigou com quem?
- Com ninguém, mãe. Pai, para com isso!
- Com o namorado da Amanda, rebateu Antônio, encarando-o, enquanto mastigava.
- Vai querer colocar a mamãe contra mim também?
- Ela tem que saber que o filho vai ser tornar um delinquente juvenil!
- Pelo amor de Deus, pai, não exagera!
- Ei! O que está acontecendo? - interrompeu Laila. – Marco, você brigou com o namorado da Amanda? Mas eles não terminaram? O namorado dela não é você?
- Por isso mesmo eu briguei com ele, mãe.
- Que romântico! - ela disse, animada.
Antônio olhou para a mulher, abismado. Marco sorriu.
PROVA DE CORAGEM
PARTE V
BOA TARDE A TODOS!
“VIVO E GOSTO MUITO DE ESTAR VIVO,
É UM JOGO E EU GOSTO DE JOGAR
VALE A PENA A VIDA, VALE A PENA
MESMO QUANDO DÓI E FAZ CHORAR”
(CANTADA PELO PAULINHO QUE JÁ FOI PRA CASA)
É DEZEMBRO!
ÚLTIMO MÊS DESSE ANO “ABENÇOADO”
FELIZ NATAL DESDE JÁ!
OBRIGADA PELA COMPANHIA!
DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!
PAZ, BEM E LUZ