MANDY - PEDRA NO SAPATO - PARTE 4
IV – PEDRA NO SAPATO
Marco foi para a cama e não saiu mais de lá pelo resto da noite. A febre aumentou e a mão doía muito. Chegou a ter quarenta graus de febre e a delirar durante a madrugada. Laila ficou ao lado dele todo o tempo e o ouviu chamar o nome de Amanda várias vezes. Antônio quis revezar com ela na madrugada, mas ela não quis. A febre só foi baixar às três da manhã e Marco finalmente dormiu tranquilo, deixando-a dormir também, sentada numa poltrona colocada ao lado da cama dele.
Marco acordou às seis da manhã e, ao vê-la ali, sorriu, esticou a mão e tocou a mão dela, chamando-a:
- Mãe...!
Laila acordou assustada.
- O quê?!
- Calma, sou eu.
Ela ergueu-se da poltrona e foi tocar sua testa. Estava normal.
- Graças a Deus! A febre cedeu... Está melhor, meu bem?
- Só cansado. Parece que eu corri vinte quilômetros a noite inteira.
- Você delirou a madrugada inteira. Chamou pela Amanda o tempo todo.
- E ela veio. Eu sonhei com ela. Sonhei que a gente caía num lago de água clarinha... feito a lagoa azul...
- Feito aquelas duas crianças...
- Feito aqueles dois adolescentes, mãe. Mas, não se preocupe, quando ia acontecer alguma coisa mais interessante, eu acordei e dei de cara com você...
- Sempre pronta pra proteger meu filhote, ela falou, beijando sua testa.
Ela se levantou:
- Vou trazer alguma coisa pra você comer.
- Não, mãe, vai dormir um pouco na sua cama, vai! Você deve estar moída e eu não estou com fome.
- Não jantou nada, ontem, amor!
- Vai dormir. Eu posso ir até a cozinha e comer alguma coisa, se sentir fome. Não estou doente, poxa!
- Não está doente? Então o que foi que me fez dormir aqui com você, em vez de dormir com meu marido?
- É que eu sou irresistível mesmo. Sou mais gostoso que ele, mais jovem... ele disse, rindo em seguida.
Laila o beliscou.
- Cachorrinho! Não saia da cama.
Ela saiu do quarto. Marco ergueu o corpo e sentiu tudo doer.
- Que diabo está acontecendo comigo? O vidro devia estar envenenado... ele reclamou.
Conseguiu ir até o aparelho de som e ligou o rádio. Depois, apanhou o telefone e ligou para Teo.
- Alô!
- Oi, Teo, sou eu.
- Marco? Estou saindo pra escola agora. Você não vai? Que foi?
- Não vou, hoje. Queria te pedir um favor...
- Fala amiguinho, não vai por quê? Tá dodói, neném?
- Mais ou menos... Houve um atentado contra minha curta vida, mas depois eu te conto tudo, ao vivo e a cores. Pede pra Amanda ligar pra mim, depois da aula, por favor...
- Cara, não estou entendendo nada, falou Teo, agora a sério.
- Eu estou doente. Não sei ainda do que, mas estou... Avise os professores e me traz os cadernos depois, valeu?
- Tudo bem, até mais, vou na tua casa depois da aula. Escuta, Marco, tem alguma coisa a ver com o Otávio?
- Não sei, ainda não tenho certeza, mas não quero que você coloque minhocas na cabeça da Amanda. Dá só o recado, ok?
- Ok, Imperador! Tchau... Fica bom logo!
Teo só foi dar o recado para Amanda no final do período e ela ficou muito preocupada.
- E ele não disse o que tinha?
- Não. Só pediu pra você não ficar preocupada e ligar. Vou levar os cadernos pra ele, agora.
Ela pensou por um momento e pediu.
- Teo, daria pra você me levar com você?
- Mas... e se o Otávio te vê? Ele anda de olho em você. A turma dele anda tramando umas contra o Marco. Não é arriscado, não?
- Eu vou no meu carro e você no seu. A gente dá umas voltas pelo bairro antes, um pra cada lado e despista eles. Por favor, eu preciso ver o Marco.
Ele respirou fundo e concordou:
- Tudo bem, gata, vamos.
- Vamos onde? - perguntou Lídia, aproximando-se dos dois.
- Oi, amor! - sorriu Teo, beijando a namorada. – A gente está indo até a casa do Marco. Quer ir junto?
- Fazer o quê, lá? - ela disse, dando a impressão de que não se importava com o fato.
- Ele está doente, não veio à aula hoje e eu vou levar os cadernos pra ele.
- Doente do quê? De medo? - ela perguntou, irônica, medindo Amanda de alto a baixo. A moça baixou os olhos.
- Se quer ir, vamos, se não quer... A gente está meio com pressa...
- Não estou fazendo nada mesmo, disse ela, dando de ombros, entrando primeiro no carro de Teo, no lado do passageiro. Amanda foi pegar seu carro e seguiu o Fusca.
PEDRA NO SAPATO
PARTE IV
BOA TARDE A TODOS!
“AS PEDRAS NO SAPATO NOS FAZEM ANDAR COM MAIS CAUTELA”
SEJAMOS CUIDADOSOS COM NOSSOS PASSOS E NOSSAS AÇÕES
PARA QUE ELAS NÃO AUMENTEM O TAMANHO DA DOR
É DEZEMBRO!
ÚLTIMO MÊS DESSE ANO “ABENÇOADO”
ESTEJAMOS SEMPRE CONECTADOS PELO CORAÇÃO!
FELIZ NATAL DESDE JÁ!
OBRIGADA PELA COMPANHIA!
DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!
PAZ, BEM E LUZ